Cidades perdidas ao redor do mundo

Muitos de nós ficamos fascinados quando escutamos uma história de cidades perdidas que representam mistérios, aventuras e, em algumas ocasiões, fantasias. E não importa a forma como esses lugares se tornaram inacessíveis. Em alguns casos, a cidade foi incendiada ou destruída.

Muitas das cidades que a gente costuma pensar como se fossem “perdidas” não foram “tecnicamente” perdidas – simplesmente elas eram desconhecidas para os ocidentais, que posteriormente as “descobriram” e as tornaram famosas. Ironicamente, as cidades perdidas que mais marcaram a cultura popular são aquelas que podem nem mesmo ter existido.

Isso se deve ao fato de que nós provavelmente as associamos a ideias de prosperidade e muita riqueza. Existem dúzias de lendas e ruínas de cidades perdidas ao redor do mundo. Nós compilamos uma lista com as mais significativas, cujas histórias vão do conflito e devastação à prosperidade e intriga.

 

Pompéia: a cidade incendiada

Praticamente em um piscar de olhos, a próspera comunidade de Pompéia, na Itália, foi reduzida a ruínas cobertas de cinzas, permanentemente congelada no tempo. Era um dia normal, no ano 79 d.C, para os moradores de Pompéia. De repente o tempestuoso vulcão Vesúvio entrou em erupção, cobrindo a cidade com cinzas e outros detritos.

Muitos moradores conseguiram deixar a cidade antes do vulcão entrar em erupção. Entretanto, as cerca de 2.000 pessoas que não conseguiram fugir a tempo ficaram presas sob as cinzas que, quase instantaneamente, formaram uma vedação hermética sobre toda a cidade.

As ruínas de Pompéia ficaram intactas até ser descobertas, em 1748, ano no qual os arqueólogos deram início ao processo de escavação. Os arqueólogos não esperavam encontrar tão perfeita preservação das construções e objetos que tinham sido queimados cerca de 1.500 anos antes.

Eles foram até mesmo capazes de criar moldes das pessoas que ficaram retidas sob os escombros. Apesar de seus corpos havia muito tempo já terem virado pó, os bolsões de ar onde eles ficaram presos permaneceram intactos. Uma vez preenchidos com gesso, os moldes ficaram muito semelhantes às vítimas do vulcão.

 

El Dorado: a cidade imaginária

Há muito tempo a busca pela riqueza encoraja os “caçadores de tesouro” a jogar na loteria,  apostar em corridas de cavalos ou ainda procurar potes de ouro nos pés dos arco-íris. El Dorado, porém, é a mais famosa cidade (quase imaginária) que iludiu exploradores durante séculos em busca de riqueza.

A origem de El Dorado remonta aos séculos 16 e 17, quando exploradores europeus na América do Sul ouviram pela primeira vez um relato sobre um chefe índio americano que foi coberto com pó de ouro. A cidade, supostamente localizada na porção norte da América do Sul, era repleta de pedras preciosas e ouro - pelo menos era o que diziam.

Milhares de exploradores tentaram em vão localizar a cidade e muitos deles morreram durante suas tentativas, de uma série de causas, incluindo doenças e fome.

Um dos casos mais famosos envolveu Percy Harrison Fawcett, um explorador britânico que partiu em 1925 para encontrar El Dorado, que nomeou de cidade Z. Fawcett e sua expedição entraram na selva da Amazônia e nunca mais se ouviu falar deles.

Até hoje exploradores se esforçam para encontrar o grupo de Fawcett, mas sempre voltam de mãos vazias. Há quem acredite que até mesmo Indiana Jones encorajaria os caçadores de tesouro a comprar uma “raspadinha” para tentar a sorte no lugar de arriscar suas próprias vidas.

 

Tróia: a cidade legendária

Poucos contos épicos são mais estudados que “A Odisséia” ou “A Ilíada”, escritas por Homero por volta de 800 a.C. Esses contos fictícios descrevem a Guerra de Tróia. A cidade de Tróia localizava-se onde hoje é a Turquia, entre a Ásia e a Europa. Em função de sua localização, Tróia  era um excelente local de comércio.

