Comidas Exóticas

A comida é um dos jeitos para se conhecer novas culturas. Selecionamos algumas iguarias que podem parecer estanhas, mas são muito populares e consumidas em seus países de origem. Se tiver estômago, siga em frente.

 

Estrela-do-mar e cavalo-marinho fazem parte do cardápio asiático. Nas ruas, barraquinhas vendem as especialidades.

 

Ovo de mil anos: o grande segredo da preparação chinesa é enterrar o ovo de pato com uma pasta de chá, cinzas, limão e sal. Três meses depois, está pronto.

 

Tarântulas vão parar no prato, no Camboja. As aranhas são vendidas nas ruas e nos restaurantes, depois de retirado o veneno.

 

O queijo italiano Maggot ganhou fama. O toque especial são as larvas que decompõem o queijo e emprestam sabor.

 

Os camarões bêbados não recebem esse nome à toa. Eles recebem uma quantidade de álcool , enquanto esperam ser comidos vivos pelos chineses.

 

O canguru é um animal símbolo da Austrália, isso não significa que ele não acabe no prato dos australianos.

 

O balut é o nome dado ao ovo com embrião. Ele é considerado uma iguaria nas Filipinas e é rico em proteínas.

 

O urchin é um fruto do mar muito conhecido no Canadá, que parece uma bolinha com espinhos. A foto mostra o ser que sai de dentro da concha.

 

O cozido de tendões bovinos chinês tem textura de gelatina e pode acompanhar os noodles, o macarrão chinês.

 

O fugu é conhecido no Brasil como baiacu. O chef que prepara o quitute deve ser expert no assunto, já que o veneno do peixe pode matar.

 

O cheesecake de jacaré é preparado com camarões, creme e uma linguiça do animal, que confere sabor amargo para a torta.

 

Os nopales são uma espécie de cacto muito aprecidos no México. Eles também são vendidos em feiras populares.

 

Os chapulines são os petiscos mexicanos, que podem substituir o amendoim e a pipoca. Detalhe: eles são insetos.

 

O natto é muito comum no Japão. Ele é feito com grãos de soja fermentados que quando chega ao prato solta uma baba mal-cheirosa.

 

Sweetbread: pode ser traduzido como pão doce, mas de açúcar não tem nada. Na verdade, o prato europeu é feito com pâncreas fritos.

 

O diferente no turducken é o preparo. A receita norte-americana é um frango recheado dentro de um pato que é colocado dentro de um peru.

 

Os espetinhos feitos com escorpiões são típicos da Tailândia. O veneno é retirado e o esqueleto é enfraquecido para facilitar na hora de comer.

 

Gafanhotos podem significar sorte em algumas culturas, mas na Ásia é comida mesmo.

 

O inseto aparece no cardápio rural brasileiro em certas áreas do Sudeste. A variedade preferida é o içá ou saúva - uma formiga que, dizem, tem um gosto parecido com amendoim. Além de consumida em farofas, ela também pode ser torrada com tempero ou congelada para comer durante o ano. E faz bem! Como vários outros insetos, as formigas são ricas em proteína, têm baixo teor de gordura e alto teor de fósforo. Do outro lado do mundo, os chineses usam formigas para fabricar um vinho que é útil no tratamento de reumatismo e no fortalecimento dos músculos e ossos.

 

Os morcegos que fazem parte do cardápio humano são os que se alimentam de frutas. Escolhidos por não serem venenosos e por sua dieta saudável, os morcegos frutívoros têm baixo teor de gordura e uma carne cuja textura é comparada à dos frangos. Além da caçarola (um guisado com carne, vegetais e batatas), outras boas pedidas (quer dizer, boas pelo menos para os povos asiáticos) são a sopa e a lasanha de morcego. Os entusiastas da carne de morcego acreditam que ela aumenta a potência sexual masculina e as chances de ter uma vida longa e feliz.

 

Eis o lado polêmico da diversidade cultural: para nós, ocidentais, comer esse prato é uma tremenda cachorrada. Mas, entre os coreanos, o cão é considerado bastante energético e, de acordo com a crença, melhora o desempenho sexual dos homens. Além da carne dos au-aus, a sopa leva legumes e tem um cheiro forte, principalmente por causa do tempero - em geral, especiarias como açafrão, cravo e canela. A venda da carne de cachorro já foi proibida por causa de protestos de protetores dos animais. Mas, em países como a Coréia do Sul, a fiscalização é frouxa e muitos restaurantes continuam fornecendo o prato.

 

Na China, as larvas são fritas com cebola cortada e um molho grosso ou misturadas em omelete com ovos de galinha. Se você não curtir a textura tenra do recheio, também dá para comer a crisálida, a "embalagem" da larva, que parece uma casquinha crocante tipo um salgadinho. Na Tailândia, depois de ser incluída na lista de comidas locais, em 1987, a crisálida do bicho-da-seda passou a ser adicionada às sopas na alimentação de crianças nas escolas tailandesas.

