Os animais se locomovem pelo ar, pela água e pelo solo. De acordo com o processo evolutivo, atingiram diversas adaptações, dependendo do local onde vivem.
Os modos e formas de locomoção servem para caçadas, fugas, migrações, etc. Muitos possuem anatomia bastante adaptadas, como pernas ou asas longas e esguias, músculos resistentes e corpos aerodinâmicos ou hidrodinâmicos, podendo alcançar grandes velocidades.
Selecionamos os 11 animais mais velozes. Confira!
Guepardo (da terra)
O guepardo, também conhecido como chita, lobo-tigre, leopardo-caçador ou onça-africana é um animal da família dos felídeos, ainda que de comportamento atípico, se comparado com outros da mesma família. É a única espécie vivente do gênero Acinonyx. Tendo como habitat a savana, vive na África, Península Arábica e no sudoeste da Ásia. Fisicamente, é significativamente parecido com o leopardo. As almofadas das patas da chita têm ranhuras para tracionar melhor em alta velocidade, e sua longa cauda serve para lhe dar estabilidade nas curvas em alta velocidade.
Cada chita pode ser identificada pelo padrão exclusivo de anéis existentes em sua cauda, tem uma cabeça pequena e aerodinâmica e uma coluna incrivelmente flexível, são habilidades que ajudam bastante na hora da perseguição.
É um animal predador, preferindo uma estratégia simples: caçar as suas presas através de perseguições a alta velocidade, em vez de tácticas como a caça por emboscada ou em grupo, mas por vezes, pode caçar em dupla. Consegue atingir velocidades de 115 a 120 km/h, por curtos períodos de cada vez (ao fim de 400 metros de corrida), sendo o mais rápido de todos os animais terrestres, porém em uma certa ocasião, avistou-se um guepardo que correu atrás de sua presa por 640 metros em 20 segundos, (medidos com um cronômetro), e 73 metros em aproximadamente 2 segundos.
O corpo da chita é esbelto, musculado e esguio, ainda que de aparência delgada e constituição aparentemente frágil. Tem uma caixa torácica de grande capacidade, um abdómen retraído e uma coluna extremamente flexível. Tem uma cabeça pequena, um focinho curto, olhos posicionados na parte superior da face, narinas largas e orelhas pequenas e arredondadas. O seu pêlo é amarelado, salpicado de pontos negros arredondados, e na face existem duas linhas negras, de cada lado do focinho, que descem dos olhos até à boca, formando de fato um trajeto de lágrimas. Um animal adulto pode pesar entre 28 e 65 kg. O comprimento total do corpo varia de 112 a 150 cm. O comprimento da cauda, usada para equilibrar o corpo do animal durante a corrida, pode variar entre 62 e 85 cm.
Falcão peregrino (do ar)
O falcão-peregrino é uma ave de rapina diurna de médio porte que pode ser encontrada em todos os continentes exceto na Antártida. A espécie prefere habitats em zonas montanhosas ou costeiras, mas pode também ser encontrado em grandes cidades como Nova Iorque. Na América do Sul, ele só surge como espécie migratória, não nidificando aqui. Como ave reprodutora, é substituído na América do Sul por uma espécie similar e um pouco menor, o falcão-de-peito-laranja.
O que diferencia os falcões das demais aves de rapina é o fato de terem evoluído no sentido de uma especialização no voo em velocidade (em oposição ao voo planado das águias e abutres e ao voo acrobático dos gaviões), facilitado pelas asas pontiagudas e finas, favorecendo a caça em espaços abertos – daí o fato dos falcões não serem aves de ambientes florestais, preferindo montanhas e penhascos, pradarias, estepes e desertos.
O falcão peregrino é uma ave de médio porte, corpo compacto, pescoço curto e cabeça arredondada com grandes olhos negros. Na Península Ibérica, o comprimento do falcão peregrino varia entre os 40 e os 50 cm, o peso médio de um macho adulto rondará as 600 gramas e o de uma fêmea anda à volta das 900 gramas.
A perfeita e rápida locomoção no ar deve-se a diversas adaptações. Sendo uma ave, o seu corpo é revestido com penas, que têm origem na epiderme, as quais têm uma função isoladora e são impermeáveis. No geral, as penas apresentam uma cor azul-acinzentada com listas escuras, sendo as das asas rígidas e as restantes bem justas ao corpo. Na cabeça têm uma coroa preta, a cauda tem pontas brancas e a sua barriga esbranquiçada apresenta pintas. As asas apresentam uma envergadura entre os 80 e os 115 centímetros. A sua cauda é curta, ao contrário das suas asas que são longas e ponte agudas, e as patas estreitas e longas. Todo o seu corpo se encontra bem adaptado às suas performances de voo.
