Você sabia que para evitar a terrível dor de cabeça existem coisas que devemos e não devemos comer? Quem sofre com este mal sabe como é difícil enfrentar as crises: dor de cabeça latejante, náusea, indisposição...
Os portadores de enxaqueca possuem um desequilíbrio bioquímico no cérebro, que é agravado por diversos estímulos, principalmente a alimentação. Portanto, os bons hábitos à mesa podem funcionar como um tratamento preventivo, capaz de minimizar, em muitos casos, a necessidade de medicamentos.
A regra é simples: evitar os ingredientes que desencadeiam a enxaqueca e investir naqueles que constituem uma alimentação saudável e balanceada. Para facilitar, faça um registro alimentar diário, anotando os ingredientes que se repetem nos dias que antecedem a crise.
Alimentos que podem desencadear a enxaqueca:
- Bebidas alcoólicas
- Café, chá-preto e chá-mate
- Açúcar, adoçante e mel
- Peixe defumado
- Fígado de galinha
- Chocolate
- Nozes
- Queijos amarelos
- Frituras e alimentos gordurosos
Cardápio contra enxaqueca:
Para evitar as crises, vale a pena apostar nos alimentos com alto teor de cálcio e magnésio, a vitamina B6, os ácidos graxos essenciais (ômega 3 e 6, presentes na semente de linhaça, óleo de peixe) e a niacina, vasodilatador natural.
Siga a lista:
- Queijos magros: contêm baixa porcentagem de gordura
- Pães integrais: têm baixo índice glicêmico
- Azeite de oliva extravirgem: possui propriedade anti-inflamatória pela presença do ômega 3
- Frutas e verduras frescas: ricas em minerais, fibras, vitaminas e antioxidantes, essenciais para o equilíbrio hormonal
- Cereais: contêm minerais como o magnésio, benéficos para quem tem enxaqueca
- Peixes: fonte de proteínas e ômega 3, que é um óleo anti-inflamatório
Para afastar a enxaqueca:
- Alimente-se bem: Ficar mais do que quatro horas sem se alimentar é tão ruim quanto ingerir o alimento errado. O jejum leva à baixa do açúcar no sangue, e pode gerar mais enxaqueca para aqueles que já possuem essa sensibilidade.
- Vá dormir: horas de sono são essenciais para melhorar a enxaqueca. Por isso, vá para a cama cedo!
- Hidrate-se: a água melhora a ação das vitaminas e dos minerais ingeridos e também facilita a eliminação das substâncias tóxicas.
Tratamento de Enxaqueca
Somente o médico pode dizer qual a melhor medicação para quem sofre de enxaqueca, mas as crises podem ser reduzidas ao evitar os fatores desencadeantes. Quando você estiver em crise:
- Esteja sempre preparado tendo a medicação para as crises sempre à mão
- Em caso de dor intensa, procure um local fresco e escuro para recostar, mas não deite
- Coloque gelo sobre as áreas doloridas
- Tome o medicamento recomendado pelo seu médico, mas nunca mais de duas vezes por semana
- Beba muita água e coma moderadamente
- Descanse.
Evite seis hábitos para prevenir a enxaqueca
As causas são genéticas, mas os sintomas podem ser desencadeados pelo estilo de vida
Segundo a Sociedade Brasileira de Cefaleia (SBC), cerca de 30 milhões de brasileiros sofrem de enxaqueca e, dentre esses, 75% são mulheres.
"Muitas podem ser as causas da enxaqueca, desde problemas tensionais, normalmente associados ao estresse, até resultantes de tumores, aneurismas, medicamentos fortes e até ressaca"
ensina a especialista. Quem sofre com a dor insuportável sabe o quanto é difícil ficar simplesmente esperando que ela passe. Mas, para além dos vários tratamentos para o problema, existem alguns hábitos que quem quer se livrar de vez da enxaqueca, deve abandonar.
Confira a lista abaixo:
- Abuso de analgésicos
Quem abusa de analgésicos para se livrar da dor, ou seja, toma mais de um comprimido por semana corre o risco de alimentar a própria dor.
