Descubra qual o modelo certo de sutiã para seu corpo

O sutiã ou soutien (do francês soutien: suporte), é um tipo de roupa usados por mulheres, servem para a proteção e sustentação das mamas. Esta peça de roupa tornou-se um aliado na busca da beleza, do conforto e da sedução.

Há 100 anos Mary Phelps Jacob patenteava nos Estados Unidos o sutiã. A invenção tinha o objetivo de acomodar o seio, possibilitando molda-lo, diminui-lo, esconde-lo ou exibi-lo. Transformou a coadjuvante roupa de baixo em protagonista do figurino da mulher com lingeries sensuais.

Antes escondido, hoje é usado até como roupa de cima. Porém, no dia 17 de Julho de 2012 o Departamento de Arqueologia da Universidade de Innsbruck na Austria, descobriram a peça íntima nos porões de um castelo da região austriáca de Lengberg. A descoberta entra para a história segundo Hilary Davidson, do Museu de Londres, que afirmou a descoberta com o poder de "reescreve totalmente" a história da moda.

Tudo começou com um gesto de rebeldia. A jovem nova-iorquina, Mary Jacobs revoltou-se contra o espartilho de barbatana que não só a apertava como sobrava no vestido de noite que acabara de comprar. Com a ajuda de sua empregada, fez uma espécie de porta-seios tendo como material dois lenços, uma fita cor-de-rosa e um cordão. Depois de confeccionar cópias para as amigas, resolveu comercializar a invenção. Mais interessada no sucesso de sua criação nas festas do que nas lojas, acabou por vender a patente por 1550 dólares para a Warner Bros. Nos 30 anos seguintes, a empresa iria faturar 15 milhões de dólares com esta peça de roupa.

Há milênios as mulheres vinham procurando uma matéria-prima para confeccionar algo que desafiasse a lei da gravidade e sustentasse os seios. Referências revelam que em 2000 a.C., na Ilha de Creta, elas usavam tiras de pano para modela-los. Mais tarde, as gregas passaram a enrola-los para que não balançassem. Já as romanas adotaram uma faixa para diminuí-los. O espartilho surgiria na Renascença para encaixar a silhueta feminina no padrão estético imposto pela aristocracia. Por meio de cordões bem amarrados, ele apertava os seios a tal ponto que muitas desmaiavam. O sutiã apareceu para libertar a mulher daquela ditadura.

Na década de 1920, os sutiãs compunham o estilo dito "garçonne" e achatavam o busto. As liberadas jovens usavam vestidos mais curtos, com decotes nas costas e braços. Elas não queriam exibir seios opulentos, então usavam sutiãs especiais ou corpinhos, que achatavam o busto. Na verdade, eram como faixas, amarradas nas costas, feitas com um pedaço de tecido leve, como cambraia ou crepe. Nessa época, as roupas de baixo eram brancas, pretas, bege ou cor-de-rosa.

Nos anos 30, a silhueta feminina volta a ser valorizada. Surgem os bojos de enchimento e as estruturas de metal para aumentar os seios. Começaram a surgir tecidos elásticos, feitos com o látex, o que permitiu a fabricação de modelos mais confortáveis e uma maior diversidade de tamanhos.
Os irmãos Warner inventaram vários modelos revolucionários de sutiãs, como o feito com um tecido elástico nos dois sentidos, em 1931. Mais tarde, criaram os bojos de profundidade variável e as alças elásticas.

Em 1935, para aumentar os seios, surgiram os bojos com enchimento, e, em 1938, apareceram os sutiãs de armação, que deixavam os seios mais protuberantes. A atriz Mae West foi o símbolo dos seios acentuados, durante os anos 20 e 30.

Em 1939, surgiu um modelo de sutiã com bojos mais fundos e pespontos circulares, que deixavam os seios pontudos e torneados. Foi um verdadeiro sucesso de vendas, chegando ao seu auge na década de 50.
Após a Segunda Guerra Mundial, o náilon, desenvolvido em 1935, começou a fazer parte da produção de roupas íntimas. Com ele, foi possível fabricar sutiãs leves, resistentes e com brilho.

Dior e seu "New Look", trouxeram, no pós-guerra, a valorização das formas femininas. A moda era os "seios-globo", bem erguidos. A estética vigente era das "pin-ups", traduzida nas formas de algumas atrizes, como Jane Russel e Sofia Loren.
Surgiram, então, modelos de sutiãs, como o "very secret", de náilon, feito com almofadas de ar muito finas, para aumentar os seios pequenos.