O poema épico de Homero descreve como Helena, a estonteante esposa do rei de Esparta, Menelau, fugiu com o príncipe de Tróia, chamado Páris. Esse romance foi o estopim para a Guerra de Tróia. Menelau lançou uma enorme ofensiva contra Tróia, resultando na guerra que pode ter envolvido o famoso cavalo de madeira, Aquiles e outros contos famosos.

Com uma história tão baseada em uma lenda, não é difícil de imaginar que os historiadores não tenham certeza sobre se Tróia realmente existiu. Diz a lenda que Tróia foi abandonada após a guerra, entre 1.100 e 700 a.C. Depois disso a cidade foi reassentada e revitalizada antes de ser capturada pelos romanos em 85 a.C.

Logo depois, a civilização a abandonou e a cidade ficou em ruínas até ser descoberta em 1822. Desde então os arqueólogos têm identificado muitas camadas de cidades, uma construída sobre a outra. Acredita-se que as paredes de pedra e fortalezas existentes na sexta e sétima camadas mais antigas sejam da “Tróia” descrita por Homero, e a lenda da Guerra de Tróia é hoje amplamente aceita, embora sua causa seja incerta.

 

Cartago: a cidade devastada pela guerra

Assim como Tróia, a cidade de Cartago localizava-se em uma região muito cobiçada no Mediterrâneo, onde hoje está a Tunísia. A cidade foi fundada pelos fenícios (provavelmente em torno de 800 a.C), como um posto comercial no norte da África, bem em frente ao “pé da bota” da Itália.

Sua excelente localização trouxe à cidade muita prosperidade – e também causou  uma guerra que durou 150 anos, principalmente com Roma, que acabou levando à queda de Cartago. A Primeira Guerra Púnica (260 – 241 a.C) mostrou a superioridade naval e tática de Roma e resultou em várias derrotas de Cartago.

Durante a Segunda Guerra Púnica (218 – 201 a.C) Cartago batalhou contra Roma pelos direitos da Espanha e foi novamente derrotada.

Após essa perda devastadora, Cartago viveu apenas da lembrança de suas glórias até que, em 151 a.C, os romanos ficaram sabendo que a cidade estava se reerguendo. A ideia de que Cartago estava prosperando deixou os romanos nervosos. Eles então declararam guerra a Cartago, logo após a cidade ter violado alguns termos do acordo de paz.

Esta guerra durou apenas poucos anos e resultou na total destruição de Cartago e todas as suas construções, assim como na morte de milhares de cartagineses. Depois disso a cidade foi novamente reassentada, mas nunca mais conseguiu recuperar sua potência. Hoje Cartago é um subúrbio rico da Tunísia.

 

Atlântida: a cidade utópica

Segundo o filósofo grego Platão, Atlântida era uma sociedade agitada, muito rica, com maravilhas arquitetônicas e uma cultura próspera. Embora acredita-se que a descrição de Platão para Atlântida seja bastante ficcional, muitos historiadores pensam que a cidade realmente existiu, ainda que suas suposições sobre onde e quando variem bastante.

De acordo com Platão, a ilha de Atlântida desapareceu 9.000 anos antes de ele ter escrito sobre o local, mas alguns estudiosos acham que esse número foi transcrito ou traduzido incorretamente e que 900 anos é mais plausível. Alguns arqueólogos teorizaram inclusive que Atlântida localizava-se nas ilhas gregas e que afundou por causa de uma erupção vulcânica.

Também existem outras hipóteses sobre sua localização – a cidade estaria sob as águas do Caribe, Irlanda, América do Sul e até mesmo na Antártida.

Sendo verdadeira a sua existência ou não, a ideia dessa cidade utópica fez surgirem numerosos livros, filmes e documentários que buscam resolver o mistério de seu desaparecimento. Em fevereiro de 2009, um engenheiro aeronáutico foi notícia no mundo inteiro ao anunciar que havia encontrado Atlântida usando a ferramenta Google Ocean, que permite que os usuários visualizem o fundo dos oceanos.

