Tufões, furacões, ciclones e tornados

Mapa mostra onde se formam ciclones, furacões (hurricanes) e tufões (typhoons)

Segundo o contexto científico, tufão, ciclone e tornado são os mesmos fenômenos naturais, porém mudam de nome de acordo com a região.
Furacão é o nome mais usado quando o fenômeno ocorre na América do Norte e nos Estados Unidos. Tufão é o nome designado ao fenômeno quando ocorre na Indonésia ou no Japão. Já um ciclone é qualquer tempestade ou zona de baixa pressão atmosférica .
Esses três termos são designados às tempestades mais fortes que ocorrem na natureza. O vendaval pode atingir no mínimo 120 KM/H e mil metros de diâmetro. O centro do furacão atinge 16km de diâmetro.
Os ventos chegam a passar de 300 km/h no turbilhão que cerca o olho do furacão. Ele ocorre em águas quentes, que marcam no mínimo 27 graus centígrados.

Se as tempestades ocorrem no oceano Atlântico ou no nordeste do Pacífico, elas recebem o nome de furacão. Caso o mesmo fenômeno seja constatado no noroeste do Pacífico, ele passa a ser considerado um tufão. Se ocorrer no Pacífico Sul ou no Oceano Índico, é chamado de ciclone.
Já os tornados diferem de todos os outros por se formarem no continente, ou seja, em terra firme, e costumam ser menores que os furacões. Enquanto Sandy tinha 1,5 mil km de diâmetro, os tornados costumam ter de 500 a 600 metros, porém podem ser bem mais destrutivos do que os equivalentes formados em alto-mar.


Formação dos Tornados
O tornado é uma coluna de ar em rotação acelerada cujo centro apresenta pressão extremamente baixa. Os tornados são comuns na primavera e no começo do verão, sobretudo nas grandes planícies americanas.
Embora os meteorologistas possam alertar a população quando as condições são favoráveis ao aparecimento de tornados, somente agora os estudos estão avançando na compreensão de suas origens e comportamento. Coletar dados sobre eles é extremamente difícil, tendem a aparecer e a desaparecer em uma área antes que os pesquisadores tenham a oportunidade de se aproximar. Apenas recentemente, com a ajuda do radar Doppler, foi possível registrar a exata velocidade do vento de um tornado, que nos mais violentos pode chegar a 450 quilômetros por hora.
Mesmo que todos os detalhes ainda não sejam conhecidos, os meteorologistas possuem ideias gerais de como o processo começa. Como os tornados ocorrem mais frequentemente, mas não sempre, quando estão presentes tempestades, é lógico supor que as condições necessárias para a formação das tempestades são também favoráveis para os tornados. Ou seja, ambientes quentes e úmidos.

Uma nuvem em funil é comumente a observação do início de um tornado. Se por acaso atingir o solo, ela passa para a próxima fase e é oficialmente designada como um tornado. As paredes de um tornado não são sempre visíveis (como as nuvens), mas são frequentemente definidas pelos detritos e poeira que sugam até o vórtex.
Quando o funil de um tornado atinge sua largura máxima, algo entre 15 metros e alguns quilômetros, e está perpendicular ao solo, o tornado passa para sua terceira fase e pode ser chamado de tornado maduro. Um tornado maduro é um tornado em sua fase mais violenta, destruindo praticamente tudo em seu caminho.
Há um certo mistério envolvendo a criação e o comportamento dos tornados. As pesquisas deverão afastar esse mistério, mas a fascinação por essa poderosa criação da natureza deve permanecer.


