Muitos esportes que são praticados no Brasil foram criados aqui mesmo e muitos não sabem disso, até aqueles que o praticam. Alguns esportes criados no Brasil são um pouco desconhecidos, assim como o Footsack. Porém a maioria deles são derivados do futebol tradicional, considerado um esporte nacional. Confira a seguir quais são os esportes coletivos e as artes maciais que são de origem brasileira e conheça um pouco mais da nossa cultura. Os esportes coletivos são aqueles praticados por duplas ou equipes.
O biribol é um esporte aquático, praticado dentro de uma
piscina de fibra ou vinil, muito semelhante ao voleibol. A modalidade foi
instituída no município de Birigui interior de São Paulo, no ano de 1968, pelo
professor e empresário Dario Miguel Pedro. Surgiu como recreação coletiva e como
alternativa à prática e aprendizagem da natação. O biribol é um esporte coletivo
originalmente brasileiro. Devem conter duas equipes de duas ou quatro pessoas.
No Biribol, utiliza-se grande parte dos músculos do corpo, proporcionando um bom
condicionamento físico. Atualmente existe uma Liga Nacional de Biribol LNB com a
participação de equipes dos estados de São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do
Sul e Goiás. A LNB organiza etapas da Copa Brasil de Biribol em varias cidades,
no final de cada etapa é atribuída a pontuação e no final de todas as etapas é
conhecido o campeão brasileiro de Biribol.
Além da Copa Brasil de Biribol, o esporte desde 2001 foi
incluído nos jogos regionais e nos Jogos Abertos do Interior do estado de São
Paulo. Um dos fatores que também contribuíram para a popularização do Biribol e
sua inclusão nos referidos jogos foi a COPA SESC-TV PROGRESSO, realizada a
partir de 1999 e disputada por cidades da região Noroeste do Estado de São
Paulo. A campeã de cada modalidade (masculino e feminino) ganhava uma piscina
instalada e que, obrigatoriamente, devia ser incluída em projetos esportivos
para as crianças da rede pública de ensino, como forma de estimular a natação,
difundir o Biribol e, ao mesmo tempo, proporcionar atividades recreativas. A
organização era de responsabilidade do SESC e da LNB e a promoção da TV
Progresso, atual TV TEM. A única empresa autorizada pela Liga Brasileira de
Biribol a produzir bolas com a marca Biribol é a Penalty.
Footsack
O Footsack pode ser jogado individualmente ou em duplas, aonde
a bolinha é arremessada com os pés para o campo adversário por cima da rede e
este tem por objetivo não deixar a bolinha cair no seu campo e devolver ela ao
campo oposto. Na dinâmica do jogo pode-se dar até dois toques consecutivos na
bolinha, no jogo individual e cinco toques jogando em dupla, sendo no máximo em
três serviços, mas sendo permitido no máximo dois toques por pessoa na bolinha.
O Footsack foi criado em Curitiba no Paraná. Tudo começou quando o criador,
Marcos Juliano Ofenbock, viajou para a Austrália em 1998 e lá tomou
conhecimento do Footbag. Empolgado com a diversão daquele jogo, resolveu trazer
uma bolinha para o Brasil. Em território nacional, Ofenbock começou a fazer
experiências com o Footbag e a jogar ele de forma diferente , sempre enfatizando
a jogabilidade dele em grupos e círculos, diferente do modo sozinho, ou
Freestyle como é jogado nos Estados Unidos, Europa e Austrália.
Marcos Juliano também começou a costurar as primeiras bolinhas
de crochê em 2002 e batizou o novo esporte de Footsack. Foi realizado muita
pesquisa em literatura especializada, e colecionados conhecimentos sobre os mais
diversos esportes que envolvem o domínio de bola. Partindo destas teorias, foram
feitas experiências na adaptação de conceitos ao jogo. Desde o tamanho da quadra
à altura da rede, passando pelo número de toques permitidos, tudo foi testado a
exaustão, visando sempre a jogabilidade, sem abrir mão do limite do desafio da
prática deste esporte. As inspirações vieram de diferentes esportes, desde os
conhecidos nacionalmente como o Futevôlei, o Futebol e o Tênis, com outros menos
conhecidos como o Sepak-Takraw, praticado no sudeste asiático. Assim, as
práticas bem sucedidas que permitiam o equilíbrio desta equação foram
incorporadas, descartando-se as outras.
Essa mistura deu origem a uma nova prática, que associa os
instintos naturais de coordenação, domínio de espaço, reflexo e equilíbrio –
inerentes a todos os seres humanos - à uma metodologia de regras específicas,
distinguindo o Footsack como um esporte desafiante, dinâmico e empolgante. Nesse
período mais de três anos de experiências se passaram até a formatação final. O
novo esporte havia surgido como uma espécie de tênis jogado com os pés,
misturado com um futevôlei urbano em dimensões reduzidas. Testes foram feitos e
constatou-se um enorme gasto calórico e uma intensa evolução da lateralidade com
um grau muito baixo de impacto e lesões corporais. O novo esporte estava pronto
para ser mostrado ao grande público, e assim foi realizado o 1 ° Campeonato de
Footsack da história em 15 de abril de 2007, com 22 atletas, e o impacto foi tão
grande, a jogabilidade mostrada foi tamanha, que o árbitro que apitou as
partidas comentava ao final do campeonato:
Vocês não fazem idéia do que foi criado, esse esporte vai virar uma mania nacional mesmo mundial!