Até o momento, não há uma posição oficial sobre se a cidade submersa encontrada na costa noroeste da África é realmente Atlântida.

 

Teyuna: a cidade abandonada

Ciudad Perdida é uma cidade antiga na Serra Nevada, na Colômbia, acredita-se ter sido fundada por volta de 800 dC. A cidade perdida consiste de uma série de socalcos (degraus) na encosta, uma rede de estradas de pedras e de várias pequenas praças circulares.

Os membros das tribos locais chamam a cidade de Teyuna e acreditam que ela era o coração de uma rede de aldeias habitadas por seus antepassados, o Tairona. Foi, aparentemente, abandonada durante a conquista espanhola.

 

Skara Brae: a cidade mais bem preservada

Localizada na ilha principal de Orkney, Skara Brae é uma das mais bem preservadas aldeias da Idade da Pedra na Europa. Ela foi coberta por centenas de anos por uma duna de areia até que uma grande tempestade expôs o local em 1850. As paredes de pedra estão relativamente bem preservadas porque as moradias foram preenchidas por areia quase imediatamente depois que o local foi abandonado.

Por não haver árvores na ilha, móveis tiveram que ser feitos de pedra e, portanto, eles também sobreviveram. Skara Brae foi ocupada de aproximadamente 3180 aC até 2500 aC. Depois que o clima mudou, tornando-se muito mais frio e úmido, o assentamento foi abandonado por seus habitantes.

 

Memphis: a lendária cidade de Menes

Memphis, fundada por volta de 3100 aC, é a lendária cidade de Menes, o rei que unificou o Alto e o Baixo Egito. Logo no início, Memphis era provavelmente uma fortaleza de onde Menes controlavam as rotas terrestres e de água entre o Alto Egito e o Delta.

Na Terceira Dinastia, Saqqara havia se tornado uma cidade bastante grande. Ela caiu sucessivamente para a Núbia, Assíria, Pérsia, Macedônia e sob Alexandre, o Grande. Sua importância como centro religioso foi minada pela ascensão do cristianismo e depois do Islã.

Ela foi abandonada após a conquista Muçulmana do Egito, em 640 dC. Suas ruínas incluem o grande templo de Ptah, palácios reais, e uma estátua colossal de Ramsés II. Nas proximidades estão as pirâmides de Saqqara.

 

Caral: a cidade mais antiga das Américas

Localizado no Vale de Supe (Peru), Caral é uma das cidades mais antigas das Américas. Foi habitada aproximadamente de 2600 aC a 2000 aC.Acomodando mais de 3.000 habitantes, é uma das maiores cidades da civilização de Caral. Tem uma área pública central, com seis montes grandes ao redor de uma praça enorme.

Todas as cidades perdidas do vale Supe tem semelhanças com Caral. Elas tinham uma pequena plataforma ou círculos de pedra. Caral era provavelmente o centro da civilização.

 

Babilônia: a cidade imperial

Babilônia, a capital da Babilônia (Iraque), um império da Antiguidade da Mesopotâmia, era uma cidade às margens do rio Eufrates. A cidade era degenerada e em anarquia a cerca de 1180 aC, mas floresceu uma vez mais como um estado subsidiária do Império Assírio depois do século 9 aC.

As cores brilhantes e o luxo da Babilônia se tornou lendário, desde os dias de Nabucodonosor (604-562 aC), a quem é creditado a construção dos Jardins Suspensos. Tudo o que resta da cidade famosa hoje é um amontoado de prédios de tijolos quebrados e entulho na fértil planície da Mesopotâmia entre os rios Tigre e Eufrates.

 

Taxila: a cidade busdista

Localizado no noroeste do Paquistão , Taxila é uma cidade antiga que foi anexada pelo rei persa Dario, o Grande em 518 aC. Em 326 aC a cidade foi entregue a Alexandre, o Grande. Regida por uma sucessão de conquistadores, a cidade se tornou um importante centro budista.

O apóstolo Tomé supostamente visitou Taxila no primeiro século dC. a prosperidade Taxila, nos tempos antigos resultou da sua posição na junção de três grandes rotas comerciais. Quando caiu, a cidade afundou-se na insignificância. Finalmente, foi destruída pelos hunos no século 5.

