As borrachinhas do aparelho são há muito tempo a motivação para crianças e adolescentes fazerem o tratamento. As combinações de cores fazem com que a ida ao dentista seja mais atrativa. Mas há também os adultos que querem uma opção mais discreta e prefere trocá-las com bastante frequência para que não fiquem amareladas.
Deixando a estética de lado, o papel das borrachinhas é segurar o arco ortodôntico aos braquetes, que são aqueles pequenos quadradinhos colados em cada dente. Para que ocorra a movimentação dos dentes é necessário o arco ortodôntico, um fio metálico que é encaixado nos braquetes e preso por meio de ligaduras elásticas, chamadas popularmente de borrachinhas.
Segundo especialista, em geral, as borrachinhas devem ser trocadas mensalmente, tempo necessário para que o organismo responda a ativação ortodôntica realizada na última consulta. Para evitar problemas no tratamento, o recomendado é fazer a troca apenas no consultório. O paciente pode danificar o aparelho e alterar a pressão exercida pela borrachinha, o que pode causar danos irreversíveis aos dentes.
Dependendo do movimento que o ortodontista estiver fazendo, pode retardar ou alterar o tratamento ortodôntico. Cabe ao paciente apenas a escolha da cor da ligadura elástica (borrachinha).
Para quem acha que em um mês as borrachinhas ficam amareladas, basta mudar alguns hábitos, como evitar o consumo de alimentos condimentados e bebidas com corantes, como vinho, café, chá, refrigerantes, maiores responsáveis por descolorir ou manchar as ligaduras elásticas. Uma dica é a ingestão destes líquidos com canudo, fazendo com que não entrem em contato com a ligadura elástica. Também há no mercado modelos estéticos que dispensam o uso das borrachinhas, os aparelhos autoligados.
Aparelhos autoligados são melhores que os convencionais?
Para tratar problemas de crescimento, desenvolvimento e amadurecimento da mordida, face e arcos dentários, a ortodontia se utiliza de aparelhos fixos e ativos, que aplicam força externa para movimentar os dentes ou alterar a forma do maxilar.
A ortodontista controla a força aplicada por meio dos bráquetes, pequenas peças que são coladas em cada dente. Os bráquetes, por sua vez, prendem e seguram um fio metálico, chamado arco ortodôntico, responsável por puxar ou empurrar os dentes e que serve de guia para o alinhamento dentário.
No aparelho fixo comum, o arco ortodôntico fica preso aos bráquetes com a aplicação de uma ligadura elástica — os famosos elásticos coloridos. No modelo autoligado, por outro lado, os próprios bráquetes seguram o fio metálico por meio de um dispositivo interno, dispensando o uso da ligadura.
Essa característica diminui significativamente o atrito gerado entre as estruturas que compõem o aparelho, considerado uma das forças de resistência à movimentação ortodôntica. Por conta disso, muitas empresas e dentistas divulgam o bráquete autoligado como mais eficiente do que o convencional.
Antes de mais nada, é necessário esclarecer que os dispositivos autoligados possuem, sim, algumas vantagens em relação aos modelos que utilizam ligadura, sobretudo no que diz respeito ao conforto dos pacientes. Isso porque a diminuição do atrito permite a aplicação de uma força mais suave e menos incômoda, além de mostrar resultados iniciais mais visíveis até para quem não é especialista.
Por dispensar os elásticos, que tendem a perder a forma rapidamente, os bráquetes autoligados também diminuem a frequência com que o aparelho precisa de manutenções, dispensando algumas visitas ao consultório odontológico e gerando leve economia ao longo do tratamento.
A ausência da ligadura ainda faz com que o dispositivo acumule menor quantidade de placa bacteriana, facilitando a manutenção da saúde oral.
Por outro lado, o custo inicial dos autoligados é bastante superior ao dos aparelhos fixos convencionais, muitas vezes superando a própria economia gerada com a menor quantidade de manutenções. Além disso, a aceleração dos resultados obtidos pelo tratamento é notada apenas na fase inicial do uso do aparelho ortodôntico. Ao fim do tratamento, não há diferenças significativas entre os dois tipos de dispositivo – cerca de 4 meses, apenas.
Portanto, não existe aparelho ortodôntico melhor ou pior. Os problemas ortodônticos devem ser avaliados de acordo com cada caso e sempre com muita atenção da ortodontista, que vai planejar a evolução do tratamento e indicar o dispositivo mais apropriado para o paciente. Se o modelo autoligado for vantajoso para a saúde bucal de seu paciente, a profissional certamente irá recomendar o uso desse tipo de bráquete.
Fonte: saude.terra.com.br / blogkamilagodoy.com.br
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