Em 26 de outubro de 2008 ocorreu em Curitiba a cerimônia
oficial de Lançamento Mundial do Footsack como o 6° esporte criado no Brasil, um
evento que reuniu as principais autoridades esportivas do Estado do Paraná e da
Prefeitura da Cidade de Curitiba no reconhecimento do novo esporte que havia
sido desenvolvido.
Frescobol
Frescobol é um esporte tipicamente praiano, jogado por dois
jogadores ou mais. É também comum sua prática em locais públicos. No Frescobol
não existe rivalidade, não há vencidos e nem vencedores. Como se joga
cooperativamente, não há adversários e sim parceiros. É um jogo onde cultiva-se
a amizade e o comprometimento nas jogadas. Muitas vezes confundido com o
Beach Tennis, o Frescobol se distingue basicamente pelo seu estilo
cooperativo, em oposição ao estilo competitivo do Beach Tennis - este se
assemelha mais ao Tênis e que, inclusive, possui área precisamente delimitada e
uma rede de separação. Apesar das diferenças, raquetes semelhantes às do
Frescobol são utilizadas atualmente em partidas amadoras de Beach Tennis,
principalmente na Europa. O Frescobol foi inventado no Brasil entre 1945 e 1946,
no bairro de Copacabana, cidade do Rio de Janeiro, após o término da II Guerra
Mundial. Seu idealizador, Lian Pontes de Carvalho, residia no edifício de nº
1496 da Avenida Atlântica, esquina com a rua Duvivier.
Na década de 1950, o arquiteto Caio Rubens Romero Lyra, morador
da rua Bulhões de Carvalho, em Copacabana, costumava jogar tênis com os amigos
nas areias da praia, entre os postos 4 e 5. Como as raquetes estragavam com
frequência, por causa da maresia, ele desenhou raquetes de madeira, resistentes
à água do mar. Pediu então a um amigo, que possuía uma carpintaria em casa, na
rua Souza Lima, no mesmo bairro, para fabricar as raquetes. Estava aí inventado
o jogo como o conhecemos hoje. Somente décadas depois o nome "frescobol" foi
criado. Durante a década de 80 foram realizadas muitas competições isoladas em
vários estados do Brasil. Apesar disto, ainda não havia um grande intercâmbio
entre os jogadores de diferentes naturalidades. Mais tarde, em 1994, foi
realizado o I Circuito Brasileiro de Frescobol que percorreu nove estados
brasileiros, possibilitando assim um grande intercâmbio entre os jogadores de
vários estados.
Em abril de 2003, realizou-se o I Congresso de Frescobol, em
Vitória-ES, contando com a participação da Federação Baiana de Frescobol –
FEBAFRE, da Federação de Frescobol do Estado do Rio de Janeiro – FEFERJ, da
Federação Espiritosantense de Frescobol - FESFRE e da extinta Associação
Brasileira de Árbitros e Atletas de Frescobol – ABRAAF (do Estado de São Paulo).
Neste congresso, foi constituído um novo regulamento para o Frescobol. A partir
de então, as federações buscam a fundação da Confederação Brasileira de
Frescobol a fim de registrar este novo esporte no Ministério dos Esportes,
Comitê Olímpico e Para-Olímpico Brasileiro. Alguns praticantes amadores e
jogadores profissionais que viajam para outros países têm disseminado a prática
do esporte por onde passam. Desta forma, o Frescobol tem se difundido por todo o
mundo.
Apesar de ter sido considerado por muito tempo como uma simples
diversão de praia, muitos campeonatos foram realizados pelo país, cada um com
seus próprios critérios. Em 2003, durante o I Congresso de Frescobol, foram
ditadas as novas regras do jogo, criando assim um regulamento oficial no Brasil.
O Frescobol é um dos esportes de menor custo para quem o pratica. O conjunto
composto por um par de raquetes e uma bola de qualidade razoável para iniciar-se
no esporte custa em torno de US$ 20,00. Este esporte não necessita de quadra com
pisos especiais, redes ou qualquer outro aparato tecnológico especial, além de
possuir regras simples e de fácil aprendizado, dispensando custo com
treinamento. É um ótimo esporte para ser divulgado e praticado por crianças e
jovens de comunidades carentes. 10 de julho é o Dia Estadual do Frescobol no Rio
de Janeiro.
