10 inventores que foram mortos pela própria invenção

Os inventores passam anos de sua vida em suas invenções, para deixa-las impecáveis e poder revelar ao mundo o fruto do seu trabalho. Muitos deles passam a vida no anonimato, mas também existem aqueles cujas invenções não só atraíram a atenção da humanidade, mas também (de alguma forma) causaram a morte de seu inventor.

 

1. Franz Reichelt (o alfaiate voador)

Franz Reichelt (falecido em 4 de Fevereiro de 1912), foi um alfaiate e inventor austríaco, famoso por ter sua morte acidental registrada em filme.
Conhecido como "o alfaiate voador", Franz Reichelt criou um traje para voar ou flutuar levemente até o solo, como o moderno pára-quedas. Para demonstrar sua invenção, ele pulou do primeiro pavimento da Torre Eiffel, na época a estrutura mais alta do mundo, de uma altura de 60 metros. Apesar do fato de que ela foi planejada para usar um boneco, no último minuto, ele decidiu testar a sua invenção de forma independente.
A invenção falhou e Reichelt caiu para sua morte. Registrada pelas câmeras da imprensa reunida, a queda abriu um considerável buraco no solo, mas não foi a causa da morte do alfaiate: a autópsia do corpo mostrou que ele sofreu um ataque cardíaco, morrendo antes mesmo de tocar no solo.

Há um vídeo da sua morte o salto de 90 metros:

 

2. Max Valle (Motor de foguete)

Max Valle (1895-1930) estava na vanguarda da ciência de foguetes na Alemanha e foi um membro fundador da «Verein für Raumschiffahrt» (Sociedade de Vôo Espacial) - muitos dos membros dessa sociedade foram responsáveis pelo sucesso de programas espaciais do século 20.
Na década de 1930, a sociedade trabalhou com os foguetes de combustível líquido, e Valle estava preparando para fazer o test-drive do primeiro carro com o motor de foguete. Infelizmente, este tipo de motor o destruiu: um mês depois, em 17 de maio de 1930, um foguete, no qual Valle estava trabalhando em seu laboratório, em Berlim, explodiu, disparando um fragmento de metal em sua artéria pulmonar direita, matando-o.

 

3. Otto Lilienthal (Pai do vôo planado)

Otto Lilienthal - (Pomerânia, 23 de maio de 1848 - 10 de agosto de 1896), conhecido como o "Pai do vôo planado", foi um pioneiro da história da aviação. Ele é creditado como o primeiro homem a manejar repetidas vezes um aparelho mais pesado que o ar na atmosfera.
Lilienthal realizou cerca de dois mil vôos planados entre 1891 e 1896, atingindo em alguns cerca de 350 metros de distância. Várias vezes, ele conseguiu subir mais alto que o seu ponto de partida e efetuar viragens. Seus ensaios tiveram lugar em Bremen, Steglitz, Lichterfelde, e depois em Rhinow. Também tentou criar uma máquina mais pesada do que o ar, usando um motor de ácido carbônico. Em 9 de agosto de 1896, durante um voo com seu planador mergulhou de uma altura de aproximadamente 20 metros e quebrou sua espinha dorsal. Ele morreu no dia seguinte. Suas últimas palavras foram:

Opfer müssen gebracht werden (Sacrifícios precisam ser feitos).

Lilienthal foi o primeiro homem que foi fotografado em voo: esta foi uma das bases da influência que ele exerceu sobre todos os pesquisadores do seu tempo e depois, porque ele assim inspirou aos hesitantes a confiança no futuro da aviação.

Seus projetos contribuíram para o desenvolvimento da asa delta.

 

4. Harry Daghlian e Louis Slotin (Fosso do Demônio)

Demon Core (Fosso do Demônio) ganhou esse "apelido" após matar dois cientistas.
O Demon Core foi criado para ser usado em pesquisas no Laboratório Nacional de Los Alamos. Ocorreram dois acidentes de criticidade:

Em 21 de agosto de 1945, o núcleo foi cercado por tijolos refletores de nêutrons para experiências, esses tijolos refletiram os nêutrons e deixaram o núcleo crítico, o cientista Harry Daghlian retirou rapidamente os tijolos impedindo uma reação em cadeia, porém ele recebeu uma dose fatal de radiação e morreu 25 dias após o incidente.

Em 21 de maio de 1946 o físico Louis Slotin e outros sete cientistas cercaram o núcleo novamente com os tijolos, para uma experiência visando saber até onde a massa poderia ser considerada sub critica, quando Slotin foi fazer um teste chamado de fazer cócegas na cauda do dragão, devido a sua periculosidade, que consistia em retirar o núcleo com uma chave de fenda, ele escorregou a chave de fenda fazendo o núcleo ficar supercrítico e liberar uma explosão de nêutrons e raios gama(que foram descritos como um flash azul por observadores) que atingiram Slotin, ele rapidamente fechou a duas metades dos refletores de nêutrons, salvando a vida dos outros cientistas, porém Slotin sofreu uma dose letal de radiação e morreu 9 dias depois do incidente.

 

5. Jean-Francois de Rozier Pilatre (balão Rozier)

O francês Jean-Francois de Rozier Pilatre (1754-1785) foi um aviador excelente, com algumas realizações excepcionais. A primeira delas foi o fato de que, juntamente com o Marquês d'Arlandesom em 21 de novembro de 1783 fez o primeiro vôo tripulado em um balão de ar quente.