Agulhão vela (da água)
O agulhão-vela, nome original Istiophorus platypterus é um peixe agulhão nativo da Índia e Oceano Pacífico. Está no Guinness Book, por ser o animal aquático mais rápido, chegando a 110km por hora.
É encontrado nas regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Sul (do Amapá a Santa Catarina).
Peixe de escamas muito pequenas. As características mais marcantes dessa espécie são a grande nadadeira dorsal em forma de vela de barco, o que lhe valeu o nome em inglês sailfish, e o bico em forma de espada. A coloração do dorso é azul escuro, com os flancos e ventre prateados; apresenta faixas verticais ou séries verticais de pintas claras no dorso e nos flancos; as nadadeiras são escuras. Alcança mais de 3m de comprimento total e mais de 60kg.
Espécie pelágica, oceânica, podendo ser encontrada em águas costeiras, nos locais mais profundos. Os indivíduos são solitários, mas formam cardumes durante a época reprodutiva. A dieta é constituída por vários organismos, desde peixes oceânicos, como dourados, atuns, peixe voador, e lulas, polvos e crustáceos. Para evitar predadores, costuma levantar a nadadeira dorsal. É um peixe altamente esportivo, proporcionando grandes lutas e saltos espetaculares. Não é muito comercial e dificilmente encontrado nos mercados.
Antilocapra
O antilocapra é um ungulado artiodáctilo nativo da América do Norte e um dos animais mais rápidos do mundo, com velocidades de sprint que atingem até 80 km/h. A espécie é a única do seu género e da família Antilocapridae e inclui quatro subespécies, com distribuições geográficas diferentes.
O antilocapra macho pesa entre 45 e 60 kg, sendo a fêmea menor com 35 a 45 kg. Os machos possuem um par de cornos com cerca de 30 cm de comprimento, estruturados em torno de uma base óssea e forrados com uma substância pilosa que é renovada anualmente. Algumas fêmeas têm também cornos, sempre menores e mais rectilíneos que os dos machos. A coloração é de cor castanha dourada, com barriga, zona da cauda e queixo brancos. O antilocapra tem também duas riscas horizontais de cor branca na garganta. Os machos apresentam uma crina castanha e uma mascara mais escura em torno dos olhos. As crias de cor acinzentada nascem com 2 a 4 kg de peso.
O antilocapra é um animal herbívoro de hábitos gregários, que vive em manadas numerosas. A sua distribuição geográfica estende-se desde o sul dos estados de Saskatchewan e Alberta, no Canadá, à Baixa Califórnia e deserto de Sonora no México. O limite Este é demarcado pelo rio Missouri.
Os predadores naturais do antilocapra, especialmente dos juvenis, são lobos, coiotes e linces. Com uma velocidade máxima registada de 98 km/h, o antilocapra é o segundo animal mais rápido do mundo, ultrapassado apenas pela chita que vive na savana africana. Esta rapidez evoluíu como resposta à presença de predadores extremamente rápidos, não os actuais, mas a chita americana, extinta do Plistocénico.
Desde a sua descoberta que os antilocapras foram caçados em grande número pelos pioneiros americanos. A caça excessiva quase levou a espécie à extinção e em 1908 restavam apenas cerca de 20,000 exemplares. Subsequente proteção legal e banimento da caça possibilitou a recuperação e hoje em dia existem entre 2 a 3 milhões de antilocapras. A abundância da espécie obriga mesmo a caça organizada para efeitos de controlo de população.
Gazela-de-thomson
A gazela-de-thomson é uma das espécies de gazela africana mais abundantes – vive em bandos de machos, de fêmeas e mistos, com cerca de 60 indivíduos, mas pode formar bandos gigantescos, com mais de mil indivíduos, ao migrar. Elas podem correr a velocidades de 90km/h por cerca de quinze minutos e há registro de velocidades superiores a 100km/h, ao escapar de predadores, como o guepardo. As gazelas podem saltar verticalmente no ar.
A gazela-de-thomson tem listras pretas na face e no corpo, o que ajuda a disfarçar a silhueta do animal, dificultando que seja visto à distância. Os machos e as fêmeas têm chifres, mas os das fêmeas são mais curtos. Eles se alimentam de gramíneas que outros animais de pasto deixam para trás.