Futebol de
Areia
O futebol de praia ou futebol de areia é um tipo de futebol
jogado na areia. É bastante recente enquanto, como esporte organizado, datando
de 1992 a sua institucionalização em sua forma atual, mas já é praticada há
muitas décadas como variante de lazer do futebol. Uma partida de futebol de
areia é jogada entre dois times de cinco jogadores de linha, e um goleiro. Cinco
jogadores adicionais são permitidos no banco de reservas. Como no futsal, um
número ilimitado de substituições (incluindo os goleiros) pode ser realizado em
qualquer momento do jogo. Aos jogadores de futebol de praia não é permitido
jogar com qualquer tipo de calçado. Eles devem estar descalços. O goleiro pode
agarrar a bola dentro de sua área e tem permissão de usar luvas e traje
adequado. Cada partida tem dois juízes, ambos com igual autoridade para aplicar
as leis do jogo. Em adição, um terceiro juiz e um responsável pela marcação do
tempo ficam sentados na mesa de tempo, que fica na linha de meio de campo, ao
mesmo lado da área de substituição.
Partidas são jogadas em três períodos iguais de 12 minutos de
bola rolando. O tempo é parado quando um gol é marcado, quando o juiz apita uma
falta ou tiro livre direto, ou quando um time tenta fazer cera (do ponto de
vista dos juízes). Há um intervalo de 3 minutos entre cada período. No caso de
um empate, prorrogação de três minutos deve ser disputada, seguida de uma
disputa por pênaltis, caso necessário. A bola deve ser colocada de volta em jogo
seja por arremesso ou por chute a um companheiro de time. Goleiros podem apenas
recomeçar o jogo com as mãos. Não existem tiros indiretos no futebol de areia.
Todos os tiros livres são diretos e chutados do lugar onde a falta foi cometida,
ou da linha de meio-campo. Um pênalti é marcado se a falta é cometida dentro da
área de pênalti. Barreiras não são permitidas nos tiros diretos. O Tiro livre é
sempre batido pelo jogador que sofreu a falta, exceto se este estiver
lesionado.
Para faltas duras, um jogador deve receber um cartão amarelo.
Por faltas graves ou após um segundo cartão amarelo, o jogador será punido com
um cartão vermelho e deve retornar ao vestiário imediatamente. Após dois minutos
de inferioridade numérica, o time desse jogador pode colocar um novo jogador. Em
uma versão onze contra onze, com as regras usuais, ele era praticado nas praias
brasileiras, pelo menos desde o anos 30. Na década de 60 chegou a haver
campeonatos organizados em Santos e no Rio de Janeiro, e mesmo um campeonato
brasileiro de seleções. Em 1993, foi organizado o primeiro campeonato
profissional em Miami Beach, com as equipes de Brasil, EUA, Itália e Argentina.
O Brasil saiu vencedor. Em Abril de 1994, em Copacabana, no Rio de Janeiro, o
primeiro evento de futebol de praia a ser transmitido pela televisão.
No ano seguinte, a primeira Campeonato Mundial que foi sediado
no mesmo local. O campeão foi o Brasil, país-sede, que se tornou o primeiro
campeão mundial de futebol de areia. Com o sucesso do evento, os organizadores
desenvolveram o jogo e se preocuparam então em divulgá-lo mundo afora. Foi
criada assim a Pro Beach Soccer Tour, com 60 jogos em dois anos pela América do
Sul, Europa, Ásia e nos EUA, atraindo grandes nomes para a areia. O interesse
gerado pelo tour na Europa levou à criação da Liga Europeia Profissional de
Futebol de Areia. A Liga Europeia e a Taça da Europa floresceram. A primeira
edição da Liga Europeia foi conquistada pela Alemanha, enquanto Portugal venceu
a primeira Taça da Europa. As seleções que mais se destacaram nessas competições
foram Portugal, Espanha, França e Itália, mas nos últimos anos têm surgido novas
seleções, muito fortes, como a Suíça, a Polônia, a Ucrânia ou a Rússia.
Os quatro anos seguintes viram o crescimento consolidado por
maiores progressos dentro e fora de campo. Em 2004, a FIFA, vendo o crescimento
e potencial do esporte, acabou decidindo que seria o órgão internacional
responsável pelo Futebol de Areia, e, em Maio de 2005 organiza a primeira Copa
do Mundo de Futebol de Areia sob sua responsabilidade com sede mais uma vez na
Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, que acabou com o triunfo da França.
Atualmente, o Futebol de Areia continua crescendo, continuando a surgir e
desenvolver novas seleções e competições pelo mundo afora.
Futevôlei
O futevôlei ou futevólei é uma modalidade de esporte originada
nas praias do Rio de Janeiro por volta de 1960. Esse esporte já cresceu fora do
Brasil e encontra-se na Europa, na Ásia e Estados Unidos. É um esporte com bola,
praticado em quadra de areia (bem parecida com a de vôlei de praia). É jogado em
sistemas de duplas masculinas, femininas, ou mistas e também pode ser jogado com
quatro jogadores (4 X
Deve-se tocar a bola com qualquer parte do corpo,
exceto os braços, antebraços e as mãos como no futebol. Cada dupla pode dar até
3 toques na bola, sendo que um jogador não pode tocar duas vezes seguidas — tal
como no vôlei ou vôlei de praia. O jogo é disputado, como no vôlei, em disputa
de sets (de 18 pontos sem vantagem) em que os pontos são marcados quando
a bola cai na quadra adversária, é desviada para fora das quadras pelos mesmos
ou bate em qualquer outro jogador e bate no chão.
