Você sabia que cerca de 4% da população mundial sofre de algum tipo de transtorno alimentar? Pois é! O número não é pequeno e segue aumentando a cada ano. Desses 4%, aproximadamente 90% é representado por mulheres adolescentes e jovens. Apesar de ser um tema bastante discutido, o problema pode estar dentro da sua casa sem você ao menos desconfiar.
Portanto, para falar sobre o assunto, conversamos com psicóloga Cecília Cruvinel Colmanetti. Confira!
Tipos de transtornos alimentares
A anorexia nervosa, a bulimia nervosa e a compulsão alimentar são os transtornos alimentares mais comuns nos dias de hoje. Durante a anorexia, o indivíduo passa longos períodos sem se alimentar somados a exercícios físicos excessivos, o que o leva a índices de massa corporal extremamente baixos. Na bulimia, a pessoa tende a ter momentos de comilança desenfreada, seguidos de episódios de vômito, numa tentativa desesperada de voltar atrás de tudo o que ingeriu.
Já na compulsão alimentar, busca-se na comida a válvula de escape de problemas do dia a dia, ingerindo diariamente quantidades de comida muito superiores ao normal.
Principais causas
Segundo a psicóloga, existem muitos fatores que podem levar ao desenvolvimento de qualquer um desses problemas. Dentre os mais comuns estão os maus hábitos alimentares, ansiedade, insegurança, baixa auto estima, depressão, dismorfismo, etc. E essa é a grande dificuldade na hora de tratar um transtorno alimentar: muitos fatores psicológicos podem estar envolvidos.
Como tratar?
“Esse tipo de comportamento é um hábito e a reformulação de um hábito é extremamente árduo”
enfatiza Cecília. Tratar de um transtorno alimentar não é tão simples como tratar de uma doença orgânica que simplesmente pode ser curada. O trabalho com um bulímico ou anoréxico deve ser acompanhado durante a vida toda, assim como acontece com um narcótico ou alcoólatra.
“O acompanhamento psicoterápico e psiquiátrico é tão importante quanto a ajuda de um nutricionista e um endocrinologista“
explica. O tratamento de um paciente que apresente esse tipo de transtorno deve ser feito com profissionais de diversas áreas.
Fique de olho!
Durante os primeiros meses, os transtornos alimentares tendem a ser uma doença bem silenciosa. Portanto, é de extrema importância que você fique ligada nos hábitos alimentares dos seus filhos e familiares para que essa situação, caso exista, não passe despercebida.
“Crianças que não comem, nunca ficam saciadas, apresentam sinais de refluxo e ruminação devem ser observadas com atenção”
afirma a psicóloga. Adolescentes e adultos também devem ser observados caso apresentem hábitos fora do comum, como evitar comer em conjunto, optar sempre por comidas calorosas e nunca engordar e até uma preocupação em fazer atividades físicas excessivamente. Uma vez que o problema é notado, é essencial que exista uma conversa com a pessoa que está passando por essa fase, apoiando-a e ajudando-a a procurar um tratamento.
“Fingir que o problema não existe não é a melhor forma de lidar com ele”
finaliza Cecília.
Fonte: papofeminino.uol.com.br
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