Gazelas vivem em savanas da África e dos habitats de pastagem, principalmente na região de Serengeti Quênia e na Tanzânia, embora eles também podem ser encontrados na Etiópia, Somália e Sudão. Eles se alimentam de vegetação rasteira e capim. A maioria da água de que precisam vem do que eles comem. Embora seja uma das gazelas mais comum em sua escala, o tamanho da população não é grande devido ao seu alcance limitado. Gazelas Thomson frequentemente se reúnem com outros ungulados, como gnus e zebras e, geralmente, vivem e migram em rebanhos, com centenas ou milhares de outras gazelas A gazela é um item de presa favorita para o guepardo
Gazelas de Thomson de 51 a 60 cm (20 a 24) (fêmeas) 58 a 66 cm (23 a 26 polegadas) (machos) de altura e pesa 13-24 kg (lb 29-40) (fêmeas), 17-29 kg (sexo masculino). Eles têm pelagem marrom com branco e uma tarja preta distintiva. Seus chifres são longos e apontou com ligeira curvatura. A mancha branca em sua garupa estende-se por baixo da cauda, mas não mais. Um erro por vezes é o erro de identificação das gazelas de Grant como gazelas. Embora alguns Grant's têm a tarja preta que atravessa os seus lados, o branco em sua garupa estende-se sempre acima da cauda.
Cabra-de-leque
A cabra-de-leque é uma pequena gazela castanha e branca, com cerca de 75 cm de altura que habita as savanas de África austral: vivem na Namíbia, sul de Angola, Botswana e África do Sul. Os machos atingem o peso de até 50 kg e as fêmeas 37 kg.
O seu nome comum em português refere-se à característica destes animais poderem levantar uma prega de pele que possuem nos quartos traseiros até à cauda, exibindo um ostensivo 'leque' de pelos brancos e emitindo um doce odor floral. Fazem isso com frequência, quer estejam assustadas ou apenas para se exibirem. A dita prega de pele deu origem ao nome científico marsupialis. Na Namíbia, Botswana e África do Sul o nome do animal é springbok, do africâner, significando spring = salto + bok = cabra. Este nome refere-se aos saltos que estes animais dão, saltando na vertical com as quatro patas simultaneamente, como se nestas tivessem molas. Realizam estes saltos quer a partir da posição parada ou em corrida.
Era um animal muito comum, formando algumas das maiores manadas de mamíferos já documentadas (chegando mesmo a formar manadas de mais de 10 milhões de animais), mas os seus números têm vindo a decrescer desde o século XIX devido à caça e à ocupação das terras para cultivo. Continuam a ser bastante comuns especialmente em reservas de caça, juntando-se com frequência às manadas de gnus e de órix.
É um animal muito rápido, podendo atingir velocidades na ordem dos 90 km/h e mudar de direção com muita facilidade. Porém, para poder escapar a predadores como a chita e o leão recorre ainda à fuga exibicionista conseguindo aparentemente bons resultados.
Quarto de Milha
Quarto de milha é uma raça de cavalo que iniciou a formar-se com a chegada dos europeus ao continente norte-americano, em 1611 , pelo cruzamento dos cavalos trazidos pelos ingleses, pelos espanhóis e pelos indígenas ( mustangues) , também de ascendência ibérica. Posteriormente, dezessete garanhões e éguas, originalmente thoroughbreds ingleses, foram levados para os Estados Unidos. Entre os thoroughbreds importados figura Janus, um filho de Godolphin Barb.
Com o tempo surgiu um equino compacto e bastante musculoso, capaz de correr distâncias curtas em grande velocidade. O primeiro Stud Book com registro genealógico da raça iniciou em 1941, no Texas.
Na época em que a guerra da independência começou, os colonizadores tinham tornado-se muito afeiçoados às corridas , que em geral eram disputada entre três cavalos que corriam até um quarto de milha (402,33600 metros). E entre essas corrridas, têm sido cronometrado em velocidades de até 88 km/h.
Mas outras atividades também foram desempenhadas com sucesso por estes animais. Linhagens diferentes foram sendo definidas para cada atividade. Hoje são bem distintas e tem uma seleção rigorosa. Mas a principal característica do quarto de milha é a versatilidade. Corridas, provas de vaqueiros em geral e trabalho no campo. Teve bastante aceitação no trabalho e lida do campo devido a sua docilidade, robustez e velocidade. No nordeste do Brasil, o quarto de milha tornou-se o melhor em vaquejada. No sul do Brasil, nos trabalhos de campo, encontra-se em concorrência com o cavalo crioulo.