 

Sukhothai: a cidade histórica mais importante

Sukhothai é uma das primeiras e mais importantes cidades históricas da Tailândia. Originalmente uma cidade da província dentro da base de império Khmer de Angkor, Sukhothai ganha sua independência no século 13 e se estabeleceu como a capital do primeiro Estado independente do Tai.

Estima-se ter tido cerca de 80.000 habitantes. Depois de 1351, quando Ayutthaya foi fundada como a capital do Tai, dinastia rival poderosa, a influência Sukhothai começou a declinar, e em 1438 a cidade foi conquistada e incorporada ao reino de Ayutthaya. Sukhothai foi abandonado em 16 15 ou no início do século.

 

Timgad: a cidade perdida do Império Romano

Timgad era uma cidade colonial romana no norte da África (mais especificamente na Argélia) fundada pelo imperador Trajano em torno de 100 dC. Originalmente concebido para uma população de cerca de 15.000, a cidade rapidamente ultrapassou as suas especificações originais e derramou além da malha ortogonal de uma forma mais fracamente organizada.

No século 5, a cidade foi saqueada pelos vândalos e dois séculos depois pelos berberes. A cidade desapareceu da história, tornando-se uma das cidades perdidas do Império Romano, até a sua escavação em 1881.

 

Mohenjo-daro: a cidade avançada

Construída por volta de 2600 aC no Paquistão, Mohenjo-daro foi um dos primeiros assentamentos urbanos do mundo. É às vezes referida como "Um antigo Indus Valley Metropolis". Tem um layout planejado com base em uma grade de ruas, que foram estabelecidas em padrões perfeitos.

No seu auge, a cidade provavelmente tinha em torno de 35.000 habitantes. Os edifícios da cidade eram particularmente avançados, com estruturas construídas de tijolos de barro cozido e madeira queimada. Mohenjo-daro e a civilização do vale do Indo desapareceram sem deixar vestígios da história em torno de 1700 aC até ser descoberta em 1920.

 

Grande Zimbabwe: a cidade das ruínas

O Grande Zimbabwe é um complexo de ruínas de pedra espalhadas por uma grande área do Zimbabwe moderno. A palavra "Grande", destaca o lugar de muitas centenas de ruínas de pequeno porte, conhecidas como Zimbabwes, espalhadas por todo o país.

Criada por povos indígenas, a construção começou no século 11 e continuou por mais de 300 anos. No seu auge, as estimativas são que o Grande Zimbabwe tinha 18 mil habitantes. As causas para o declínio e abandono definitivo do lugar têm sido sugeridos como devido a um declínio do comércio, a instabilidade política, a escassez de água, e a fome causada pela mudança climática.

 

Hatra: a cidade capital do primeiro reino árabe

Uma grande cidade fortificada sob a influência do Império Persa e capital do primeiro reino árabe (Iraque), Hatra resistiu várias invasões pelos romanos, graças as paredes altas e grossas reforçadas por torres. A cidade caiu no Império Sassânida sob Sapor I em 241 dC e foi destruída.

As ruínas de Hatra, especialmente os templos onde a arquitetura helenística e romana se misturam com elementos decorativos orientais, atestam a grandeza da sua civilização.

 

Sanchi: a cidade de mais de mil anos

A cidade de Sanchi (Índia) tem uma história de construção de mais de mil anos, começando com os stupas do terceiro século aC e concluindo com uma série de templos e mosteiros budistas, hoje em ruínas, foram construídas nos séculos 10 ou 11. No século 13, após o declínio do budismo na Índia, Sanchi foi abandonado e a selva rapidamente a tomou.

A cidade perdida foi redescoberta em 1818 por um oficial britânico.

 

Hattusa: a cidade capital do império hitita

Hattusa, localizada na Turquia, se tornou a capital do império hitita no século 17 aC. A cidade foi destruída, juntamente com o estado hitita por volta de 1200 aC, como parte do colapso da Idade do Bronze. A cidade foi posteriormente abandonada. Modernas estimativas apontam para que a população da cidade estava entre 40.000 e 50.000 em seu auge.