Nos 50, com o advento do nylon, as peças ficam mais sedutoras e conquistam as estrelas de Hollywood.

Em 1955, foram criados novos modelos de renda preta e o sutiã peito-de-pombo, que aproximava os seios, deixando-os estufados.

No início dos anos 60, o alvo dos fabricantes eram as jovens consumidoras, as adolescentes. Foram lançados modelos mais simples e delicados. Esse novo conceito influenciou toda a linha de lingerie dessa época.
Em 1960, foram finalmente criadas as alças elásticas reguláveis, abolindo os colchetes, que eram usados por dentro das roupas para prender os sutiãs.
Com a revolução sexual dos anos 60 e 70, as mulheres se permitiram não usar mais os sutiãs, último símbolo de repressão após os apertados espartilhos. Em 1968, algumas feministas queimaram seus sutiãs em frente ao Senado, em Washington, nos EUA.
A moda era seios pequenos e atitude, que trouxeram sutiãs naturais, leves e transparentes, dando a impressão de nudez.


A partir dos anos 80, a indústria de lingerie viveu uma verdadeira explosão de tecnologia com o surgimento da lycra, que pode ser confeccionada com materiais mais finos e delicados. Combinada em pequenas proporções a qualquer fibra natural, a lycra permite o ajuste perfeito.
A última grande mudança no conceito do sutiã foi o "outwear", usado para fora, na forma de bodys, bustiês, corpetes e sutiãs como roupas de sair. Madonna foi uma das primeiras a lançar essa moda, ainda no começo de sua carreira.
Com o surgimento da lycra, das microfibras e outros novos tecidos, como rendas e algodões elásticos, cores e estampas, os sutiãs chegaram a um nível de sofisticação, qualidade e conforto nunca vistos. Pode-se, hoje, levantar, aumentar, aproximar ou separar os seios apenas usando o sutiã certo.

 

Cinco pistas para escolher o sutiã certo

Quando tem uma noite especial em vista, você passa horas escolhendo o modelo que vai usar. No dia-a-dia, entretanto, o cuidado acaba ficando de lado e você mal repara na cor do sutiã que usa (quem dirá nas características dele). Saiba que não é apenas o prejuízo estético que surge e decorrência disso, mas também há riscos de dores nas costas e de arranhões (nos casos de quem é adepta dos aros metálicos). Com ajuda de um consultor de Moda, veja como escolher sua roupa íntima sem se arrepender depois.

 

1. Costas largas e seios pequenos

Além dos números, que medem as costas, muitas marcas oferecem variação no tamanho das taças: Taça A; Taça B e Taça C, de acordo com o tamanho dos seios propriamente ditos. Isso traz mais conforto, por exemplo, para mulheres que têm as costas largas e os seios pequenos. É possível comprar um modelo de número maior se que haja folga de tecido ou espaço na frente. O mesmo vale para uma mulher com as costas estreitas e seios volumosos.

2. Aros metálicos

Os aros metálicos de sustentação oferecem um risco: romperem a costura, machucando sua pele. Por isso, prefira marcas de boa qualidade que, além de acabamento reforçado, dispõem de pontas arredondadas, evitando que arranhões, furos e até cortes na pele da região dos seios, que é muito sensível.

3. Alças reforçadas

O cuidado com as alças não vale apenas para as mulheres que têm seios volumosos. Mesmo que não seja o seu caso, prefira um modelo mais resistente na hora de praticar esportes. Isso porque, durante os movimentos, há risco de romper as fibras elásticas da região. Isso aceleraria a flacidez dos seios.

 

4. Apertados demais

Modelos com bojos e bolhas de enchimento são a melhor pedida para quem deseja aumentar os seios. Só não queira turbinar o efeito comprando um modelo mais apertado do que seu corpo pede. Com isso, além de sentir dores nas costas e nos ombros, você prejudica a circulação sanguínea (como acontece com roupas apertadas demais). A falta de oxigenação prejudica a pele, que envelhece mais cedo.

5. Faixa no tórax

Você mal repara, mas é ela quem dá sustentação para os seus seios (as alças mantêm o sutiã na posição adequada). Por isso, dê preferência a modelos mais reforçados e com uma faixa de tecido mais largo nesta região. Assim, você a te evita um erro comum: comprar um modelo apertado demais, achando que ele traz mais segurança.

 

Fonte: pt.wikipedia.org / www.minhavida.com.br / almanaque.folha.uol.com.br

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