15 anos sem Tim Maia, a voz que movia montanhas

“E como cantava bem o ‘gordinho’, hein Erasmo?”, questionou Roberto Carlos certa vez… Há exatos 15 anos, a música brasileira ficou órfã do talento de Sebastião Rodrigues Maia, o popular Tim Maia. Dono de um talento incomum, além de multi-instrumentista, Tim possuía uma voz capaz de mover montanhas.

Infelizmente, principalmente no cenário nacional, artistas com a atitude de Tim Maia estão cada vez mais escassos. Polêmico, irreverente, carismático, ‘racional’ e baderneiro, o ‘Síndico’ era do tipo que fazia questão de vociferar contra qualquer tipo de caretice. Ao longo de sua carreira, nunca teve dificuldades para levar ao público a hipocrisia que existe na indústria fonográfica.

Por mais incrível que possa parecer, Tim Maia nunca fez questão de posar de ‘guru da MPB’. Esta, inclusive, foi uma escolha sábia, pois a opção pelo lado explícito da marginalidade artística não precisa necessariamente ser concebida a partir da perseguição de uma ditadura militar; ou do regresso de um exílio, que na bagagem costuma trazer o status de ‘herói nacional’.

Como poucos artistas, Tim transitou com qualidade por diversos gêneros musicais. Além de trazer o soul para o Brasil, sem medo de errar, passou pelas temáticas da bossa nova; do rock; do samba; do jazz; do gospel; e até do sertanejo. Seu repertório mais popular inclui clássicos como “Você“, “Azul da Cor do Mar“, “Do Leme ao Pontal“, “Coroné Antônio Bento“, entre outras. A parte mais obscura de sua obra, no entanto, nos apresenta pérolas como “Rodésia“, “Do Your Think Behave Yourself” e “Batata Frita, o Ladrão de Bicicleta“.

Os anos de excessos, no entanto, foram cobrados sem piedade. Na noite do dia 8 de março de 1998, durante a primeira música de um show, em Niterói, Tim sentiu-se mal e foi levado para o hospital. Naquele 15 de março de 1998, aos 55 anos e pesando 140 quilos, Tim Maia perdeu a luta para um quadro de  infecção generalizada. Fica a esperança de que a memória afetiva brasileira não aposente e nem se esqueça da importância do legado do ‘Síndico’.

Relembre o talento multifacetado de Tim Maia:

Fonte: www.cifraclubnews.com.br

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