As casas de habitação que foram construídas com madeira e tijolos de barro desapareceram do local, deixando apenas as ruínas. A cidade perdida foi redescoberta no início do século 20 por uma equipe arqueológica alemã. Uma das descobertas mais importantes no local foi tabuletas de argila, que consistem em códigos e leis, procedimentos e literatura do antigo Oriente.

 

Chan Chan: a maior cidade da América pré-colombiana

A cidade de Chan Chan, localizada no Peru, foi a maior cidade da América pré-colombiana. O material de construção usado era o tijolo de adobe, e as construções foram concluídas com lama frequentemente adornadas com arabescos. O centro da cidade é composta de várias cidadelas muradas que abrigava salas de cerimónia, câmaras mortuárias e templos.

A cidade foi construída pelos Chimu cerca de 850 dC e durou até a sua conquista pelo Império Inca em 1470 AD. Estima-se que cerca de 30 mil pessoas viviam na cidade de Chan Chan.

 

Mesa Verde: a cidade dos povos antigos Anasazi

Mesa Verde, no sudoeste do Colorado (Estados Unidos), é o lar das famosas habitações dos povos antigos Anasazi. No século 12, os Anasazi começaram a construir casas em cavernas rasas e nas saliências da rocha ao longo das paredes do cânion. Algumas destas casas eram tão grandes que possuíam 150 quartos.

Por volta de 1300, todos os Anasazi havia deixado a área de Mesa Verde, mas as ruínas permanecem quase perfeitamente preservadas. A razão para sua partida repentina permanece inexplicada. As teorias variam de quebras de safra devido à seca a uma invasão de tribos estrangeiras do Norte.

 

Persepolis: a cidade preciosa

Persepolis (Irã) era a capital e centro cerimonial do poderoso Império Persa. Era uma cidade bonita, decorada com obras de arte preciosas das quais, infelizmente, muito pouco sobrevive até hoje. Em 331 aC, Alexandre, o Grande, no processo de conquista do Império Persa, queimou Persépolis, como uma vingança para o incêndio da Acrópole de Atenas.

Persépolis foi a capital da Pérsia como uma província do grande Império Macedônio, mas diminuiu gradualmente ao longo do tempo.

 

Leptis Magna: a cidade do comércio

Leptis Magna ou Magna Lepcis era uma cidade importante do império romano na Líbia. O seu porto natural facilitou o crescimento da cidade como um centro de comércio do Saara, e também se tornou um mercado para a produção agrícola na região do litoral fértil.

O imperador romano Septímio Severo (193-211), que nasceu na Leptis, tornou-se um grande patrono da cidade. Sob sua direção um ambicioso programa de construção foi iniciada. Ao longo dos séculos seguintes, entretanto, Leptis começou a declinar por causa das dificuldades crescentes do Império Romano.

Depois da conquista árabe de 642, a cidade caiu em ruínas e foi soterrado pela areia por séculos.

 

Urgench: uma das maiores cidades da Rota da Seda

Anteriormente situado no rio Amu Dária (Uzbequistão), Ürgenç ou Urgench foi uma das maiores cidades da Rota da Seda. Os séculos 12 e início de 13 foi a época dourada do Ürgenç, como se tornou a capital do império da Ásia Central Khwarezm. Em 1221, Gengis Khan arrasou a cidade.

Jovens mulheres e crianças foram dadas aos soldados mongóis como escravos, e o resto da população foi massacrada. A cidade foi reavivada após a destruição de Gêngis Khan, mas a súbita mudança de rumo forçaram os habitantes a deixar a cidade para sempre.

 

Vijayanagara: uma das maiores cidades do mundo

Vijaynagar (Índia) era uma das maiores cidades do mundo, com 500.000 habitantes. A cidade floresceu entre os séculos 14 e início do século 16, durante o auge do poder do império Vijayanagar. Durante este tempo, o império entrou em conflito muitas vezes com os reinos muçulmanos.