O Futevólei é uma modalidade desportiva em expansão meteórica,
de enorme espetacularidade técnica. É um desporto que pode ser observado durante
horas e constantemente sermos impressionados com movimentos técnicos de extrema
beleza. Existe quem defina Futevólei como "Arte dos pés à cabeça". Esta
modalidade atinge o seu auge de espetacularidade quando praticada por duplas,
exigindo uma excelente condição física e um leque enorme de atributos técnicos.
A variante de quadras pode ser praticada por uma faixa etária bastante alargada.
O Futevólei é praticado de uma forma organizada em inúmeros países, existindo já
organizações que tutelam a modalidade no Brasil, Argentina, Uruguai, Tailândia,
Inglaterra, França, Alemanha, Itália, Grécia, Holanda, Espanha, Áustria, etc. A
nível internacional existem duas entidades reguladoras da modalidade, a
Federação Internacional de Futevólei e a Federação Europeia de Futevólei.
A massificação da prática a nível mundial poderá levar o
Futevólei, a médio prazo, a ser considerado modalidade Olímpica, havendo já
esforços nesse sentido por intermédio das Federações Internacionais. Reza a
história que o Futevólei nasceu nas praias do Brasil, no ano de 1965, quando um
grupo de amigos, acostumados a dar toques à beira-mar (como é usual vermos nas
praias), foram proibidos pela polícia por desrespeitarem uma lei da época. Este
grupo de amigos decidiu então continuar o seu entretenimento favorito na zona de
areia fina, perto do calçadão da famosa Praia de Copacabana no Rio de Janeiro,
onde se encontravam os campos de Voleibol de Praia. Neste cenário, e com a
inclusão de uma rede a separar os praticantes, decidiram formar duas equipes e
jogarem com a rede no meio, surgindo assim uma nova modalidade: o Futevólei.
A partir deste momento a modalidade ganhou inúmeros praticantes
na terra onde a viu nascer. A modalidade evoluiu, surgindo novas regras, sendo
hoje mais usual a constituição de duplas. O futevôlei foi idealizado por Nubar
Salibian, na Escola Técnica do Paraná, em Curitiba, no ano de 1967. O introdutor
do futevôlei nas praias do Rio de Janeiro foi o arquiteto Octavio Sergio de
Moraes. Na década de 90, o Futevólei expandiu-se pelo mundo de uma forma
notável. As competições de Futevólei são cada vez mais espetaculares e
atrativas, promovendo eventos de soberba qualidade e enorme impacto económico e
turístico nas regiões que os fomentam.
Futebol de Salão
Futebol de salão (também referido pelo acrônimo futsal) é o
futebol adaptado para prática em uma quadra esportiva por times de cinco
jogadores, apenas. As equipes, tal como no futebol, têm como objetivo colocar a
bola na meta adversária, definida por dois postes verticais limitados pela
altura por uma trave horizontal. Quando tal objetivo é alcançado, diz-se que um
gol foi marcado, e um ponto é adicionado à equipe que o atingiu. O goleiro,
último jogador responsável por evitar o gol, é o único autorizado a segurar a
bola com as mãos. A partida é ganha pela equipe que marcar o maior número de
gols em 40 minutos divididos em dois tempos. Devido às proporções da área de
jogo, o menor número de jogadores e a facilidade em que se pode jogar uma
partida, o futsal já é considerado por muitos como o esporte mais praticado do
Brasil, superando o futebol que ainda assim é o mais popular.
A rigor, existem duas modalidades do esporte, sendo uma delas a
mais antiga, estabelecida quando a Federação Internacional de Futebol de Salão
ou futsal de quadra (FIFUSA) regulamentava a prática do esporte e por isso
conhecida como futebol de salão-FIFUSA e a outra, estabelecida sob a
regulamentação da FIFA, conhecida como futsal (embora esse termo atualmente
denomine indistintamente a prática do esporte nas duas versões). As diferenças
limitam-se a algumas poucas regras, mas que acabam influenciando sensivelmente a
dinâmica e a prática do jogo. São quatro as versões para a origem do futebol de
salão, ambas envolvendo a Associação Cristã de Moços. A primeira, não é oficial
até então o esporte começou a ser praticado por volta de 1899, por jovens
frequentadores da Associação Cristã de Moços (ACM) de São Paulo que, para
compensar a falta de campos de futebol, improvisavam "peladas" (futebol de fins
de semana) nas quadras de futevôlei e volei, aproveitando as redes usadas na
prática desse último esporte.
Na segunda versão, o futebol de salão teria sido inventado em
1940, pelo professor Juan Carlos Ceriani Gravier, da ACM de Montevidéu
(Uruguai), dando-lhe o nome de Indoor Football. Alterando ao curto prazo.
