Por onde anda a banda LS Jack?

LS Jack é uma banda de pop rock brasileira formada em 1997 na cidade do Rio de Janeiro. A banda ficou parada por 6 anos devido a complicações cardiorrespiratórias causadas ao vocalista Marcus Menna durante uma lipoaspiração mal-sucedida em 2004, deixando-o em estado de coma por mais de dois meses, além de sérios problemas de coordenação motora.

O LS Jack começou, quando alguns estudantes de música decidiram montar uma banda chamada L'Acid Jazz para tocar na noite carioca. Influenciados por diversos artistas como Michael Jackson e James Taylor Quartet, adquiriram experiência suficiente para compor as primeiras canções, misturando pop, funk, acid jazz rock, hip hop e black music.

Mudaram o nome para LS Jack um jogo de palavras com o acid jazz e já com algum repertório próprio, mas sem disco nem gravadora, conseguiram uma apresentação nos programas de Luciano Huck e Xuxa. Depois disso, não demorou para Marcus Menna (voz e violão), Sérgio Morel (guitarra e teclados), Sérgio Ferreira (guitarra), Vitor Queiroz (baixo), Alessandro Barros (saxofone) e Bicudo (bateria) estourarem em todo o país. O primeiro álbum, auto-intitulado, LS Jack lançado em 1997 trouxe o hit "Você Chegou", além de "Go Back", dos Titãs e "Quase Um Segundo", do grupo Os Paralamas do Sucesso.

Dois anos depois chegou Olho por Olho, Gente por Gente, em que a banda foi mais a fundo em busca de sua identidade. Os grandes destaques do trabalho foram "Isso Eu Já Sei", "Marte" e "No Mesmo Lugar". A cantora Luiza Possi ainda fez uma participação especial na faixa "Mil Vezes". Foi, entretanto, apenas em 2001 que o grupo se tornou um dos mais populares do país.

O lançamento do terceiro disco em 2001, intitulado V.I.B.E.: Vibrações Inteligentes Beneficiando a Existência, trouxe dois dos maiores sucessos de toda a carreira do LS Jack até então: "Carla" e "Uma Carta". As duas canções estiveram entre as mais tocadas do ano e renderam diversas turnês por todo o Brasil, além de aparições nos principais programas da televisão, totalizando 200 mil cópias vendidas.

Pouco antes de soltar o novo trabalho, um desentendimento num aeroporto, envolvendo a banda e os pagodeiros do Art Popular, acabou em agressões físicas de ambas as partes. O caso foi amplamente divulgado pela mídia e tudo foi esclarecido. Logo após chegou Tudo Outra Vez, lançado em 2003. Feito em parceria com o renomado produtor Rick Bonadio, o álbum manteve o LS Jack em alta com "Sem Radar", "Espírito Meu" e "Alucinação".

O grupo foi abalado por uma lipoaspiração mal-sucedida, sofrida pelo vocalista Marcus Menna em 2004, mas lançou no mesmo ano o álbum Jardim de Cores, que já estava sendo preparado antes do incidente.

Em 2005, a banda apresentou o novo vocalista Fabio Allman, em substituição a Marcus Menna, que ainda se recuperava de graves sequelas. O LS Jack esteve na estrada com novo nome, O Salto, e lançou o álbum A Noite É dos que Não Dormem.

O vocalista Marcus Menna, reiniciou sua carreira musical em 2006 e montou uma nova banda, chamada V.I.B.E. 6. Mas desde 2007 o cantor vinha seguindo em carreira solo.

Em 2010 a banda iniciou uma turnê em comemoração dos dez anos de banda, com a volta de Marcos Menna aos vocais. Seu primeiro show foi no dia 1° de maio na Festa Nacional da Cerveja, em Divinópolis- MG.

Em 2011 a banda fez alguns shows. No dia 07 de fevereiro de 2012 a banda relançou o álbum Jardim de Cores com uma faixa inédita no estúdio da Multishow-FM.

 

Em 2009 Marcus Menna e família falou sobre sua vida e carreira

Um troféu na mesa de centro da sala do apartamento do cantor Marcus Menna, de 32 anos, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, dá uma pista: ali mora um astro. Ou alguém que já foi considerado um. Na escultura de prata, com o formato do símbolo da Rede Globo, está gravado: “Os Melhores de 2002 – Categoria: Revelação Musical”. O vencedor foi o grupo LS Jack, do qual Menna era vocalista. A euforia dos shows está viva em sua memória, mas alguns episódios foram apagados, como o momento da entrega do referido prêmio.

“Ainda não lembro de algumas coisas”,

diz o cantor. Segundo sua mãe, Jeanine Silveira, os dois meses de coma induzido foram os mais difíceis.

“É um sofrimento muito grande ver o seu filho deitado numa cama. Mas tivemos muita fé”.

A sequela deixada em seu cérebro, provocando a ausência de muitas lembranças, não apaga o brilho nos olhos com que Menna encara a crescente recuperação que vem manifestando. Confiante, ele já vislumbra até o momento de voltar a pisar em um palco.

E emociona-se ao contar a grande novidade: sua mulher, a atriz Priscila Lemos, de 26 anos, está grávida de seis meses.

“Graças a Deus, estou de volta aqui. E agora Ele me deu essa coisa linda”,

afirma o cantor, entre sorrisos e lágrimas, olhando com admiração para Priscila. A recuperação dos movimentos e da fala de Menna é resultado de quatro anos de tratamento intensivo, que incluía fisioterapia e fonoaudiologia. Livre de uma série de medicamentos há pouco mais de seis meses, ele experimenta uma nova rotina.

