A catarata é uma patalogia dos olhos que consiste na opacidade parcial ou total do cristalino ou de sua cápsula. Pode ser desencadeada por vários fatores, como traumatismo, idade, Diabetes mellitus, uveítes, uso de medicamentos,etc.. Tipicamente apresenta-se como embaçamento visual progressivo.
É uma doença conhecida há milhares de anos e sua cirurgia já é realizada há séculos. Atualmente, a técnica cirúrgica mais moderna para o tratamento da catarata, consiste da remoção do cristalino por microfragmentação e aspiração do núcleo, num processo chamado Faco-emulsificação, e posterior implante de uma lente intra-ocular.
A evolução da técnica permite hoje incisões muito pequenas, entre 2 e 3 milímetros, o que dispensa a necessidade de sutura e possibilitando assim, que o paciente seja submetido à cirurgia de catarata com anestesia tópica (apenas colírios), saindo da sala de cirurgia já enxergando, com uma visão bem próxima da visão esperada, a qual costuma ocorrer em cerca de 1 mês após a cirurgia.
Nos animais
A catarata é um problema oftalmológico também em muitos animais, levando à cegueira. As principais causas são genéticas, inflamação no tecido intra-ocular, males da retina, traumatismo, diabetes e a idade.
As causas são também, na maioria das vezes associadas à idade do animal: se até 2 anos deve ser congênita (como o estado de saúde materno) ou hereditária; entre 2 a 5-6 (catarata juvenil), pode ter causas diabetogênicas, traumas, etc.); a partir dos 6 anos nos cães, ou 20 anos nos cavalos, a catarata é senil.
Algumas raças caninas são propensas à doença, dentre as quais o Afghan Hound, Beagle, Cavalier, Cocker Spaniel, Golden Retriever, Husky Siberiano, Pastor Alemão, Pointer, Poodle (Toy e Miniatura}, entre outros.
Não há outro tipo de tratamento, além do cirúrgico, com índice de sucesso em torno de 90%.
Catarata na Infância
A catarata congênita e as de desenvolvimento infanto-juvenil se apresentam do nascimento até os 10 anos de idade, são comuns e passíveis de tratamento, mas o prognóstico visual depende da precocidade do diagnóstico. As bilaterais, quando totais, se não operadas até 3 meses de vida, em geral acarretam nistagmo e ambliopia. As monoculares, além da ambliopia, favorecem o aparecimento do déficit fusional e do estrabismo entre 6 meses e 2 anos de idade. Aproximadamente 40% das cataratas de infância não tem uma causa determinada, mas as mais frequentes são a hereditariedade, infecções intrauterinas (como a rubéola) , galactosemia, artrite reumatoide, hipoparatireoidismo, diabetes, doença de Fabry e algumas síndromes, como a de Lowe na qual pode haver glaucoma associado.
Um teste importante a ser feito até pelo pediatra é a avaliação do reflexo vermelho através da pupila com um oftalmoscópio a uma distância de 25 cm, focalizando-se a opacidade que aparece escura ao exame. Se o cristalino se mantiver relativamente transparente até os 6 meses de vida, mesmo que posteriormente se opacifique, o prognóstico visual pós-tratamento será melhor.
As cataratas polares, pequenas e pontuais, mesmo centrais, poderão ser tratadas durante certo tempo com dilatação pupilar entre outras condutas clínicas, obtendo-se o desenvolvimento da acuidade visual, até a ocasião apropriada para a indicação cirúrgica. As nucleares e densas, tipicamente congênitas hereditárias autossômicas dominantes, frequentemente estão associadas a um certo grau de microoftalmo (olho diminuído). A intervenção cirúrgica nas cataratas bilaterais incapacitantes deve ser precoce, no mesmo dia ou no máximo com uma semana de intervalo sob risco do 2º olho tornar-se amblíope.
As crianças abaixo de 4 anos fazem frequentes reações as lentes intraoculares mas acima desta idade o implante é comum. A opção de lente de contato descartável com um grau empírico pode ser uma conduta já ao termino da cirurgia, no centro cirúrgico, em ambas as situações. O acompanhamento rigoroso com a atualização frequente da refração entre outros cuidados clínicos e a orientação dos pais faz-se mister. O estrabismo pós-operatório é presente em ¼ dos operados, o glaucoma ocorre em até 10% e a ambliopia parcial é regra geral.
Como se Desenvolve a Catarata Senil
É inevitável que, com o correr dos anos, o ser humano venha a ter catarata. A catarata é a perda da transparência do cristalino. Em geral, ela começa a aparecer depois dos sessenta anos, porém esse processo pode ter início mais cedo. O envelhecimento natural das células do cristalino é a causa mais comum da catarata, embora existam outras origens: hereditariedade, traumatismo, doenças sistêmicas, congênitas, medicamentos e infecções oculares. Não há nenhum método capaz de evitar ou prevenir a catarata.
O único tratamento eficaz conhecido até hoje é a intervenção cirúrgica. O seu aparecimento não pressupõe a necessidade imediata de cirurgia. Algumas cataratas são lentas e outras progridem com maior rapidez. A catarata não é como alguns pensam, uma membrana que cresce sobre a córnea e que é retirada através de uma "raspagem"; a isso dá-se o nome de Pterígio. A baixa da visão provocada pela catarata só poderá ser recuperada pela remoção do cristalino opacificado e a introdução de um cristalino artificial (Lente intra-ocular).
Quando Operar?
A decisão sobre quando operar deve ser tomada em conjunto pelo médico e o paciente. No passado havia a necessidade de esperar a catarata "amadurecer" para indicar a cirurgia, em função da técnica que era utilizada. Hoje com as novas técnicas cirúrgicas, quando a pessoa começa a não fazer o que gosta e muda a maneira de viver em função das limitações impostas pela catarata, está na hora de se submeter ao procedimento cirúrgico. A idade avançada ou as condições físicas precárias não constituem obstáculo à cirurgia de catarata, até porque a reabilitação da visão proporciona melhora física e atitude mental mais positiva.
A Cirurgia
O implante intra ocular na cirurgia de catarata foi o maior avanço da Oftalmologia nos últimos 20 anos. As novas técnicas cirúrgicas permitem colocar essa cirurgia como uma das de maior eficiência na medicina atual, com mais de 90% de sucesso funcional nos grandes centros e em clínicas especializadas. A cirurgia é realizada em centro cirúrgico sob sedação com anestesia local com assistência do anestesista. O seu tempo de duração é em média de 15 a 20 minutos e o paciente permanece na clínica em torno de 3 a 4 horas.
O Pós-operatório
O paciente não sente dor nem durante, nem depois da cirurgia. Orienta-se repouso relativo no pós-operatório imediato. O curativo é retirado no dia seguinte em casa quando então inicia-se o uso dos colírios. O paciente pode retornar as suas atividades precocemente evitando esforços físicos. Após um mês ou mais, já está apto a realizar a cirurgia no outro olho, caso haja indicação, e óculos complementares, basicamente para perto, serão prescritos.
Após a alta, meses ou anos após, poderá haver a necessidade do uso de YAG-laser para a abertura da cápsula posterior, se esta estiver opacificada. Revisões anuais estarão indicadas.
Fonte: Wikipédia / Wellington Santos
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