Primeiro precisamos saber o que são as amígdalas. As amígdalas são linfonodos na parte de trás da boca e na parte superior da garganta. Elas geralmente ajudam a filtrar bactérias e outros germes para impedir as infecções no corpo.
A amigdalite é a inflamação (inchaço) das amídalas.
O estreptococo de garganta é uma das causas da amigdalite.
As amígdalas podem ficar tão carregadas de infecções bacterianas ou virais que se incham e ficam inflamadas, causando a amigdalite. A infecção pode também estar presente na garganta e áreas próximas, causando inflamação na faringe. A faringe é a parte de trás da garganta, entre as amígdalas e a caixa de voz (laringe). São muito comuns, principalmente em crianças.
Tipos de amigdalite
A amigdalite pode ser dos seguintes tipos:
- Amigdalite bacteriana: geralmente causada por Streptococos e Pneumococos;
- Amigdalite viral: geralmente causada pelos vírus Adenovírus, Epstein-barr, Citomegalovírus e vírus da parotidite;
- Amigdalite aguda: quando a infecção dura até 3 meses;
- Amigdalite crônica: quando a infecção dura mais de 3 meses ou é recorrente.
Sintomas
Os principais sintomas são dor de garganta, dores difusas pelo corpo, dor na nuca, febre, cansaço, falta de apetite, dificuldade de respirar e dor de cabeça. O diagnóstico mais comum é observar a dilatação das amígdalas, estudar o histórico familiar e verificar a temperatura com um termômetro.
- Dificuldade em engolir
- Dor no ouvido
- Febre, calafrios
- Dor de cabeça
- Dor de garganta - que dura mais de 48h e pode ser grave
- Sensibilidade na mandíbula e na garganta
- Alterações na voz, perda de voz
Exames
Para o diagnóstico da amigdalite o médico poderá observar a garganta do indivíduo, palpar o pescoço e se necessário solicitar exames de sangue e um raspado do tecido das amígdalas para identificar o micro-organismo causador da infecção. As amígdalas são geralmente vermelhas e podem ter manchas brancas. Os nódulos linfáticos na mandíbula e no pescoço podem estar inchados e sensíveis ao toque.
Possíveis testes para a amigdalite incluem:
- Contagem de células sanguíneas
- Teste de mononucleose
- Teste rápido para detecção do antígeno
- Cultura da superfície da garganta
Ligue para seu médico se ocorrer:
- Baba excessiva em uma criança
- Febre, principalmente de mais de 37 °C
- Pus na garganta
- Erupções vermelhas ásperas e aumento da vermelhidão nas dobras da pele
- Dificuldade significativa para engolir ou respirar
- Glândulas linfáticas inchadas ou macias no pescoço
Tratamento
Se uma bactéria como uma estreptocócica estiver causando a amigdalite, antibióticos (como a amoxicilina) serão receitados para curar a infecção. Os antibióticos podem ser ministrados por injeção ou por via oral durante 10 dias.
Se pílulas forem usadas, elas deverão ser ministradas por todo tempo prescrito pelo médico. Não interrompa o tratamento só porque o desconforto passou, caso contrário a infecção não vai ser curada.
A viral não requer tratamento. Apenas o tratamento sintomático basta, tendo em vista que a tonsilite viral possui um ciclo natural, de modo que a cura ocorre em poucos dias.
Outro tratamentos para amigdalite incluem:
- Beber líquidos frios ou chupar picolé
- Beber líquidos, principalmente mornos (não quentes), leves
- Fazer gargarejos com água morna salgada
- Usar pastilhas (contendo benzocaína ou ingredientes similares) para reduzir a dor (as pastilhas não devem ser usadas em crianças porque podem causar engasgamento)
- Tomar medicamentos vendidos sem receita, como acetaminofeno (Tylenol) ou ibuprofeno, para reduzir a dor e a febre. NÃO dê aspirinas a crianças. Aspirinas têm sido associadas à síndrome de Reye.
- Um bom tratamento caseiro para amigdalite é fazer gargarejos com água morna salgada 2 vezes por dia, pois o sal é antibactericida e poderá auxiliar no tratamento clínico da doença.
- Beber bastante água, aumentar o consumo de alimentos ricos em vitamina C e dar preferência ao consumo de alimentos líquidos ou pastosos também ajuda a controlar melhor a doença.
Algumas pessoas com reincidência da infecção podem precisar de cirurgia para remover as amígdalas (tonsilectomia).
Métodos cirúrgicos:
Os sintomas de amigdalite costumam desaparecer 2-3 dias depois do início do tratamento. A infecção geralmente é curada após o término do tratamento, mas algumas pessoas podem precisar de mais um ciclo de antibióticos.
As complicações de amigdalite causada por estreptococos não tratada podem ser graves. Crianças com amigdalite associada à infecção estreptocócica ou à faringite devem geralmente resguardar em casa até que tenham tomado os antibióticos por 24 horas. Isso ajuda a reduzir a transmissão da doença.
Amigdalite é contagiosa?
A amigdalite é contagiosa, principalmente quando se trata de amigdalite viral, por isso para evitar a transmissão da doença é aconselhado:
- Tossir sempre com um lenço na boca ou colocar o antebraço na frente da boca quando for tossir;
- Lavar bem as mãos e
- Não compartilhar toalhas, pratos, copos e talheres, por exemplo.
A transmissão da amigdalite ocorre pelo contato direto com gotículas de saliva do indivíduo contaminado, principalmente quando a saúde do indivíduo encontra-se enfraquecida como ocorre no caso de bebê e idosos, e por isso estes devem manter distâncias dos contaminados.