"O analgésico bloqueia todos os mecanismos de defesa natural para combate da dor de cabeça. O uso prolongado e indiscriminado desse tipo de medicamento faz com que o corpo fique dependente do medicamento"
explica a neurologista Claudia Klein. Em outras palavras, o organismo fica viciado a tal ponto que passa a "produzir" a dor para que o analgésico precise agir. Além disso, o analgésico também impede a produção de serotonina, hormônio neurotransmissor responsável pela sensação de bem-estar e relaxamento, agravando a dor depois de certo tempo.
"Muitas pessoas costumam tomar o analgésico ao menor sinal de dor e, assim, esquecem de tratar o problema. É preciso buscar tratamentos reais com medicação indicada o médico especialista"
aconselha Claudia Klein.
- Má alimentação
De acordo com a neurologista, alguns alimentos devem ser evitados por quem sofre de enxaqueca, como, por exemplo, o aspartame, condimentados, leite e derivados, alimentos cítricos, chocolate e café.
"Esses alimentos contêm substâncias que interagem com a bioquímica cerebral do organismo, alterando a ação de determinadas enzimas e diminuindo a quantidade de serotonina, hormônio ligado à enxaqueca"
explica Claudia Klein. Além disso, a especialista afirma que pior do que o consumo desses alimentos, é ficar em jejum por tempo prolongado - mais de 4 horas sem comer - ou ter uma alimentação baseada em frituras e doces, por isso, ter um cardápio equilibrado e controlado é uma ótima medida preventiva.
- Tabagismo
Que fumar é uma bomba para o organismo, todo mundo já sabe. A novidade é que, além de todos os males, a nicotina ainda é associada à alteração da circulação sanguínea e enrijecimento dos vasos sanguíneos, o que, segunda a neurologista Claudia Klein, também pode acabar provocando a enxaqueca.
Além disso, um recente estudo norueguês publicado pela revista médica Neurology avaliou seis mil estudantes e descobriu que o tabagismo, associado ao sobrepeso e ao sedentarismo, triplica as chances de jovens desenvolverem enxaqueca.
Os autores disseram não ter ficado claro se esses fatores do estilo de vida provocam a cefaleia ou se eles agem mais como desencadeadores em jovens já vulneráveis. Pelo sim, pelo não, é melhor prevenir e ficar longe do cigarro.
- Ser sedentário
Um dos grandes males da população, o sedentarismo afeta em muitos aspectos a qualidade de vida. Além de contribuir para o surgimento de obesidade, hipertensão, diabetes e problemas cardíacos, o sedentarismo é uma porta aberta para a enxaqueca.
Uma pesquisa conduzida na Suécia demonstrou que pessoas que se envolvem em um programa de atividades aeróbicas apresentam queda significativa na frequência e intensidade das dores de cabeça crônicas e enxaqueca.
O programa de treinamento aplicado na pesquisa consistia em treino de 40 minutos de bicicleta ergométrica praticada três vezes por semana.
"A pessoa que sofre de enxaqueca já tem uma produção baixa de serotonina, e os exercícios físicos estimulam a produção desse hormônio. Se a pessoa não fizer nenhum tipo de atividade que compense essa baixa, vai ser difícil reverter o quadro"
explica a neurologista Claudia Klein.
- Consumir álcool
Como a enxaqueca é um problema de origem vascular, cuja dor é provocada pela contração e dilatação dos vasos sanguíneos, o consumo de bebidas alcoólicas pode ser uma opção ruim para quem lida com o problema.
A especialista Claudia Klein explica:
"As bebidas alcoólicas quando ingeridas em excesso provocam dilatação dos vasos do corpo e do cérebro, o que acaba acentuando o incômodo da enxaqueca."
- Se render ao estresse
Tudo o que gera estresse e desequilíbrio para o organismo pode agravar a enxaqueca de quem já tem predisposição. Trabalho em excesso, ficar sem comer por muito tempo, nervosismo, insônia ou dormir pouco, chateação e outros problemas emocionais podem ser uma porta aberta para a dor incômoda.
Quem sofre com os dramas do estresse, deve procurar tratamento. Buscar métodos, como massagem e acupuntura, e dar mais valor ao momentos de lazer e relaxamento são atitudes importantes.
"A acupuntura é bem eficiente, pois provoca microestímulos que ajudam o corpo a recuperar o equilíbrio de forma natural"
garante a neurologista Claudia Klein.
Fontes: www.sadia.com.br / www.minhavida.com.br
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