Antes das regras serem estabelecidas, praticava-se futebol de salão com times de
cinco a sete jogadores. A bola foi sendo deixada mais pesada numa tentativa de
reduzir sua capacidade de saltar e consequentemente suas frequentes saídas de
quadra. A "bola pesada" acabou por se tornar uma das mais interessantes
características originais do futebol de salão. Já no ano de 1950, passado João
Lotufo para secretário-geral da ACM São Paulo De Souza, transferiu Asdrúbal
Monteiro para o cargo de diretor de Educação Física, com a proposta de que os
dois resolvessem os problemas da prática desse esporte, elaborando assim, um
novo regulamento com elementos do futebol, do hóquei sobre a grama, do basquete
e do pólo aquático. O número de jogadores, e as peculiaridades do jogo não foram
estabelecidos de início.
Durante dois anos, Lotufo e Monteiro, estudaram, observaram, e
aplicaram as novas regras, chegando no "protótipo" do esporte que encontramos
hoje, como fixando o limite de cinco jogadores e as marcações da quadra,
chegando ao resultado satisfatório que justificou na publicação da regra do
futebol de salão em 1950, com isso o esporte foi intensamente praticado nas
cidades de São Paulo e Rio de Janeiro. Em 1957 surgiu a primeira iniciativa de
se uniformizar as regras do esporte, através da criação do Conselho Técnico de
Assessores de Futebol de Salão, por Sylvio Pacheco, então presidente da
Confederação Brasileira de Desportes (CBD). Devido a sua praticidade, tanto no
reduzido número de jogadores necessários em uma partida, quanto no espaço menor
que exigia, o esporte rapidamente adquiriu crescente popularidade, atingindo
outras localidades, gerando novos torneios e conquistando adeptos em todas as
capitais do país.
Em 28 de Julho de 1954 foi fundada a primeira federação do
esporte no Brasil, a Federação Metropolitana de futebol de salão, atual
Federação de Futebol de Salão do Estado do Rio de Janeiro, tendo Ammy de Moraes
como seu primeiro presidente. A Federação Mineira de Futebol de Salão seria
fundada nesse mesmo ano, seguida da Federação Paulista, em 1955, e das
Federações Cearense, Paranaense, Gaúcha e Baiana, em 1956, a Catarinense e a
Norte Rio Grandense, em 1957, a Sergipana em 1959. Nas décadas seguintes seriam
gradualmente estabelecidas federações em todos os estados da União.
Peteca
O jogo consiste em dois ou mais participantes, utilizando-se as
mãos, onde a peteca é arremessada ao ar de um jogador para o outro, evitando que
ela toque o solo numa área definida. É um esporte praticado em várias regiões do
Brasil, e tem como origem o estado de Minas Gerais, proveniente dos índios que
habitavam aquela região, que utilizavam tocos de madeira e palha amarrados a
penas de aves, arremessando o artefato entre si como forma de diversão. Segundo
os registros do passado, mesmo antes da chegada dos portugueses ao Brasil, os
nativos já jogavam peteca como forma de recreação, paralelamente, aos seus
cantos, suas danças e suas alegrias. Consequentemente, nossos antepassados
foram-nos transmitindo essa salutar atividade. Atualmente, milhares de
aficionados, de qualquer idade, dedicam horários diários, para jogar peteca, em
clubes, escolas, nas praias, nos bosques ou em quadras residenciais.
Quis o destino que, nos jogos da V Olimpíada, realizados na
Antuérpia, capital da Bélgica, em 1920, a título de recreação, os brasileiros
que pela primeira vez participavam de uma Olimpíada, levassem petecas, atraindo
numerosos atletas de outros países, interessados na sua prática. Revela-nos o
registro da época, que o Dr. José Maria Castelo Branco, chefe da Delegação
Brasileira, viu-se, momentaneamente, embaraçado pelos insistentes pedidos de
regras formulados por finlandeses que, evidentemente, demonstravam interesse
pela nova atividade desportiva. Coube a Minas Gerais a primazia de dar-lhe
sentido competitivo, realizando jogos internos nos clubes pioneiros de BH. Em
1973, surgiram as regras da peteca, dando margem para a fundação da Federação
Mineira de Peteca. Como positivo respaldo, há muitas publicações como livros,
revistas, informativos, panfletos e reportagens que enfatizam as vantagens da
prática desse esporte e que pode ser jogado por crianças e adultos sem limite de
idade, sendo sadio e atraente para os dois sexos, sem choques, sem acidentes
cuja velocidade é decorrente da homogeneidade dos contendores.
Em 1978, o Mobral, editou o livreto "Vamos Jogar Peteca",
admirável publicação dos técnicos do Centro Cultural e do Grupo Executivo da
Campanha "Esporte Para Todos" - GECET, do Ministério da Educação.
Posteriormente, também a Secretaria de Educação Física e Desporto do MEC tiveram
uma parcela de marcante colaboração. Os jogos podem ser de simples ou duplas,
nos moldes de uma partida de tênis. A quadra é dividida em duas metades, cada
uma para o uso de uma das equipes rivais. A altura da rede é variável e depende
da idade e do sexo dos participantes. A peteca é posta em jogo através de um
saque, no qual o jogador golpeia com a mão ou com a raquete a peteca para que
passe por cima da rede. A peteca deve ser jogada para a outra metade da quadra
com um único toque, sem que tenha tocado o solo. Atualmente utiliza-se o sistema
de vantagens para contagem de pontos.