“Só tomo um comprimido à noite, para a memória, e faço exercícios na academia, natação e corrida. Hoje, por exemplo, acordei às 9h e fui correr na praia.”

A esperança de retomar o trabalho e emplacar uma carreira solo começou no ano passado, quando ele gravou o CD É Preciso Saber Viver, com antigos sucessos do extinto LS Jack. A meta é voltar a fazer shows. Então, além de ensaiar em estúdio, Menna tem tido aulas de canto e sessões específicas de fonoaudiologia. Na Justiça, continua correndo o processo a que Jeanine e o marido, Rui, deram entrada contra a clínica Perfil Plastic, na Barra da Tijuca, na qual o filho foi operado, em 1o de julho de 2004. A clínica foi fechada no mesmo dia pela vigilância sanitária porque não tinha UTI.

“Após a cirurgia, o Marcus estava bem, mas sentindo dores. A enfermeira, então, colocou dipirona no soro e, na mesma hora, ele teve uma convulsão e parou de respirar. Toda vida ele tomou Novalgina, mas dizem que a pessoa pode ‘fazer’ a alergia, né? O problema é que ele teve um choque anafilático e a clínica não possuía aquele aparelho que faz o ressuscitamento em três minutos, tiveram que pedir emprestado e ele ficou 20 minutos sem respirar”,

afirma Jeanine. A clínica não voltou a ser reaberta e a família de Menna não teve mais contato com os médicos responsáveis por ela.

“Nem queremos falar sobre isso”.

Da clínica, Marcus foi levado, em coma induzido, para o Hospital Copa d’Or, em Copacabana, Zona Sul do Rio, onde ficou internado durante 62 dias, respirando através de aparelhos e sendo alimentado por gastrostomia (sonda colocada diretamente no estômago). Quando saiu do coma e recobrou os sentidos, foi transferido para o Hospital Sarah Kubitschek, em Brasília, onde continuou seu tratamento durante dois meses. Jeanine diz que, a partir de quando foi para casa, em dezembro de 2004, o filho começou a ter uma melhora progressiva.

“Pode alguém morrer por 20 minutos e agora estar de novo compondo?”

Com o incentivo de sua nova mulher, a atriz Priscila Lemos, o ex-vocalista do LS Jack, Marcus Menna, tenta retomar a carreira com novo CD, site e contato com fãs.

Para os ex-integrantes do LS Jack, Sérgio Morel, Sérgio Ferreira, Alessandro Barros, Bicudo e Vítor Queiroz, também foi doloroso. Eles tentaram manter a banda com um novo vocalista, Fábio Allman, mas, após duas apresentações, perceberam que o som tinha outra identidade e criaram o grupo O Salto.

“O LS Jack era uma paixão de todos nós, terminar foi uma decisão difícil. Claro que ele (Menna) deve ter sentido muito a notícia do fim da banda, mas entendeu. Todos nós, que éramos do LS Jack, continuamos amigos e visitando sempre o Marcus”,

conta o baixista Vítor.

Fã de Marcus Menna desde os tempos de LS Jack, Priscila tem sido sua grande incentivadora na retomada da carreira. Os dois se conheceram em 2006, quando foram apresentados por um amigo em comum. Em uma semana estavam namorando e há seis meses moram juntos. O encontro aconteceu um mês após ter chegado ao fim o casamento dele com Carla Cappelletti, com quem tem uma filha, Luana, de 5 anos. Ela, que foi a musa de um dos grandes sucessos do LS Jack, a canção “Carla”, ficou ao lado do marido na fase mais difícil de seu tratamento. Mas, segundo a mãe dele, para quem Carla comunicou primeiro a decisão de se separar, pode ter sido muito difícil para a ex-nora vê-lo naquela situação.

“Ela foi uma moça forte, enfrentou de forma equilibrada, mas o relacionamento acabou. Ele vai ao aniversário da Luana quando a Carla festeja na casa dela. Não há inimizade nem rancor”,

afirma Jeanine.

Sem se lembrar de muita coisa do que aconteceu antes e depois da trágica cirurgia, Menna faz longas pausas ao tentar falar sobre o motivo de sua separação de Carla.

“Essa vida de músico é difícil. Eu estava sempre viajando muito. E aí é difícil, né?”,

diz. Mas não titubeia ao ser perguntado sobre qual é a lembrança mais marcante que não foi apagada de sua mente:

“O nascimento da minha filha, Luana, com certeza foi um momento muito importante para mim”.

Quanto à expectativa do próximo filho, ele afirma:

“Estou torcendo para que seja um menino, gostaria que nascesse o Vítor. Se for menina, será Mariah”.

Se pudesse voltar no tempo, Menna garante que não faria a lipoaspiração.

“Foi uma besteira, eu não estava gordo. Hoje, acordo e tenho que pensar que é mais um dia que o bom Deus me deixou viver.”

O enredo dessa história está sendo contado em letras de músicas que estão tomando forma. Uma delas chama-se “Nova inspiração”, escrita a quatro mãos com Priscila.

“Tem uma outra, ‘Roda gigante’, para a qual ele fez uma melodia e eu encaixei a letra, falando do que ele passou na vida e da força que tem hoje”,

diz Priscila, enquanto Menna entrega em cada gesto, em cada olhar, a paixão que sente pela companheira.

“Sempre fui romântico. Acho que Deus me fez voltar para continuar sendo”,

diz o cantor.

Reportagem TV Fama (23/06/11)

Fonte: pt.wikipedia.org / revistaquem.globo.com

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