Leão
O leão é um dos quatro grandes felinos no gênero Panthera, membro da família Felidae. Com alguns machos excedendo 250 kg em peso, ele é o segundo maior felino vivo depois do tigre. Leões selvagens existem atualmente na África Subsaariana e na Ásia com uma população remanescente em perigo crítico, na Floresta de Gir na Índia, tendo desaparecido da África do Norte e do Sudoeste Asiático em tempos históricos. Até o Pleistoceno tardio, há cerca de 10 000 anos, o leão era o mais difundido grande mamífero terrestre depois dos humanos. Eles eram encontrados na maior parte da África, muito da Eurásia, da Europa Ocidental à índia, e na América do Yukon ao Peru.
Leões vivem por volta de 10-14 anos na natureza, enquanto em cativeiro eles podem viver mais de vinte anos. Na natureza, machos raras vezes vivem mais do que dez anos, visto que ferimentos sofridos em combate contínuo com machos rivais reduzem sua longevidade. Originalmente era encontrado na Europa, Ásia e África. Tais felinos possuem coloração variável, entre o amarelo-claro e o marrom-escuro, com as partes inferiores do corpo mais claras, ponta da cauda com um tufo de pêlos negros e machos com uma longa juba. Há ainda uma variedade genética de leões brancos, que apresentam dificuldades de sobrevivência por se destacarem nas savanas ou selvas, logo, tendo imensas dificuldades de caça. São exclusivos da reserva de Timbavati, localizada no Parque Nacional Kruger, na África do Sul.
Os leões estão muito concentrados atualmente nas savanas reservadas, onde caçam principalmente grandes mamíferos, como antílopes, zebras, javalis; um grupo abate um búfalo-africano entretanto, se o bando estiver faminto pode abater um elefante jovem, desde que esteja só. Também é frequente o confronto com hienas, estando estas em bandos ou não, por disputa de território e carcaças.
O leão é apelidado de o "rei dos animais" por se encontrar - em condições naturais e normais - no topo da cadeia alimentar dos animais que habitam em terra seca. São felinos muito sociáveis: um grupo pode possuir até quarenta indivíduos, composto na maioria por fêmeas.
Esses grandes felinos vivem em bandos de 5 a 40 indivíduos, sendo os únicos felinos de hábitos gregários. Em um bando, há divisão de tarefas: as fêmeas são encarregadas da caça e do cuidado dos filhotes, elas podem podem atingir velocidades de 81 km/h mais em rajadas curtas. Enquanto o macho é responsável pela demarcação do território e pela defesa do grupo de animais maiores ou mais numerosos (contra eventuais ataques de hienas, búfalos,elefantes e outros leões machos).
Gnu
O gnu é um grande mamífero ungulado do gênero Connochaetes, que inclui duas espécies, ambas nativas do continente africano. Também é conhecido como boi-cavalo e como guelengue. Os gnus pertencem à família dos bovídeos, que inclui bovinos, caprinos, bubalinos, antílopes e outros mamíferos ungulados. Podem correr até 80 km/h para fugir dos predadores. Já em defesa da cria, como instinto, a mãe gnu, em fúria, é capaz de enfrentar guepardos, hienas e até mesmo leões, com seus cornos e coices. A gestação é em média de 260 dias, nascendo apenas uma cria. Vivem em grandes manadas, e pastam pelas savanas. Sua altura é em torno de 1,50 a 2,50 metros, e pesam em média de 250 Kg. Vivem em torno de 20 anos.
Esses carnívoros preferem aqueles que estão doentes, os velhos e até aquele que se isolam da manada. Aqueles que morrem naturalmente não são exceção.
Coiote
Coiote (Canis latrans) é um mamífero, membro da família Canidae e do genêro Canis. Os coiotes são encontrados apenas na América do Norte e Central, desde do Panamá ao norte do México chegando aos Estados Unidos da América e Canadá, indo do Norte do Alaska até as regiões setentrionais do Canadá. Geralmente vivem sós, mas podem se organizar em matilhas ocasionalmente. Vivem em média 6 anos.
A palavra coiote é de origem Nahuatl. São extremamente adaptáveis e existem em uma vasta gama de habitats, incluindo florestas, predarias, desertos e pântanos. Eles são tipicamente excluídos de áreas com lobos.
Devido à sua tolerância para as atividades humanas, também habitam em ambientes suburbanos, agrícolas e urbanos.
Caça sua presa pelo cheiro, podendo atingir 70 km/h, é membro da família do cão, mas a sua cauda é redonda e espessa.
Uapiti
O uapiti é uma espécie de veado encontrado na Ásia e noroeste da América do Norte. Alguns pesquisadores a consideram uma subespécie do veado-vermelho, mas estudos genéticos recentes indicam tratar-se de uma espécie separada.
