A grafologia é usada por várias empresas para contratar ou avaliar os seus funcionários. Esse dado revela a importância que a técnica vem ganhando nos últimos anos. O termo, que significa o estudo da grafia, parte da premissa de que, como o cérebro é a fonte da escrita e só os humanos detêm essa capacidade, o jeito de ser e as emoções atuam sobre o gesto gráfico. Em outras palavras, as minúcias que aparecem no papel manifestam processos mentais inconscientes.
São muitos os critérios de avaliação: de interrupções bruscas a torções e formas das letras, passando por inclinações, força sobre o papel e disposição das linhas. Aspectos como sociabilidade, capacidade de concentração e objetividade também são analisados. É possível usar a prática para vários fins, inclusive autoconhecimento ou julgamento de terceiros. "Há quem recorra ao método para escolher um parceiro".
O que vale é o conjunto
A grafologia não é uma ciência exata, e sim humana. Nenhum detalhe é visto isoladamente. Trata-se de uma técnica que utiliza teorias médicas e psicológicas para realizar e justificar suas interpretações. Se nossa maneira de andar e falar reflete como somos, por que a escrita não teria esse poder? É uma forma única de expressão, quase como uma digital, que se manifesta inconscientemente.
Mas como explicar que a letra mude com o passar dos anos e a essência do indivíduo, não? Para os nossos olhos treinados, essa alteração não reflete na grafia. A escrita continua a mesma, só que com algumas adaptações em função da idade.
O comando vem da cabeça
Para os estudiosos, é o cérebro que escreve, e não a mão da pessoa. O perigo de se analisar apenas algumas características da letra, sem uma aplicação mais aprofundada e completa, é errar nas conclusões. Mais de 300 características são observadas pelo profissional, tanto que a consulta demora, no mínimo, quatro horas.
Para um diagnóstico benfeito há exigências: documento original, escrita com caneta esferográfica azul ou preta, folha de sulfite e 20 linhas de texto, sempre com assinatura no final. Dados como idade, estado civil, grau de instrução e remédios ingeridos também são solicitados.
Área médica
A escrita pode ajudar a identificar algumas doenças. Segundo estudos realizados, o mal de Parkinson, por exemplo, provoca uma mudança na caligrafia, que torna-se pequena, comprimida e lenta.
Outros diagnósticos são confirmados levando em conta o método - como a esquizofrenia e a histeria, responsáveis pelo rebuscamento nos traços, e a demência, refletida na alternância de padrões acelerados e desacelerados.
A disciplina, chamada grafonômica, surgiu no início da década de 1980 para identificar os processos neuromotores por trás das letras e dos desenhos humanos. É claro que tudo deve ser confirmado por exames clínicos, já que o grafólogo não faz diagnósticos médicos.
Analise a sua escrita
Embora vários aspectos devam ser levados em conta no trabalho grafológico, confira algumas dicas para avaliar sua letra:
Forma da letra: Letras angulosas indicam autodisciplina e senso de dever apurado; já as arredondadas mostram que a pessoa é flexível.
Tamanho da letra: As pequenas sugerem grande capacidade de concentração, visão para detalhes e timidez; as médias representam quem é extrovertido e sociável; se forem excessivamente grandes, revelam preocupação exagerada com o próprio ser.
Inclinação da letra: As inclinadas para a esquerda indicam alguém mais reservado; as verticais, quem utiliza a razão acima da emoção; as inclinadas para a direita, equilíbrio entre essas duas forças.
Tipo da letra: Quando é ilegível, evidencia dificuldade de comunicação ou sentimento de inferioridade; o contrário esconde carência afetiva; falta de pontuação indica personalidade negligente.
Pressão sobre o papel: Quem aperta muito a caneta revela agressividade e resistência para trabalhar arduamente; quando a pressão é leve indica indivíduos sensíveis e místicos.
Fonte: mdemulher.abril.com.br
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