 

Séculos antes do Indiana Jones, os africanos já cultivavam o costume de deglutir miolos de primatas. Anote o modo de preparo: primeiro, lave o cérebro (do bicho, claro) com água fria. Depois, acrescente vinagre ou suco de limão, retirando membranas e vasos sanguíneos da camada mais superficial. Conserve em salmoura e, finalmente, ponha a iguaria para cozinhar. Em todas as espécies de macaco, o órgão é rico em fósforo, proteínas e vitaminas. Prefere outros cérebros? Tente o de gorila, considerado afrodisíaco. Na áreas rurais da Europa, fazem algum sucesso os cérebros de porco, de cordeiro e de carneiro...

 

O turu é um molusco de cabeça dura e corpo gelatinoso, tem a grossura de um dedo e vive em árvores podres, caídas. Consumido na ilha de Marajó e no interior da Amazônia vivo e cru, em caldo com farinha ou em moquecas, o bichinho é rico em cálcio e tido como afrodisíaco. O gosto é semelhante ao dos mariscos. O macaco-do-mangue também é um apreciador de turu. Os caçadores sabem disso e abusam, passando pimenta no molusco. Quando o macaco come o bicho, o ardor da pimenta desorienta o primata, tornando-o presa fácil dos caçadores.

 

Nada mais é que um singelo cafezinho. Muito popular na Indonésia. O curioso é o processo de preparação da bebida. As sementes do café são primeiro ingeridas por uma civeta (um bicho parecido com um guaxinim) e coleta-se os grãos que saem nas fezes do animal. Os grãos são limpos e, após o processamento, a bebida é preparada.

 

Prato coreano simples: uma espécie de polvo. Vivo. Como os tentáculos possuem ventosas, há o risco de se fixarem à boca ou à garganta de quem os come, matando por asfixia. Recomenda-se mastigar exaustivamente, para que os pedaços não sejam grandes o suficiente para obstruir a garganta. Algumas pessoas simplesmente adoram a sensação dos tentáculos se mexendo na garganta, e preferem engoli-los mais inteiros.

 

Os hábitos alimentares do sudeste asiático são “campeões”. Mais uma vindo de lá. Durian é uma fruta muito comum na região, chamada de “rei dos frutos” pelos locais. Consiste numa espécie de maxixe gigante, com uma polpa carnuda e… fedorenta. O odor marcante do durian divide as pessoas. Alguns o acham maravilhoso. Mas a maioria o descreve como comparável a cebolas podres, meias usadas, cocô de porco, vômito e afins. O cheiro do durian é tão forte e empesteia tanto, que a fruta é proibida em determinados locais públicos de Cingapura, como em hotéis e no metrô. Durians podem causar acidentes, pois caem do alto das árvores e possuem espinhos. Orangotangos, tigres, elefantes, porcos e esquilos adoram durians. Para ter uma noção do cheiro, veja o teste no vídeo abaixo:

 

Mudando um pouco de continente, estamos agora na Islândia. Hakarl, ou Kaestur Hakarl, significa tubarão fermentado. Trata-se de uma espécie local de tubarão cuja carne é venenosa se consumida de imediato, porém, após um processo especifico, torna-se viável o consumo. Tal processo consiste em cortar a cabeça, retirar as vísceras do tubarão e deixá-lo enterrado em areia, prensado com pedras (para drenar fluidos), fermentando por 6 a 12 semanas. A carne é então cortada em pedaços e deixada secar por meses. Ou seja, carne podre de tubarão. Pronta para o consumo, a iguaria desenvolve um cheiro de amônia tão forte, que os novatos são orientados a tapar o nariz antes de comer, senão é vômito na certa. Apesar de que, dizem, o gosto é bem razoável. Boa parte dos islandeses passam a vida inteira sem comer o Hakarl.

 

Voltando à China, encontramos uma bebida que aqui no Brasil seria imortalizada pelos piadistas de plantão. O recipiente contém um licor forte, com um pênis de veado flutuando no meio. A bebida foi proibida durante as Olimpíadas de Pequim, pois poderia conter substâncias que, se ingeridas por atletas, seriam detectadas no antidoping.

 

Ainda em terras chinesas, a sopa de ninho de pássaro confere aspecto juvenil e retarda o envelhecimento. Pelo menos é o que creem os chineses. Na verdade o ninho do pássaro em questão (Swiflet, não achei tradução) é colocado na panela para se aproveitar a saliva do bicho, que é o tal elixir. Um ninho desses custa a bagatela de 22 dólares, em média. E não tem gosto, por isso é misturado com outro tipo de sopa.

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