Como identificar uma dor crônica, aguda ou recorrente e quando é a hora de procurar um médico

Você sabia que cerca de 30% da população mundial se queixa de algum incômodo com frequência? Além de deixarem qualquer um mal-humorado, as dores são as grandes responsáveis pela falta ao trabalho, aposentadoria precoce e queda da produtividade. Por esses e outros motivos, não podemos ignorá-las.

A dor é considerada uma experiência sensitiva e emocional associada a uma lesão real ou potencial ou à descrição desses danos. Na verdade, a dor é uma defesa do nosso corpo, pois mostra que algo não está funcionando como deveria.

Embora provoque uma sensação desagradável, que afeta o físico e muitas vezes também o psicológico, a dor é necessária para manter a vida. Exemplo: Se não a sentíssemos dor, poderíamos apoiar a mão numa chapa quente e queimá-la sem perceber. O desconforto faz com que afastemos a mão para nos proteger de algo ruim.

Apesar de sua importância, não é nada gostoso passar o dia com a barriga dolorida ou a semana toda com a coluna em frangalhos. No entanto, pior do que não consultar um especialista é apelar para a automedicação. Esse é um erro grave que pode até intensificar o problema.

Tomar analgésicos de forma equivocada leva a efeitos colaterais e à ineficácia. O remédio que funcionou em seu colega pode não fazer o mesmo efeito em você. Só um profissional é capaz de diagnosticar a origem da sua dor e indicar o tratamento mais adequado para eliminá-la.

O tratamento sempre deve ser baseado na causa da dor. De nada adianta se encher de analgésicos na tentativa de acabar com o tormento. Quando esse tipo de remédio é ingerido de forma contínua, o sintoma do problema passa a se tornar uma doença.

Um incômodo na parte de trás da perna, por exemplo, pode significar o indício de uma hérnia de disco e o especialista, após um exame físico e a avaliação de exames complementares, atesta o motivo. Estudos recentes revelam que a dor persegue mais as mulheres, principalmente a de cabeça, nas costas, muscular (o que inclui a fibromialgia) e pélvica (relacionada à endometriose).

As causas estão ligadas a fatores genéticos, hormonais e também à sobrecarga de trabalho.

 

As diferenças entre os tipos de dor

Aguda

Surge após cirurgias, procedimentos diagnósticos ou terapêuticos (como a quimioterapia), traumas em geral, inflamações e infecções. A dor aguda está ligada a uma lesão. Após a cura, ela desaparece. Ela não deve ser negligenciada, para evitar o início de um mal crônico.

 

Crônica

É a que continua mesmo depois do tratamento da lesão, ou pode ser consequência de certas doenças, como câncer, aids, diabetes. É a que dura mais de três meses e ataca de forma contínua ou intermitente. Ela atrapalha a rotina do doente e também a da família, pois está associada a muito sofrimento e até à depressão.

Além da pessoa só se enxergar com a dor, ocorrem mudanças bioquímicas no cérebro dela, como a redução da serotonina, substância que garante o bem-estar. O problema crônico é entendido como enfermidade e não como sintoma. Por isso, na maioria das vezes é preciso uma equipe multidisciplinar para tratá-lo.

 

Recorrente

É o incômodo que dura pouco, mas aparece com frequência e pode acompanhar a pessoa a vida toda, sem, no entanto, ter um diagnóstico específico. Um exemplo é a enxaqueca.

Fonte: mdemulher.abril.com.br

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