Em 1565, os exércitos do império sofreram uma grande derrota e Vijayanagara. Os exércitos muçulmanos vitoriosos então passaram a arrasar, e destruir a cidade e seus templos hindus durante um período de vários meses. Apesar de o império continuar a existir a partir daí houve um lento declínio, o capital inicial não foi reocupada ou reconstruída.

 

Calakmul: a cidade escondida no interior das selvas

Escondida no interior das selvas do estado mexicano de Campeche, Calakmul é uma das maiores cidades maias já descoberta. Calakmul foi uma poderosa cidade que desafiou a supremacia de Tikal envolvida em uma estratégia de rodeá-la com sua própria rede de aliados.

A partir da segunda metade do século 6 dC até o final do século 7 Calakmul ganhou poder, embora ela não tenha conseguido extinguir o poder de Tikal completamente, Tikal foi capaz de virar o jogo sobre a grande rival em uma batalha decisiva que teve lugar em 695 dC.

Eventualmente, ambas as cidades sucumbiram ao colapso Maya.

 

Palmyra: a cidade das palmeiras

Durante séculos, Palmyra ("cidade das palmeiras") era uma cidade importante e rica localizada ao longo das rotas de caravanas ligando a Pérsia com os portos do Mediterrâneo romano da Síria. Começando em 212, o comércio de Palmira diminuiu, os sassânidas ocuparam a foz dos rios Tigre e Eufrates.

O imperador romano Diocleciano construiu um muro e expandiu a cidade para tentar salvá-la da ameaça Sassânida. A cidade foi conquistada pelos árabes muçulmanos em 634, mas manteve intacta. A cidade caiu sob o domínio otomano, reduzindo a não mais que uma aldeia oásis.

No século 17 a sua localização foi descoberta por turistas ocidentais.

 

Ctesiphon: a grande cidade da antiga Mesopotâmia

No século 6 Ctesiphon (Iraque) foi uma das maiores cidades do mundo e uma das grandes cidades da antiga Mesopotâmia. Devido à sua importância, Ctesiphon era um objetivo militar importante para o Império Romano e foi capturado por Roma e posteriormente, pelo Império Bizantino, cinco vezes.

A cidade caiu para os muçulmanos durante a conquista islâmica da Pérsia em 637. Após a fundação da capital Abássida em Bagdá no século oitavo a cidade entrou em declínio rápido e logo se tornou uma cidade fantasma. Ctesiphon acredita-se ser a base para a cidade de Isbanir nas Mil e Uma Noites.

Só restam hoje é o grande arco Taq-i Kisra.

 

Hvalsey: o maior assentamento viking

Hvalsey era o maior dos três assentamentos vikings na Groenlândia. Eles foram assentados em cerca de 985 dC por agricultores nórdicos da Islândia. No seu auge, a cidade continha cerca de 4.000 habitantes. Após o desaparecimento do povoado no século XIV, a resolução do Oriente continuou por mais 60-70 anos.

Em 1408 foi registrado um casamento na Igreja Hvalsey, mas essa foi a última noticia.

 

Ani: a cidade de 1001 igrejas

Situado junto a uma principal via de caravanas de leste a oeste da Turquia, Ani primeiro ganhou destaque no 5º século dC e se tornou uma cidade próspera e capital da Armênia, no século 10. As muitas igrejas construídas lá durante este período incluíram alguns dos melhores exemplos da arquitetura medieval e ganhou a sua alcunha de "Cidade de 1001 Igrejas".

No seu auge, Ani tinha uma população de 100.000 a 200.000 pessoas. Manteve-se a principal cidade da Arménia até invasões mongóis no século 13, um terremoto devastador em 1319, e o deslocamento das rotas comerciais a enviou em um declínio irreversível. Finalmente a cidade foi abandonada e praticamente esquecida durante séculos.

 

Palenque: a cidade com os melhores exemplos de arquitetura

Palenque (México) é muito menor do que algumas das outras cidades perdidas dos maias, mas contém alguns dos melhores exemplos de arquitetura e escultura que os maias já produziram. A maioria das estruturas em Palenque data de cerca de 600 dC a 800 dC.

A cidade declinou durante o século 8. Uma população agrícola continuou a viver aqui por algumas gerações, a cidade foi abandonada e lentamente foi crescendo uma floresta.

