Em suas respectivas sapiências, eventualmente, os deuses do rock decidem agraciar alguns seres com certa habilidade especial – também conhecida por “talento”. Com esta dádiva em mãos, estes artistas olimpianos conseguem criar obras atemporais e divisoras de águas. Um autêntico exemplar destes gênios, que atualmente são cada vez mais raros, é o músico George Harrison, que nesta segunda-feira (25), se estivesse vivo, completaria 70 anos.
Ainda jovem e inspirado pelo rock and roll americano, o britânico George Harrison decidiu ser músico. No final da década de 1950, George integrou a banda The Quarrymen, que serviu de embrião para o surgimento do grupo The Beatles, o quarteto que definitivamente mudou a história da música. Apesar de harmonia musical incomum e capacidade artística inquestionável, cada beatle tinha seu jeito único de ser.
Lennon era o cara verborrágico; Paul McCartney, o galã; Ringo Starr, o sujeito engraçado (há quem diga que ‘Ringo era apenas Ringo’, e George, o camarada tímido. A realidade é que aquelas quatro almas artísticas – totalmente diferentes entre si -, se completavam musicalmente e nenhuma delas pode ser classificada como “menos importante”.
Harrison fez parte de uma geração artística que rompeu com paradigmas e abriu caminhos para a juventude. Foi testemunha ocular e lúcida de todas as transformações ideológicas e culturais florescidas nos já distantes ‘anos 60’. Como guitarrista, coexistiu com ícones do naipe de Jimi Hendrix, Brian Jones e Eric Clapton. Mesmo não sendo dono de técnicas virtuosísticas tal como alguns de seus contemporâneos, George era respeito e reverenciado por diversos heróis da guitarra. Lançando mão de uma sensibilidade musical incomum, o guitarrista dos Beatles construiu o seu eterno espaço no panteão dos melhores músicos da história.
Estudante dedicado dos ensinamentos espirituais da cultura indiana, George mergulhou fundo, e com êxito, nos fundamentos do amor universal. Optou por ser um cavalheiro em detrimento aos luxos e regalias que sua condição de rock star poderia lhe proporcionar. Passou a maior parte de sua vida advogando em causa da igualdade entre as pessoas. No dia 29 de dezembro de 2001, aos 58 anos, a trajetória de George Harrison foi interrompida. Um câncer na garganta ceifou a vida do mais humilde dos gênios do rock. Além de perder um músico talentoso, o mundo ficou órfão de um ser humano espetacular. Que seu legado musical se perpetue para todo o sempre.
Fonte: www.cifraclubnews.com.br
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