O segundo foi um fiasco, em 15 de junho de 1785 ele e seu companheiro, Pierre foram as vítimas de desastre aéreo ao tentar atravessar o Canal da Mancha em um balão. O balão da categoria Montgolfier, não estaria apto para esta tarefa, pois exigia grandes quantidades de combustível para aquecer o ar, no interior do balão.
Depois de várias tentativas, só em 15 de Junho de 1785 é que Rosier, e o seu companheiro, Pierre Romain, decolaram de Boulogne-sur-Mer. O início do voo correu bem mas, ventos contrários empurraram o balão de novo para terra, a mais de 5km do ponto de partida. Subitamente, o balão perdeu ar e, embora não tenha se incendiado, caiu. Ambos os ocupantes morreram. Oito dias depois da tragédia, a noiva de Rosier suicidou-se. Uma lápide comemorativa do acidente foi erguida no local pouco tempo depois.

 

6. Horace Lawson Hunley (O submarino Hunley)

Aos 40 anos, o americano Horace Hunley já havia atuado como legislador, advogado e engenheiro naval. Mas foi nesta última profissão que obteve mais sucesso: criou o primeiro submarino de combate, o H.L. Hunley, durante a Guerra Civil Americana. A embarcação, porém, foi tachada como perigosa depois que cinco dos nove tripulantes morreram ainda no primeiro teste.
Mas Horace não desistiu. Continuou trabalhando e tentando aperfeiçoar sua invenção. Quando achou que o submarino estava finalmente pronto para atacar, preparou um segundo teste, também fracassado. O submarino afundou e, dessa vez, matou os nove tripulantes, inclusive o próprio Horace, que havia resolvido participar da experiência. Isso aconteceu em 1863.

 

7. Aurel Vlaicu (Avião)

Aurel Vlaicu (1882-1913) foi um engenheiro, inventor, projetista de aviões e pioneiro da aviação romena. Ele construiu seu primeiro avião em 17 de junho de 1910 e conseguiu faze-lo voar.
Vlaicu então construiu seu segundo avião e ganhou muitos prêmios no show aero 1912. Infelizmente, ele morreu em sua própria criação em 13 de setembro de 1913, quando "Vlaicu II (seu segundo avião) recusou-se a atravessar a Cordilheira dos Cárpatos. Vlaicu já estava trabalhando em um novo avião chamado de "Vlaicu III", mas quando soube que outros dois pilotos romenos também estavam planejando atravessar os Cárpatos, ele tomou uma decisão precipitada, usar o seu velho e desgastado "Vlaicu II", ao invés de aguardar a conclusão dos trabalhos no novo modelo. Foi uma decisão que lhe custou a vida.

 

8. Li Si (Técnicas de tortura)

A história do chinês Li Si é mais antiga e ainda mais mórbida. Enquanto chanceler da dinastia de Qin, entre os anos de 246 e 208 a.C., o influente político inventou uma técnica de punição chamada de “As cinco dores”. A vítima tinha primeiramente o nariz cortado, depois uma das mãos e, em seguida, um dos pés. O próximo passo era castrar o torturado e, por último, corta-lo ao meio na altura da cintura. O homem era deixado lá, para morrer de tanto sangrar.
Li Si tinha muita influência durante o governo dos dois primeiros imperadores com quem trabalhou. Porém, quando o segundo morreu e um terceiro assumiu, sua força ficou balançada. Para tentar converter a situação, o chanceler passou a manipular o imperador ao suicídio, ato que foi delatado por uma pessoa próxima. Li Si foi condenado por traição e morreu em 208 a.C. por meio da mesma técnica que inventou.

 

9. Marie Curie 

A cientista polonesa Maria Sklodowska-Curie foi a primeira professora do sexo feminino da Universidade de Paris. Mas isso não quer dizer nada perto das outras conquistas: ela foi também a primeira mulher a ganhar um prêmio Nobel e a primeira pessoa a ganhar dois destes prêmios – de Física em 1903 e de Química em 1911. As vitórias decorreram da descoberta dos elementos rádio e polônio, além de um método para isolar isótopos radioativos.
Como foi uma das primeiras pessoas a pesquisar o tema, Maria não tinha conhecimento da nocividade dos materiais radioativos para o corpo humano – a palavra “radioativo”, inclusive, também foi invenção dela. Quase todo o seu trabalho foi realizado em um galpão sem nenhum tipo de proteção, que hoje foi convertido em museu. Mas seus livros e papéis são tão contaminados que estão armazenados em caixas de chumbo. A cientista morreu em 1934 de anemia aplástica, causada pela intensa exposição à radiação.

 

10. John Godfrey Parry-Thomas

Nascido no País de Gales, J. G. foi um engenheiro apaixonado por carros de corrida. Ele reconstruiu seu carro para ser alimentado por um motor V12 Liberty, além de uma série de outras modificações. O resultado de suas experiências, que ele chamou de Babs, foi o primeiro carro exclusivamente dedicado a bater o recorde de velocidade terrestre.
Em 27 de abril de 1926, John – que era o próprio piloto de sua invenção – alcançou seu objetivo e atingiu a maior velocidade já registrada por um carro. No dia seguinte, quebrou o próprio recorde, chegando a aproximadamente 275 km/h. Um ano depois, o antigo recordista passou esta velocidade e John queria uma revanche, ocasião em que acabou morrendo.
Babs era muito rápido, mas não tão seguro. O motor era alto, então atrapalhava a visão e obrigava o piloto a inclinar a cabeça para o lado direito. Além disso, havia umas correntes expostas, usadas para ligar o motor às rodas, que podiam ferir fácil alguém, caso quebrassem. Aos 270 km/h, este incidente ocorreu. As correntes bateram forte na cabeça de John, matando-o instantaneamente.

Fonte: www.filhotedepombo.com

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