 

Tiwanaku: a cidade precursora do Império Inca

Localizado perto da costa sul-oriental do lago Titicaca (Bolívia), Tiwanaku é um dos precursores mais importantes do Império Inca. Durante o período entre 300 aC e 300 dC Tiwanaku é pensado para ter sido um centro moral e cosmológica em que muitas pessoas fizeram peregrinações.

A comunidade cresceu em proporções urbanas, entre os séculos 7 e 9, tornando-se uma importante potência regional no sul dos Andes. Na sua máxima extensão, a cidade teve entre 15.000 -30.000 habitantes, embora imagens de satélite recentes sugerem uma população muito maior.

Por volta de 1000 dC, após uma mudança drástica no clima, Tiwanaku desapareceu como a produção de alimentos, fonte do império de poder e autoridade, secou.

 

Teotihuacan: a cidade metrópole

No século 2 aC, uma nova civilização surgiu no vale do México. Esta civilização construiu a florescente metrópole de Teotihuacán. A diminuição da população no século 6 dC tem sido correlacionada à seca prolongada relacionadas às mudanças climáticas.

Sete séculos após a queda do império de Teotihuacán as pirâmides da cidade perdida foram honradas e utilizados pelos astecas e se tornou um local de peregrinação.

 

Petra: a cidade rosa vermelha, tão antiga como o tempo

Petra, a lendária "cidade rosa vermelha, tão antiga como o tempo", foi a antiga capital do reino Nabataean. Uma única, grande cidade, esculpida no lado do Wadi Musa Canyon séculos atrás pelos Nabateus, se transformou em um importante entroncamento de rotas da seda e especiarias que ligava a China, Índia e sul da Arábia com o Egito, Grécia e Roma.

Depois de vários terremotos que inutilizou o sistema de gestão de água vitais a cidade foi quase totalmente abandonada no século 6. Após as Cruzadas, Petra ficou esquecida no mundo ocidental até a cidade foi redescoberta pelo viajante suíço Johann Ludwig Burckhardt, em 1812.

 

Tikal: a maior cidade da Maia

Entre 200-900 dC, Tikal (Guatemala) era a maior cidade da Maia, com uma população estimada entre 100.000 e 200.000 habitantes. Quando Tikal atingiu pico populacional, a área ao redor da cidade sofreu desmatamento e erosão seguido por um declínio rápido nos níveis de população.

Tikal perdeu a maioria de sua população durante o período de 830-950 e a autoridade central parece ter fracassado rapidamente. Após 950, Tikal foi praticamente abandonada, apesar de uma pequena população poder ter sobrevivido em cabanas entre as ruínas.

Mesmo essas pessoas abandonaram a cidade nos séculos 10 ou 11 e a floresta reivindicou as ruínas.

 

Angkor Wat: a cidades dos restos magníficos

Angkor (Camboja) é um vasto templo da cidade com os magníficos restos de diversas capitais do Império Khmer, a partir do nono para o século 15 dC. Estes incluem o famoso templo Angkor Wat, o maior do mundo, único monumento religioso, e do templo de Bayon (em Angkor Thom), com sua multidão de rostos de pedra maciça.

Durante sua longa história de Angkor passou por muitas mudanças na religião de conversão entre o hinduísmo budismo várias vezes. O fim do período Angkorian é geralmente definido como 1431, o ano de Angkor foi saqueada pelos invasores Ayutthaya, embora a civilização já estar em declínio.

Quase toda Angkor foi abandonada, com exceção de Angkor Wat, que permaneceu um santuário budista.

 

Machu Picchu: a cidade perdida dos Incas

Uma das mais famosas cidades perdidas no mundo, Machu Picchu foi redescoberto em 1911 pelo havaiano historiador Hiram depois de escondida por séculos sobre o Vale de Urubamba. A "Cidade Perdida dos Incas" é invisível por baixo e completamente independente, rodeados por terraços agrícolas e regado por nascentes naturais.

Embora conhecido localmente, ele era praticamente desconhecida para o mundo exterior antes de ser redescoberto em 1911.

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