Cada partida é disputada em sets, que chegará ao fim quando uma
das equipes alcançar 12 pontos ou após 20 minutos de jogo. O componente que
ganhar dois sets primeiro, ganha a partida. Outro detalhe importante é que após
o saque, o ponto deverá ser finalizado em 30 segundos, ou senão a vantagem será
revertida. As regras completas são muito mais específicas e podem ser
encontradas nos sites das federações de peteca.
Taco
O "taco" (também conhecido como bets e tacobol) é um jogo de
rua que descende do "cricket" britânico. O objetivo principal do jogo é rebater
a bola lançada pelo jogador adversário, sendo que durante o tempo em que o
adversário corre atrás da bola, a dupla que rebateu deve cruzar os betes,
também chamados de taco ou remos, no centro do campo, fazendo assim dois pontos
cada vez que cruzam os tacos. Existem várias versões sobre a origem do taco. Uma
é que foi criado por jangadeiros no Brasil durante o século XVIII; outra é que
ele era praticado por ingleses da Companhia das Índias Ocidentais, que jogavam
taco nos porões do navio durante a viagem de travessia dos oceanos. O nome
"bets" seria uma homenagem à rainha Elizabeth I. Para essa tradição, o jogo é
descendente do "cricket" britânico. Há de se notar as semelhanças entre os
jogos.
Os dois, cricket e betes são jogados entre duas bases, onde os
jogadores estão a salvo quando em base, protegendo-as. Pontos são marcados da
mesma maneira, quando os jogadores alternam-se entre as bases. Uma possível
origem do nome betes seria quando a expressão "at bat", ou seja, no bastão
(pronto para rebater). Para "bente-altas", como é chamado em partes de Minas
Gerais, a expressão seria derivada de "bat's out", ou seja o do taco está
eliminado, quando há a troca de duplas. Em Belém do Pará o jogo é conhecido
também como "castelo", "casinha" ou "tacobol". Hoje existem vária regras e
maneiras de jogar, conhecidas mais como "Taco de Rua", mas, ainda tem aqueles
que jogam com as regras originais conhecido como "Taco Profissional". Este jogo
é jogado por duas duplas, sendo que uma detém os tacos — os rebatedores — e a
outra a bola — os lançadores.
Cada rebatedor fica posicionado perto de um alvo, com o taco
sempre tocando o chão dentro da base (esta posição é referenciada como "taco no
chão"). Os lançadores se posicionam fora do espaço entre as bases. Eles podem
entrar nesse espaço para pegar a bola, mas os lançamentos são sempre efetuados
de trás da linha da base de seu lado. A dupla de lançadores tem por objetivo
derrubar o alvo do lado oposto do campo através do lançamento da bola.
Conseguindo, alternam-se os papéis, os lançadores tornam-se rebatedores
(conquistando a oportunidade de pontuar) e os rebatedores tornam-se lançadores.
A dupla de rebatedores procura defender o alvo dos arremessos adversários,
rebatendo, se possível, a bola o mais longe possível para marcar pontos. Durante
o tempo em que a dupla adversária corre atrás da bola, a dupla de rebatedores
pode ficar alternando de lado no campo, sempre batendo os tacos no meio da
quadra e sempre encostando o taco na circunferência da casinha, validando o
ponto.
Se os lançadores derrubarem o alvo ou "queimarem" os
rebatedores (ou seja, acertá-los com a bola antes de estarem de "taco no chão"
em suas casinhas), esta dupla ganha os tacos. Enquanto um rebatedor mantiver o
taco encostado na área da base, a base está "protegida", impedindo o lançador
que está atrás da base de derrubar este alvo. Tirar o taco da área da base
enquanto a bola não for arremessada permite que o lançador derrube o alvo de seu
próprio lado do campo usando a bola e ganhe os tacos. O jogo acaba quando uma
das duplas conseguir marcar um determinado número de pontos (geralmente 10
pontos, ou 5 pontos para jogos mais curtos), e cruzar os tacos no meio do campo.
Você pode trocar de taco ou de lugar desde que peça licença para realizar essas
ações. Quando a bola tocar no taco e ela for para trás é contado "uma para
trás". Caso isso ocorra três vezes seguidas, perde-se a posse dos tacos.
Ao chegar no limite dos pontos, dependendo das regras, não se
tem trás, sendo assim permitido rebater para trás na pontuação máxima. Se o time
que estiver com a pontuação máxima e perder o taco, a contagem dos pontos da
dupla cai para a metade. Quando o jogador pegar a bola no alto sem ela quicar no
chão, os adversários perdem o taco ou perdem o jogo (dependendo das regras
combinadas). Quando atingir os pontos necessários deverá derrubar a casinha em
que seu parceiro está e cruzar os tacos. Mas se você estiver usando garrafas ou
algo que pode ser destruído não é obrigatório "estourar" ou "derrubar" o objeto
em questão.