Complicações possíveis
- Obstrução das vias respiratórias devido a amídalas inchadas
- Desidratação causada por dificuldade na ingestão de líquidos
- Insuficiência renal
- Abscesso perintonsilar ou abscesso em outras partes da garganta
- Faringite - bacteriana
- Glomerulonefrite pós-estreptocócica
- Febre reumática e transtornos cardiovasculares associados
Um abscesso pode se desenvolver lateralmente à tonsila durante uma infecção, tipicamente diversos dias após o início da tonsilite. Isto é chamado de abscesso peritonsilar.
Raramente a infecção pode se espalhar além da tonsila resultando em inflamação e infecção da veia jugular interna, dando origem a uma infecção septicêmica que se espalha (síndrome de Lemierre).
Em casos crônicos/recidivantes (geralmente definidos como sete episódios de tonsilites no ano anterior, cinco episódios em cada um dos dois anos anterior ou três episódios em cada um dos três anos anteriores),1 2 3 ou em casos agudos onde as tonsilas palatinas se tornaram tão inchadas que a deglutição foi prejudicada, uma tonsilectomia pode ser realizada para remover as tonsilas. Pacientes cujas tonsilas foram removidas certamente ainda estarão protegidos de infecções pelo resto de seu sistema imune.
Bactérias se alimentando do muco que se acumula nos espaços das tonsilas (criptas) podem produzir depósitos amarelo-esbranquiçados conhecidos como tonsilólitos. Isso pode causar uma emissão de um odor devido a presença de compostos sulfúricos voláteis.
A hipertrofia das tonsilas pode resultar em roncos, respiração oral, problemas no sono e apnéia do sono obstrutiva, na qual o paciente para de respirar e apresenta uma queda na concentração de oxigênio na corrente sanguínea. Uma tonsilectomia pode curar estes problemas.
Em casos muito raros, doenças como febre reumática ou glomerulonefrite podem ocorrer. Estas complicações são extremamente raras em países desenvolvidos mas ainda continuam sendo um problema em países pobres.
Formas de tratar a amigdalite
Hidratação e alimentação insuficientes, baixa circulação de ar, mudanças bruscas de temperatura e até estados emocionais acarretam inflamações.
Mercurius solubilis, Beladonna e Lachesis mutta são alguns dos nomes de homeopáticos utilizados após diagnósticos de amigdalites agudas. Cada medicamento age por sua semelhança ao quadro. Médicos dizem que é necessário conhecer o paciente emocionalmente para, então, indicar a solução. A homeopatia propõe tratamento individualizado, pois não trata a doença em si, mas sua causa. Cada paciente terá seu medicamento, que será seu melhor estímulo para reagir às suas vicissitudes, sensibilidades e suscetibilidades.
Recomenda-se muitos líquidos, como água de coco, chás de gengibre, canela, cravo, cebola, alho – todos estimulam a imunidade –, chá de romã ou spray com própolis. De acordo com especialistas, estados emocionais também devem ser observados, porque podem diminuir a imunidade. Agentes mecânicos, como abuso de gelados ou dormir com a cabeça molhada, alimentação desregrada e sono insuficiente são facilitadores, não causadores. Alguns médicos acreditam tanto que o emocional influencia na doença que perguntam para seus pacientes: o que está entalado na sua garganta? Vive-se tendo de engolir coisas de alguma forma, não sendo atendido em apelos afetivos de quaisquer naturezas.
O tratamento das amigdalites depende de avaliação, pois a conduta varia se elas forem virais ou bacterianas. Analgésicos e antitérmicos são usados como medicações sintomáticas nas virais. Nos quadros bacterianos, utilizam-se antibióticos.
E quando é necessária uma cirurgia?
Há indicações precisas: amigdalites de repetição, roncos noturnos e apneia do sono, amigdalite crônica caseosa (com bolinhas brancas), abscessos periamigdalianos (feridas com pus) e suspeita de câncer. Repouso e boas alimentação e hidratação fazem parte dos cuidados. Muitas vezes, a alimentação é limitada pela dor, porém não há restrições. O ideal é a alimentação que o paciente aceite. Higiene e boa respiração nasal são medidas associadas à redução da incidência das infecções.
Quando as amígdalas inflamam, observa-se que quanto maior for seu tamanho, menor será o espaço para a passagem do som, deixando-o mais “abafado”. Quando esse aumento dificulta a respiração nasal, favorece o ressecamento da garganta (cavidade oral e laringe), podendo contribuir para uma voz rouca. A atuação de um especialista deverá estar associada à do otorrinolaringologista, pois pode auxiliar na readequação das funções respiratórias, vocais e de deglutição, enquanto a doença não cessa. Dependendo do caso, poderá auxiliar na melhora dos padrões respiratório e vocal em paralelo ao tratamento médico, seja ele clínico ou cirúrgico. Após a cirurgia, a voz geralmente muda, tornando-se menos abafada e com melhor utilização do ar durante a fala. O fonoaudiólogo pode auxiliar com exercícios específicos”.
Tonsilectomia
A tonsilectomia ou amigdalectomia é um processo cirúrgico que consiste na excisão das amígdalas palatinas, glândulas localizadas na parte posterior da garganta.
O pós-operatório pode envolver otalgia (dor de ouvido decorrente da sensibilização do nervo glossofaríngeo) e sangramento (geralmente da veia palatina), além de dificuldade para engolir, que pode durar vários dias, dependendo do método cirúrgico utilizado, da faixa etária do paciente e da capacidade de recuperação de cada paciente.
Fonte: www.minhavida.com.br / revistavivasaude.uol.com.br / www.tuasaude.com
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