Os Incríveis Tornados Solares
A sonda da NASA, agência espacial norte-americana, capturou um vídeo incrível de tornados solares em toda a superfície do Sol.
Eram erupções no formato de tornados que transmitiam uma bela imagem do plasma super-quente em movimento. Os tornados solares foram vistos pelo observatório “Solar Dynamics Observatory”, da NASA, que está constantemente gravando vídeos em alta definição do Sol.
O vídeo do tornado solar mostra círculos de plasma rastejando por toda a superfície do Sol durante um período de 30 horas, entre os dias 7 e 8 de fevereiro. Mas, ao contrário dos tornados na Terra, que são impelidos pelo vento, os tornados do sol são moldados pelo poderoso campo magnético da estrela.
"A visão de uma região ativa girando que causa os fluxos circulares de plasma", os cientistas da missão SDO explicaram em uma descrição do vídeo. "As partículas estão sendo puxadas para um lado por forças magnéticas."
No vídeo, o material mais frio de plasma aparece com manchas escuras sobre um fundo brilhante. A sonda SDO gravou o vídeo na faixa do ultravioleta extremo do espectro da luz, dando ao filme um tom lúgubre amarelo.
A NASA lançou o vídeo para marcar o segundo aniversário da missão da nave espacial, que foi lançada em 11 de fevereiro de 2010. A nave, que custou US$ 850 milhões dólares, está em uma missão de cinco anos para gravar vídeos em alta definição do Sol para ajudar os astrônomos a entender melhor como as mudanças no ciclo desse astro pode afetar a vida na Terra.
O Sol está atualmente num período ativo de seu ciclo que vai durar 11 anos. O atual ciclo é conhecido como ciclo solar 24 e atingirá seu pico em 2013.

Como são formados os furacões?

Os furacões são as tempestades mais fortes e violentas da Terra. Se por um lado eles são fenômenos naturais curiosos e diriam alguns bonitos, eles também causam grande destruição e até mesmo mortes por onde passam. Recentemente, o furacão Sandy chegou à costa leste dos Estados Unidos e deixou milhares de pessoas desabrigadas e sem energia elétrica e até mesmo inundou os túneis do metrô de Nova York.
Mas como os furacões se formam?
Os furacões se formam de maneira semelhante às chuvas, ou seja, com a evaporação de uma massa de água aquecida pelo sol. Entretanto, eles diferem no tamanho e na região em que acontecem: o ar quente que forma os furacões vem dos oceanos próximos à Linha do Equador, famosos por suas águas quentes (acima de 27 ºC) e ventos tranquilos.
Assim, o ar aquecido sobe do oceano para o céu, deixando a região próxima à superfície do mar com menos pressão. Isso faz com que o ar frio ao redor daquela área, que possui uma pressão maior, invada o espaço recém-desocupado. Com isso, o ar frio também acaba se aquecendo e, consequentemente, subindo aos céus em movimentos circulares.
Ar quente dos oceanos sobe e altera a pressão atmosférica da região
À medida que o ar quente sobe, o ar ao seu redor continua ocupando o espaço de baixa pressão. No céu, o ar quente esfria e, junto com a água que ele contém, transforma-se em nuvem. Assim, um sistema completo de nuvens e ar em movimento acaba se formando, sempre alimentado pelo calor do oceano e pela água que evapora da superfície.
Na terra, o furacão perde forças?
Quando essa tempestade começa a girar cada vez mais rapidamente, acaba sendo criado o que ficou conhecido por “olho do furacão”, uma espécie de espaço bastante calmo localizado bem no meio da tempestade. Essa região possui pressão atmosférica baixa e, portanto, o ar com pressão maior tende a subir e a descer por esse "canal".
Quando os ventos formados no sistema descrito acima atingem a velocidade de 62 km/h, o fenômeno natural é considerado uma tempestade tropical. Porém, se a força da tempestade aumenta e os ventos atingem 120 km/h, a tempestade se transforma em um ciclone tropical.
Seja qual for o caso, o fenômeno tende a perder forças assim que atinge o solo terrestre, já que não possui mais uma grande massa de água quente alimentando-o.


Tufão
Os tufões necessitam de uma área maior de oceano quente para viajar e se fortalecer. O tufão é um ciclone tropical com ventos contínuos de 118 quilômetros por hora, ou mais, e que costuma acontecer no oeste do Oceano Pacífico Norte. Mais de 20 tufões se formam no oeste do pacífico em um ano comum. A diferença entre o tufão e o furacão está na área de atuação. O tufão tem uma extensão geográfica maior do que a do furacão, mas os ventos são mais calmos, não há nuvens espiraladas nem a formação de “olho”.
A ocorrência de um tufão não indica necessariamente que haja tempestade, embora seja comum os tufões virem acompanhados da formação destas. Quando se forma longe da Linha do Equador, em águas frias, ele é chamado de ciclone extratropical.
O tufão "Ike", com ventos de 220Km/h, que atingiu as Filipinas em dois de setembro de 1985, matou 1363 pessoas, feriu 300 e deixou 1,12 milhões de desabrigadas.

