O Mastino Napoletano é uma raça de cachorro italiana. É muito usado para guarda e defesa. É leal, vigilante e não agressivo. Estes cães eram usados para guarda das casas, devido ao seu tamanho e coloração do pelo, que amedrontava os ladrões durante o dia, e passavam desapercebidos durante a noite.
Personalidade
O mastino napoletano é um excelente cão de guarda, muito dócil com a família e insuperável guardião de propriedades. É um cachorro muito equilibrado, dotado de um apurado discernimento entre o bem e o mal, o certo e o errado. Possui ar de superioridade, é imponente, grande, forte, corajoso, feio e ao mesmo tempo lindo, movimentação segura e tranquila.
O Mastino tem até uma estratégia de guarda. Ele se senta numa posição estratégica, num local de onda possa observar toda a movimentação de pessoas dentro e fora da casa, como se fosse ele o responsável único e absoluto por tudo e pela resolução de todos os problemas. Para delimitar o território que lhe será destinado à guarda, ele fareja todo o local durante os dois primeiros dias, marca os cantos com urina, circula sem correr pelo ambiente ao qual se apega em demasia.
Esse grande apego ao dono e ao seu território, faz com que o Mastino demonstre uma profunda aversão à estranhos. É um cão que age silenciosamente. Quase não late, vai de mansinho e ataca pulando sobre a pessoa. Possuem uma forma certeira de ataque. O Mastino nunca vai morder a perna de alguém.
Ele pula no rosto da pessoa, buscando seu pescoço, já com intenção de matar. Mas não é um cão de má índole, pelo contrário, é até muito amoroso com os donos. E são até muito afáveis com crianças. Uma característica do Mastino Napoletano é a expressão de ferocidade que assume quando se vê na incumbência de defender seu dono.
A expressão é aterradora. Ele levanta a cabeça e as orelhas, fica imponente, retesa os músculos, os olhos ficam mais brilhantes, e conforme a tensão aumenta, ficam mais vermelhos devido ao aumento do fluxo de sangue. Mostra os dentes, começa a urrar, enruga a testa e os olhos brilham de maneira impressionante.
Outro fator que contribui bastante para a eficiência deste cão é a sua mordedura muito possante. Durante o ataque, ele pega a presa e não a solta; segura até rasgar a vítima. Pega a presa e a chacoalha, não a soltando mais. E se derrubar a pessoa, ele sai arrastando-a. O Mastino não se assusta com tiros, fogos de artifício e trovões, entre outros ruídos.
Ele pode ficar alerta, mas não com medo. Em qualquer local a ser guardado, o comportamento do Mastino parece ser o mesmo. Quando um estranho se aproxima, ele fica alerta, rosna, arma-se para o ataque, mas se contém se receber um comando em contrário do dono, segundo afirmação dos criadores.
O carro é defendido como se fosse uma continuação da casa, ou como propriedade do próprio cão. No passeio, que ninguém se atreva a botar a mão em sua cabeça e muito menos a fazer qualquer gesto mais brusco, pois ele reage violentamente. Todo proprietário de Mastino deve ter consciência de que não pode deixar seu cão absolutamente à vontade, sem domínio sobre ele, pois quando um Mastino parte para um ataque, é muito difícil fazê-lo parar.
Deve-se evitar o ataque, impedindo o cão no momento em que ele se prepara para tal. Até então, será possível refreá-lo. Alguns Mastinos, mesmo sem terem sidos treinados, são extremamente obedientes. Eles acabam não resistindo ás ordens. Além disso, este cão é capaz de perceber quando seu dono vive uma situação de perigo.
O Mastino Napoletano é um cão bastante ágil e embora tenha aparência de "molenga" (devido à pele solta), ele é capaz de saltar a uma altura de 1,5 metros aproximadamente. Fazer amizade com um Mastino é uma empreitada muito difícil. Antes de abrir os olhos (quando nascem), os filhotinhos já avançam na mão da gente.
Com 20 ou 30 dias, eles começam a fazer "reconhecimento das pessoas". É possível fazer amizade com ele até os 8 meses, no máximo até um ano de idade. A partir daí, é muito difícil. Quem conseguir ter um amigo Mastino terá um companheiro devotado, de exclusiva confiança e que nunca vai deixá-lo numa situação de perigo.
Origem e História da Raça
O mastino napoletano, tal como o conhecemos hoje, foi apresentado à cinofilia em uma exposição na cidade de Nápoles no ano de 1946, época que ele ressurgiu depois de anos quase extinto. Seu arrebatamento, força física e apego à família são traços típicos das terras napolitanas. Alguns afirmam que ele seria descendente dos cães que Alexandre, o Grande, conheceu na Grécia e logo trouxe a Roma.
Outros sustentam que seria descendente direto dos molossos romanos, usados nas guerras contra os exércitos inimigos. Ainda há quem credite sua ascendência ao cruzamento entre os molossos romanos e os "Pugnaces Britannie", trazidos da Inglaterra pelos soldados romanos. Por último há a possibilidade de ter sido trazido ao Mediterrâneo em navios fenícios, há milênios.
Estas suposições têm em comum a crença que o progenitor do Mastino seria um cão de características molossóicas que viveu no Tibete. Porém, alguns estudiosos discordam desta linha de raciocínio e investigam o passado do Mastim em cães europeus. Além de ser usado para guarda, seu trabalho junto ao Exército era importantíssimo.
Como as lutas eram corpo-a-corpo, a investida de centenas destes cães - cada soldado romano possuía um exemplar - representava muitas baixas no exército inimigo. Foi usado também para diversão do público em lutas contra touros nas arenas. Há algumas indicações de ter sido utilizado também para sacrifício de cristãos.
Porém esta última indicação é totalmente falsa. O Mastino nunca foi usado para matar cristãos, eles só atacam para defender o dono e seu território. Alguns filmes americanos mostram esse absurdo. Em Roma, no Coliseu, os cristãos eram devorados por leões. Qualquer um que visite o Coliseu poderá comprovar isso, junto aos guias turísticos.
Durante a 2ª Guerra Mundial, muitos exemplares morreram. A fome se abateu sobre todos e não havia alimentação para o pesado Mastim, que consome em média 2,5 kg de comida por dia. O escritor Piero Scanziani criou e selecionou os melhores exemplares para, finalmente, em 1949, conseguir junto ao E.N.C.I. (Ente Nazionale Cinofilo Italiano) o reconhecimento oficial da raça.
Hoje em dia, é criado em todo o mundo, e sua procura nos países europeus é grande. Sua larga aceitação deve-se ao fato de ser exímio cão de guarda, que prescinde de qualquer adestramento.
Características Físicas
O pelo da raça matino napoletano é curto, denso e uniforme e a pele é solta. A altura dos exemplares machos da raça varia de 65 a 72 cm, medidos sempre a altura da cernelha. As fêmeas, medem de 60 à 68 cm. O peso da raça varia de 50 a 70 kg.
Fontes: www.guiaderacas.com.br / www.saudeanimal.com.br
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