O que é Síndrome da fadiga crônica?

A síndrome da fadiga crônica se refere a um cansaço extremo e contínuo que não alivia com o descanso nem é diretamente causado por outras doenças.

 

Causas

A causa exata da síndrome da fadiga crônica (SFC) é desconhecida. Algumas teorias sugerem que a SFC pode ser causada por:

  • Vírus de EpsteinBarr ou herpesvírus humano tipo 6 (HHV6)
  • no entanto, nenhum vírus específico foi identificado como causador
  • Inflamação no sistema nervoso, em função de uma falha na resposta do sistema imunológico

Os seguintes fatores também podem ter algum papel no desenvolvimento da SFC:

  • Idade
  • Doenças anteriores
  • Estresse
  • Genética
  • Fatores ambientais

A SFC ocorre principalmente em mulheres entre 30 e 50 anos.

 

Exames

Os Centros para Controle e Prevenção de Doenças descrevem a SFC como uma doença distinta, com sintomas específicos e sinais físicos, com base na exclusão de outras causas possíveis.

A SFC é diagnosticada depois que o médico descarta outras possíveis causas da fadiga, incluindo:

  • Dependência de drogas
  • Doenças do sistema imunológico ou autoimunes
  • Infecções
  • Doenças musculares ou nervosas (como esclerose múltipla)
  • Doenças endócrinas (como hipotireoidismo)
  • Outras doenças (como problemas cardíacos, renais ou hepáticos)
  • Doenças psiquiátricas ou psicológicas, especialmente depressão
  • Tumores

Um diagnóstico de SFC deve incluir:

  • Ausência de outras causas de fadiga crônica
  • Pelo menos quatro sintomas específicos da SFC
  • Fadiga extrema de longa duração

Não há exames específicos para confirmar o diagnóstico de SFC. No entanto, houve relatórios de pacientes com SFC que tiveram resultados anormais nos seguintes testes:

  • Ressonância magnética do cérebro
  • Contagem de glóbulos brancos

 

Sintomas

Os sintomas da SFC são semelhantes aos da gripe ou de outras infecções virais comuns e incluem dores musculares, dor de cabeça e cansaço extremo. No entanto, os sintomas da SFC duram 6 meses ou mais.

Os principais sintomas da SFC são o cansaço extremo (fadiga), que:

  • É novo
  • Dura pelo menos 6 meses
  • Não diminui com o descanso
  • É forte o suficiente para impedir que você participe de determinadas atividades

Outros sintomas incluem:

  • Sentirse extremamente cansado por mais de 24 horas após fazer exercícios que normalmente seriam considerados fáceis
  • Não se sentir descansado depois de dormir por um período adequado
  • Esquecimento
  • Problemas de concentração
  • Confusão
  • Dor nas articulações sem inchaço nem vermelhidão
  • Dores de cabeça diferentes das que você já teve
  • Irritabilidade
  • Febre moderada (38  C ou menos)
  • Dores musculares (mialgias)
  • Fraqueza muscular em todo o corpo ou em vários locais, não explicável por nenhuma doença conhecida
  • Dor de garganta
  • Dor nos linfonodos do pescoço ou das axilas

 

Buscando ajuda médica

Marque uma consulta com seu médico se sentir cansaço intenso e persistente, com ou sem os outros sintomas dessa doença. Outras doenças mais graves podem causar sintomas parecidos e devem ser descartadas.

Tratamento

Atualmente, não há cura para a SFC. O objetivo do tratamento é aliviar os sintomas. Muitas pessoas com SFC têm depressão e outros distúrbios psicológicos que podem melhorar com tratamento.

O tratamento inclui uma combinação de:

  • Terapia cognitivocomportamental e exercícios graduados para alguns pacientes
  • Alimentação saudável
  • Técnicas de controle do sono
  • Medicamentos para reduzir a dor, o desconforto e a febre
  • Medicamentos para tratar a ansiedade (drogas antiansiedade)
  • Medicamentos para tratar a depressão (antidepressivos)

Alguns medicamentos podem provocar reações ou efeitos colaterais piores do que os sintomas originais da doença.