Tufão Sinlaku, na Ásia, em 12 de setembro de 2008

Observe o movimento ciclônico anti-horário do Tufão.

Furacão Ike

Imagem do furacão Ike sobre os Estados Unidos, em 12 de setembro de 2008.

Tempestades Tropicais

A imagem do satélite Goes, do dia 03/set/2008, mostra 4 tempestades tropicais se movendo no oceano Atlântico e uma no Pacífico. Observar o sentido da rotação.

Ciclone
Ciclone é um fenômeno atmosférico em que os ventos giram em sentido circular, tendo no centro uma área de baixa pressão. No hemisfério sul, o vento gira em sentido horário e no norte, no sentido anti-horário.
Os ventos de um ciclone podem chegar a 200 km/h e, geralmente, apresentam-se acompanhados de fortes chuvas (tempestades). Estas precipitações ocorrem, pois o ar quente se eleva, formando assim as nuvens.
Os ciclones formam-se, geralmente, em regiões de clima tropical e equatorial, em áreas do oceano com águas quentes.
Quando um ciclone nasce e se desenvolve no Oceano Atlântico ele é chamado de furacão. Quando o ciclone é formado sobre as águas do Oceano Pacífico, então é chamado de tufão.
Um ciclone (ou depressão ou centro de baixas pressões) é uma região em que o ar relativamente quente se eleva e favorece a formação de nuvens e precipitação. Por isso, tempo chuvoso e nublado, chuva e vento forte estão normalmente associados a centros de baixas pressões. A instabilidade do ar produz um grande desenvolvimento vertical de nuvens cumuliformes associadas a cargas de água.
Os ciclones são indicados nos mapas meteorológicos pela letra «B» e são locais onde a pressão atmosférica é a mais baixa na sua vizinhança e em volta do qual existe um padrão organizado de circulação de ar. À medida que, pela ação do diferencial de pressões, o ar flui dos centros de altas pressões para um centro de baixas pressões é deflectido pela força de Coriolis de tal modo que os ventos circulam em espiral, isto é, no sentido anti-horário (direção contraria aos ponteiros de um relógio) no Hemisfério Norte e no sentido horário (direção dos ponteiros de um relógio) no Hemisfério Sul. Na meteorologia, os movimentos de ar resultantes de um centro de altas pressões são denominados anti-ciclones. O sentido de giro de um ciclone e de um anti-ciclone é o contrário para um mesmo hemisfério, sendo este determinado pela aceleração de Coriolis.
Ciclones e Anti-ciclones (Hemisfério Norte)
Sistema frontal ciclónico (Hemisfério Norte)
Como exemplo de ciclones podemos citar os sistemas frontais, os tornados e os furacões. Como, na Índia e na Austrália, os furacões são chamados ciclones (e, na Ásia, tufões), a mídia confunde constantemente o termo ciclone com furacão. A meteorologia diferencia o ciclone extratropical do furacão. Um furacão tem núcleo quente e se forma sobre águas quentes, em geral acima de 26 graus celsius. Um ciclone extratropical em geral é um fenômeno de latitudes médias e altas que se propaga até latitudes tropicais, associado comumente a frentes frias e ondas baroclínicas em altos níveis da troposfera;
Os ciclones são fáceis de reconhecer num mapa de observações à superfície pelos ventos que tendem a fluir para ele com uma rotação em espiral e nas imagens de satélite pela configuração em forma de vírgula de bandas de nuvens.
No Hemisfério norte, um ciclone em desenvolvimento é tipicamente acompanhado (a leste do centro de baixas pressões) por uma frente quente atrás da qual ventos de sul transportam para norte o ar quente e úmido de uma massa de ar quente, contribuindo para a desenvolvimento de precipitação. Atrás do centro de baixas pressões (a Oeste dele), ventos de norte transportam ar mais frio e seco para o sul, com uma frente fria marcando o bordo da frente dessa massa de ar mais fria e seca. No Hemisfério sul, como o sentido ciclónico se inverte, observa-se tipicamente a situação simétrica desta.

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