Jiu-jitsu Brasileiro
Jiu-jitsu brasileiro ou Gracie jiu-jitsu é uma arte marcial
brasileira e estilo de jiu-jitsu desenvolvido pela família Gracie, que tornou-se
a forma desse esporte mais praticada no mundo. No século XIX, mestres de artes
marciais japonesas migraram do Japão para outros continentes, vivendo do ensino
dessas artes e de lutas que realizavam. Mitsuyo Maeda, conhecido como Conde
Koma, foi um grande judoca da Kodokan, nos primórdios deste. Depois de percorrer
vários países com seu grupo, chegou ao Brasil em 1915 e fixou residência em
Belém do Pará, existindo até hoje nessa cidade a Academia Conde Coma. Um ano
depois, conheceu Gastão Gracie. Maeda ensinou um grupo que incluía Luiz França,
futuro professor do mestre Oswaldo Fadda. Gastão era pai de oito filhos, sendo
cinco homens, tornou-se entusiasta do Judô e levou seu filho Carlos Gracie para
aprender a luta japonesa.
Pequeno e frágil por natureza, Carlos encontrou no judô (na
época ainda conhecido como "Kano jiu-jitsu") o meio de realização pessoal que
lhe faltava. Com dezenove anos de idade, transferiu-se para o Rio de Janeiro com
a família, sendo professor dessa arte marcial e lutador. Viajou por outros
estados brasileiros, ministrando aulas e vencendo adversários mais fortes
fisicamente. Em 1925, voltando ao Rio de Janeiro e abrindo a primeira Academia
Gracie de jiu-jitsu, convidou seus irmãos Osvaldo e Gastão para assessorá-lo e
assumiu a criação dos menores George, com quatorze anos, e Hélio Gracie, com
doze. A partir daí, Carlos transmitiu seus conhecimentos aos irmãos, adequando e
aperfeiçoando a técnica à condição física franzina, característica de sua
família. Também transmitiu-lhes sua filosofia de vida e conceitos de alimentação
natural, sendo um pioneiro na criação de uma dieta especial para atletas, a
Dieta Gracie, transformando o jiu-jitsu em sinônimo de saúde.
Detentor de uma eficiente técnica de defesa pessoal, Carlos
Gracie vislumbrou no jiu-jitsu um meio para se tornar um homem mais tolerante,
respeitoso e autoconfiante. Com o objetivo de provar a superioridade do
jiu-jitsu e formar uma tradição familiar, Carlos Gracie desafiou grandes
lutadores da época e passou a gerenciar a carreira dos irmãos. Lutando contra
adversários vinte, trinta quilos mais pesados, os Gracie logo conseguiram fama e
notoriedade nacional. Atraídos pelo novo mercado que se abriu em torno do
jiu-jitsu, muitos japoneses vieram para o Rio de Janeiro, porém nenhum deles
formou uma escola tão sólida quanto a da Academia Gracie, pois o jiu-jitsu
praticado por eles privilegiava somente as quedas (já vinham com a formação da
Kodokan do mestre Jigoro Kano), já o dos Gracie enfatizava a especialização.
Após a queda, levava-se a luta ao chão e se usavam os golpes finalizadores, o
que resultou numa espécie de luta livre de quimono.
Ao modificar as regras internacionais do judô e jiu-jitsu
japonês nas lutas que ele e os irmãos realizavam, Carlos Gracie iniciou o
primeiro caso de mudança de nacionalidade de uma luta, ou esporte, na história
esportiva mundial. Anos depois, a arte marcial passou a ser denominada de
gracie jiu-jitsu ou brazilian jiu-jitsu, sendo exportada para o
mundo todo, até mesmo para o Japão. Hélio Gracie passa a ser o grande nome e
difusor do jiu-jitsu, formando inúmeros discípulos, dentre eles Flavio Behring.
George Gracie foi um desbravador, viajou por todo o Brasil, no entanto estimulou
o jiu-jitsu principalmente em São Paulo, tendo como alunos nomes como Nahum
Rabay, Candoca, Osvaldo Carnivalle, Romeu Bertho, dentre outros. Royce Gracie e
Rickson Gracie, filhos de Hélio Gracie, merecem um capítulo à parte pelo valor
com que se impuseram como gladiadores e difusores da técnica e eficiência do
jiu-jitsu nas arenas dos Estados Unidos e do Japão.
O jiu-jitsu hoje é o esporte individual que mais cresce no
país. Possui cerca de 350 mil praticantes com 1.500 estabelecimentos de ensino
somente nas grandes capitais. Na parte de educação, o ensino do jiu-jitsu ganhou
cadeira como matéria universitária (Universidade Gama Filho). Com a criação da
Federação de Jiu-Jitsu Brasileiro, as regras e o sistema de graduação foram
sistematizados, dando início a era dos campeonatos esportivos. Hoje mais
organizado, o Jiu-Jitsu Brasileiro já conta com uma Confederação e uma Federação
Internacional, fundadas por Carlos Gracie Jr. como presidente (das duas
entidades) e José Henrique Leão Teixeira Filho como vice-presidente da CBJJ, os
dois partiram para uma organização nunca vista antes em competições de
jiu-jitsu, as competições nacionais e internacionais que vem sendo realizadas,
confirmam a superioridade dos lutadores brasileiros, considerados os melhores do
mundo, e projetaram o jiu-jitsu ou brazilian jiu-jitsu, como a arte marcial que
mais cresce no mundo atualmente.