O nome uapiti significa "garupa branca" e é derivado de uma língua nativa da América do Norte - o Shawnee - pertencente à família das Línguas algonquinas. O uapiti é um mamífero artiodáctilo da família Cervidae. Apesar de semelhante ao veado-vermelho europeu, o uapiti é maior que este: os machos pesam em média 320 kg e as fêmeas 225 kg. A altura no garrote alcança os 1,5 m e o comprimento chega a 2,5 m nos machos e 2,0 m nas fêmeas.
Além de serem maiores que as fêmeas, os machos se diferenciam por terem uma galhada, que cresce a partir da primavera e que cai no inverno. As galhadas ramificadas são usadas pelos machos para intimidar e lutar contra os rivais na época do acasalamento, no outono e início do inverno. Nessa época os machos adultos dominam grupos de até 20 fêmeas, os haréns. Também nessa época se escutam as características vocalizações dos machos, usados para atrair as fêmeas. Os filhotes, geralmente um por fêmea, nascem na primavera. Fora do período de formação de haréns, os uapitis vivem em grupos de indivíduos do mesmo sexo.
Sua distribuição geográfica inclui a Ásia e a América do Norte. No continente asiático a espécie ocorre na Mongólia, sudeste da Sibéria, nordeste da China (Manchúria) e Península Coreana. Na América do Norte ocupam o centro-oeste do continente (Estados Unidos e Canadá).
É uma espécie ruminante, alimentando-se de ervas, cascas de árvores e folhas. E ao contrário dos outros animais que correm para pegar suas pregas, o Uapiti pode atingir 70km/h para fugir de seus predadores.
Cachorro Africano Selvagem
O mabeco ou cão-caçador-africano é um canídeo típico da África que vive em zonas de savana e vegetação esparsa. A espécie já foi comum em toda a África sub-sahariana (exceto em áreas de floresta tropical ou densa e zonas desérticas). A sua distribuição geográfica atual limita-se à Namíbia, Botswana, Moçambique, algumas zonas do Zimbabué e África do Sul.
O mabeco é um predador de médio porte, com cerca de 75 a 110 cm de comprimento para 18 a 36 kg de peso. A sua pelagem, muito característica com manchas de castanho, preto, branco e alaranjado, deu o nome científico à espécie: Lycaon pictus significa lobo pintado. A cabeça é em geral mais escura e a cauda termina num tufo branco. As orelhas são grandes e arredondadas e as pernas longas e finas terminam em patas fortes com quatro dedos.
Os mabecos são animais gregários não territoriais que vivem em matilhas de até 40 elementos, em média 7 a 15. A estrutura social do grupo é altamente definida, com um casal alfa no topo que controla as hierarquias separadas de machos e fêmeas. Em geral as matilhas têm maior proporção de machos, uma vez que as fêmeas emigram com mais facilidade para outros grupos familiares. Cerca de metade dos machos juvenis permanece sempre junto dos pais; os restantes abandonam o grupo natal para formar uma nova matilha. As matilhas de mabecos são invulgarmente pacíficas. Conflitos entre membros do grupo são muito raros e em geral limitados à hierarquia das fêmeas na época de reprodução. Os mabecos têm preocupações sociais únicas nos predadores africanos. Se um membro da matilha está doente ou a recuperar de ferimentos, é alimentado pelos restantes e protegido de eventuais ataques.
Os mabecos caçam em grupo e através do trabalho de equipa combinado com grande resistência física, conseguem abater animais de dimensões muito maiores. As suas presas favoritas são antílopes de médio porte, como os impalas, gazelas e duikers, e grandes herbívoros velhos, jovens ou feridos, como gnus e zebras. Os mabecos só se alimentam das presas que eles próprios matam e nunca tocam em carcaças, por muito frescas que estejam. E para sempre terem carne fresca chegam a correr até 60 km/h. São ainda exclusivamente carnívoros, e mesmo em alturas de escassez não se alimentam de insectos. Após uma caçada, o grupo caçador regressa à base da matilha e regurgita porções de comida para alimentar os juvenis e os elementos adultos que ficaram para trás para cuidar das crias.
Os mabecos não são territoriais e partilham o espaço com outras matilhas vizinhas. Cada grupo necessita de uma área entre 200 e 2000 km2 para viver e caçar. A esperança de vida média é de cerca de 10 anos. Estão listados pelo IUCN como em perigo de extinção. As principais ameaças à espécie são a perda de habitat e doenças contraídas através de contato com animais domésticos.
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