Recomenda-se que os pacientes com SFC mantenham uma vida social ativa. Exercícios físicos moderados também podem ajudar. A equipe médica o ajudará a saber a quantidade de atividades que você pode praticar e como aumentá-las lentamente. As dicas incluem:

  • Evitar ter muitas atividades nos dias em que você se sente cansado
  • Equilibrar seu tempo entre atividades, descanso e sono
  • Dividir as tarefas grandes em projetos menores e mais fáceis de administrar
  • Separar as tarefas mais difíceis em diferentes dias da semana

Técnicas de relaxamento e de combate ao estresse podem ajudar a lidar com a dor e a fadiga crônicas. Elas não são usadas como o principal tratamento da SFC. As técnicas de relaxamento incluem:

  • Biofeedback
  • Exercícios de respiração profunda
  • Hipnose
  • Massagem terapêutica
  • Meditação
  • Técnicas de relaxamento muscular
  • Ioga

 

Expectativas

A perspectiva de longo prazo para pacientes com SFC varia e é difícil de prever quando os sintomas começam. Alguns pacientes se recuperam completamente de 6 meses a um ano.

Alguns pacientes nunca mais se sentem como antes de desenvolver SFC. Pesquisas indicam que é mais fácil melhorar com reabilitação prolongada.

 

Complicações possíveis

  • Depressão
  • Incapacidade de participar de atividades de trabalho e sociais, o que pode levar ao isolamento
  • Efeitos colaterais dos medicamentos ou tratamentos

 

O que é Biofeedback?

O biofeedback é uma ferramenta terapêutica que fornece informações com a finalidade de permitir aos indivíduos, desenvolver a capacidade auto-regulação. Na verdade, o feedback está presente em nosso dia-a dia de várias maneiras. Quando, por exemplo, você se olha no espelho, ele lhe devolve (feedback) informações sobre sua aparência impossíveis de enxergar sem ele. A partir dessas informações, você pode fazer as modificações que julgue necessárias . O processo de biofeedback é muito semelhante a isso sendo que nesse caso, instrumentos super-sensíveis normalmente computadorizados, são usados para medir dados fisiológicos do seu corpo tais como temperatura, nível de tensão da musculatura esquelética, ritmo cardíaco e outros, dos quais normalmente não somos conscientes.

Os instrumentos de biofeedback captam essas informações fisiológicas e as convertem em sinais facilmente compreensíveis, o que possibilita um processo de treinamento objetivando um progressivo aumento da capacidade de auto-regulação voluntária de uma série de funções orgânicas até então completamente fora do nosso controle consciente.

Através do monitoramento da função de vários órgãos, é possível obter um determinado grau de controle sobre a função muscular, freqüência cardíaca, temperatura da pele, pressão sanguínea e sobre o funcionamento do estômago intestino e bexiga.

Esta técnica tem se mostrado eficaz em produzir alívio do sofrimento de indivíduos padecendo de uma lista crescente de problemas, entre os quais:

1. Cefaléias Tensionais e Enxaquecas;
2. Síndrome do cólon irritável;
3. Hipertensão essencial;
4. Dores miofaciais como nos distúrbios da articulação temporo-mandibular;
5. Tics motores;
6. Fraqueza muscular após acidentes vasculares;
7. Transtorno de ansiedade;
8. Desordem de Déficit de Atenção com ou sem Hiperatividade;
9. Incontinência fecal e urinária;
10. Doença de Raynaud;
11. Transtornos do sono;
12. Sequelas neuro-musculares pos AVC.

Quanto dura o processo?

As sessões de biofeedback costumam durar cerca de 45 minutos e ter a freqüência de uma ou mais por semana e todo o processo varia de duração desde umas poucas sessões, até processos mais demorados quase sempre em função das diferenças individuais no padrão de resposta ao biofeedback. O objetivo final é que o cliente possa dispensar o equipamento e levar para o seu dia-a-dia, as estratégias de auto-regulação aprendidas.

Quais as formas de biofeedback mais frequentemente usadas?

BIOFEEDBACK TÉRMICO - Mede a temperatura da pele e a traduz em sinais facilmente reconhecíveis pelo cliente. Em situações de stress, os vasos sanguíneos se contraem e deixam passar menos sangue, reduzindo assim a temperatura da pele. O biofeedback térmico, permite ao cliente perceber a eficácia das estratégias de relaxamento sobre a irrigação da pele e possibilita um ganho acentuado de controle sobre a temperatura da superfície do corpo. Extremidades desconfortavelmente frias são uma das queixas mais freqüentes em situação de stress.

BIOFEEDBACK ELETROMIOGRÁFICO (EMG) - registra a intensidade da atividade elétrica dos músculos e permite identificar regiões de tensão muscular exagerada. Através do treinamento com essa forma de biofeedback, é possível otimizar as estratégias de relaxamento e conseguir o alívio de uma série de sintomas decorrentes da tensão muscular excessiva tais como cefaléias tensionais, dores faciais, lombalgias etc.