Desde 1996, o Mundial de jiu-jitsu sempre foi disputado no Rio
de Janeiro, exceto em 2007, quando ocorreu nos Estados Unidos da América. Na
década de 1990, o shihan Ricardo Morganti fundou no Brasil um novo estilo de
Jiu-jitsu, denominado Morganti ju-jitsu.
Morganti ju-jitsu
O Ju–Jitsu, "significa arte suave" era a técnica usada pelos
samurais no combate corpo a corpo, onde eram aplicados defesas, desequilibrantes
e luta de solo. Com o fim da era dos samurais (século VIII à século XIX) o
ju-jitsu virou esporte de recreação onde algumas regiões usavam suas técnicas
para manter a boa forma física. Em 1882 quando Jigoro Kano, usando técnicas do
Ju-Jitsu criou o Judô (caminho suave), deixando o Ju-Jitsu como era conhecido
sendo praticado por poucos. Hoje o Ju-Jitsu é praticado pelo o mundo todo
principalmente na Europa na forma de Sport Ju-Jitsu ou em uma forma mais
agressiva conhecida como Full Contact. Nos meados dos anos 90 nasceu o Morganti
Ju Jitsu, estilo de Ju-Jitsu no Brasil, idealizado pelo Shidoshi Ricardo
Morganti, faixa preta de vários estilos de artes marciais, ele conheceu o estilo
através do seu pai Paulo Morganti que foi aluno do Sensei Naiochi Ono, um dos
responsáveis por trazer o Judô para o Brasil.
Primeiramente o estilo que foi resultado de um trabalho de
conclusão de curso de Educação Física do Shidoshi Ricardo Morganti na faculdade
UNIFMU, cujo o nome era Método Morganti de Arte Marcial, um sistema de recreação
criado para alunos do ensino fundamental. Foi só em 1996 que o estilo foi
apresentado ao mestre Wally Jay fundador da ISJA (International Sport Jiu-Jitsu
Association) que concedeu a ele o 5º Dan de Ju-Jitsu. Com a disseminação do MJJ
por todo o Brasil, muitos faixas pretas começaram a disseminar o MJJ pelo mundo,
divulgando a arte para outros países. Ao todo são cerca de 180 técnicas
diferentes, sendo que se contabilizado as variações de cada técnica o total de
técnicas chega próximo a 1800 técnicas, divididas em técnicas traumatizantes
(socos e chutes), desequilibrantes (quedas) e de solo.
Vale-tudo
O vale-tudo é uma modalidade de luta com contato pleno (full
contact) em que os adversários nem sempre precisam seguir um único estilo de
arte marcial. Por exemplo, um lutador de jiu-jitsu pode lutar contra um lutador
de muay thai. Essa modalidade foi muito difundida no Brasil, inicialmente pelos
irmãos Gracie. O Vale-Tudo é uma modalidade de combate sem armas, onde os
lutadores utilizam apenas os seus corpos para ferir e possui com isso, poucas
regras, o suficiente para preservar a integridade física dos lutadores, bastante
amplo em termos técnico-táctico com um sistema muito próprio de preparação e
desenvolvimento bastante complexo devido à exigência das lutas. O evento que
mais difundiu a modalidade foi o Ultimate Fighting Championship, que em
seus primórdios havia menos regras e restrições, além de haver várias lutas na
mesma noite, sem limite de tempo (UFC 1, UFC 2, UFC 3, UFC 4).
No Japão, os principais eventos foram "O Open Japan Free Style"
e O PRIDE Fighting Championships que já destacou muitos lutadores de
diversas categorias de artes marciais. O MMA (artes marciais mistas) é um
esporte que surgiu com a inclusão de algumas regras ao antigo vale-tudo, o que
fez o termo cair em desuso. Atualmente há muitos campeonatos secundários de
lutas de MMA no Brasil que mereceriam destaque maior da imprensa nacional, entre
eles o No Rules Fight, WVC, Circuito Nacional e o Extinto Tiger´s MMA, cuja
última edição foi em Curitiba, onde uma das melhores lutas já protagonizadas em
eventos deste porte se deu pelo paulista Carlos da Montenegro Jiu-Jitsu e o
carioca Jair "Pezão" da Elite Academia, onde o paulistano derrotou o oponente no
começo do terceiro round por nocaute técnico, estes campeonatos secundários
muitas vezes são patrocinados por um público mais interessado em realizar
apostas do que em difundir o esporte.
Na atualidade os praticantes de MMA fazem em conjunto diversos
tipos de artes marciais em contato pleno (full contact). Por exemplo, no
Brasil jiu-jitsu + boxe + muay thai, nos Estados Unidos kickboxing + muay thai +
sanshou + wrestling, outros fazem kickboxing + muay thai + jiu-jitsu. Como não
segue uma filosofia de vida que visa o engrandecimento do ser humano, o
vale-tudo usualmente não é considerado uma arte marcial, mas apenas um sistema
de luta moderno, apesar da sua eficiência combativa.
Fonte: pt.wikipedia.org
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