O procedimento do biofeedaback eletromiográfico, pode ser ilustrado usando-se como exemplo, o tratamento das dores de cabeça provocadas por tensão. Essas cefaléias são freqüentemente provocadas pela manutenção de determinados músculos da cabeça pescoço e costas, em um estado de tensão permanente , especialmente em situações de stress elevado.

A pessoa com cefaléia tensional normalmente não tem consciência desse estado de tensão muscular exagerada. A consequência disso, pode ser um estado de dores de cabeça freqüentes, prejudicando sobremaneira a qualidade de vida e o desempenho dos indivíduos. No tratamento dessa condição, vários sensores são conectados em pontos específicos do crânio face pescoço e costas, de modo a permitir que o nível tensional dos músculos dessas regiões possa ser registrado através desses eletrodos.

Durante o processo de biofeedback, o nível de tensão muscular é monitorado via computador e mostrada por exemplo, em forma de um som cuja tonalidade aumenta ou diminui à medida que a tensão muscular cresce ou é aliviada. Dessa maneira, é possível ouvir as variações do nível de tensão muscular .

Ao longo do treinamento, o paciente é instruído a tentar reduzir o tom o tanto quanto possível, o que corresponderá a uma redução da tensão muscular nas áreas monitoradas. Após umas poucas sessões de treinamento, através de um processo de tentativa e erro, descobre-se como relaxar a mandíbula, fronte e pescoço e assim, reduzir a frequência do som.

O paciente é informado de que tudo aquilo que possibilita uma redução do tom representa uma manobra bem sucedida de relaxamento muscular . Ao longo de várias sessões, ele aprende como manter vários desses músculos da face, mandíbula e pescoço relaxados. A media que mostra uma crescente facilidade de atingir um bom nível de relaxamento dos músculos monitorados, o indivíduo passa a precisar cada vez menos da monitoração do computador e a ser capaz de atingir esse estado de relaxamento a partir da leitura de seus próprios sinais internos.

A essa altura do treinamento, os pacientes começam a relatar que já estão suficientemente conscientes dos níveis de tensão muscular no seu dia-a-dia a ponto de serem capazes de colocar em ação as estratégias de relaxamento aprendidas durante o processo de biofeedback. Muitos pacientes conseguem obter uma notável redução na intensidade e frequência das cefaleias a medida que desenvolvem essa capacidade de detectar e reduzir a tensão muscular.

Os estudos têm mostrado que essa capacidade de auto-regular os níveis de tensão muscular, se mantém ao longo do tempo e os relatos mostram o sucesso em conseguir manter as cefaleias tensionais ausentes, ou reduzidas a um mínimo.

BIOFEEDBACK ELETRODÉRMICO - A velocidade da condução de eletricidade sobre a superfície da pele, é diretamente influenciada pela quantidade de suor presente. Eletrodos colocados na superfície palmar e plantar das mãos e pés, registram uma maior velocidade da condução da eletricidade em pessoas tensas e a tradução dessa informação em sinais sonoros e/ou visuais funciona como um espelho do nível de tensão emocional . O biofeedback eletrodérmico é particularmente valioso na determinação do perfil psicofisiológico de resposta ao stress, no qual se avalia a capacidade do indivíduo de reagir ao stress dentro de um padrão de ativação e relaxamento normais.

NEUROFEEDBACK - No neurofeedback, o equipamento computadorizado é usado para registrar as ondas cerebrais e mostrá-las de forma facilmente compreensível de forma que ao longo de um processo de treinamento, a pessoa possa conseguir níveis crescentes de controle voluntário sobre sua atividade cerebral. O neurofeedback tem sido utilizado com sucesso no tratamento de uma série de disfunções cerebrais.

A Desordem de Déficit de Atenção é um bom exemplo da aplicação bem sucedida do neurofeedback. Pessoas com essa disfunção produzem uma quantidade excessiva de ondas cerebrais lentas (teta) e uma quantidade insuficiente de ondas rápidas (beta). Ondas cerebrais lentas, são associadas à distraibilidade e ondas rápidas (beta) a atenção e concentração. No processo de neurofeedback, os indivíduos são treinados para intensificar a produção de ondas rápidas e reduzir a quantidade de ondas lentas, aumentando assim a sua capacidade de atenção e concentração. Nesses casos, o neurofeedback tem se mostrado uma alternativa eficaz e segura aos medicamentos.

Fonte: www.minhavida.com.br / www.tassino.com.br

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