Como criar coelhos em casa

Quem adora bichos, acaba entrando na onda da Páscoa e leva um coelho para casa. Só que decisões tomadas no impulso podem ser desastrosas para o bichinho. Veterinários relatam que atendem muitos casos de filhotes de coelhos doentes logo após o feriado.

Eles dizem que normalmente atende esses animais recém-comprados com diarreia (por alimentação inadequada) e extremamente desidratados. Alguns chegam ao óbito por esses motivos.

Antes de levar um coelhinho para casa, a pessoa deve se certificar de todos os cuidados que o bicho precisa. A dica para não ter problemas é começar pela escolha do filhote. Um coelho saudável tem o pelo bonito, sem áreas com falhas, olhos vivos e é bastante ativo.

 

Se você quer levar um roedor para casa, veja alguns cuidados necessários:

- No Brasil não há vacinas disponíveis para coelhos;

- Mantenha o animal em um ambiente seco, protegido de extremos de temperatura (principalmente do calor); Coelhos lidam com o frio muito bem, por isso, se você estiver em um clima frio, isto não é um problema. Porém, o calor é uma outra questão, e o coelho e terá que ser vigiados para ter certeza que ele não sobreaqueça.

- Dê o alimento certo: ração específica, vegetais, verduras e frutas em pequenas quantidades;

- Deve-se tomar muito cuidado em relação à quantidade de fibras (verduras) na dieta do coelho, pois se oferecidas em pequenas porções, podem causar diarreias a curto prazo e problemas dentários, a longo.

- Não segure o coelho pelas orelhas. Elas são cheias de veias e artérias. É por meio delas que o coelho perde calor. Apertando as orelhas, a pessoa pode causar hematomas, que levariam a dor intensa e à perda temporária dessa capacidade de troca de temperatura. O animal pode até ter uma crise de hipertermia, que pode ser fatal.

- Compre uma gaiola média, grande ou até um cercado. Uma gaiola pequena é ruim para o bem-estar do animal, pois ele faz pouco exercício físico e fica com maior predisposição à obesidade.

- Quando for solta-lo em casa, fique de olho. Não o deixe solto se não tiver ninguém supervisionando. Caso contrário, ele vai roer tudo ao seu alcance, inclusive móveis e fios de eletricidade, podendo tomar choques e ter queimaduras.

Dê uma surpresa para eles de vez em quando, como cenouras ou feno. Existem também alguns tipos de doces comprados em lojas para animais que são boas, e seu coelho pode gostar deles. Nunca alimente seu coelho com couve-flor. Vai causar-lhes gases e coelhos não têm qualquer forma de soltar os gases.
Cuidar de coelho também significa dar brinquedos a ele. Brinquedos de gato funcionam bem, especialmente bolas com sinos dentro. Coelhos maiores vão brincar até com garrafas e latas de refrigerante. Eles também vão mastigar essas coisas e isso irá ajudar a evitá-los mastigar as coisas da sua casa!

Sempre certifique-se o seu coelho tem uma gaiola grande o suficiente para acomodá-lo. Isso é importante, seja dentro ou fora da casa. Eles precisam ter espaço suficiente para se deitar, sobretudo se forem dentro de casa e você vai colocá-lo na gaiola quando não estiver em casa. Esta é a opção mais segura para o coelho também.

Sempre preste atenção à saúde do seu coelho. Coelhos são propensos a constipações e ácaros (principalmente em suas orelhas). Constipações podem ser tratadas com um antibiótico ou o medicamento Vet RX, que pode ser encontrado na maior parte das lojas de alimentos ou no seu veterinário. Ácaros ou pulgas pode ser tratados com algum medicamento que pode ser utilizado em gatos! Cuidar de coelhos pode significar uma ida ao veterinário.

Se o seu coelho que vive dentro de casa vai brincar do lado de fora, certifique-se de ter o seu quintal protegido! Sempre fique com eles também; não os deixe num quintal com cercas sozinho. Coelhos adoram cavar e eles vão passar por debaixo das cercas e sair do outro lado rapidamente! Ter um quintal cercado também vai proteger o seu coelho de quaisquer predadores como gatos ou cachorros do vizinho. É uma boa idéia tratar o seu coelho contra pulgas, como mencionado acima, antes de deixá-lo ir ao quintal. Eles são tão suscetíveis a pulgas e piolhos como qualquer outro animal de estimação.

Se você decidir treiná-lo a usar o litter (banheiro), lembre de ser paciente com ele. Eles vão aprender, mas pode levar algumas semanas, especialmente se o seu coelho é mais velho. É importante lembrar de deixar a sua casa "à prova de coelhos" também. Há duas coisas principais a se preocupar sobre isso. A primeira são os fios elétricos. Sempre certifique-se de que todos os fios elétricos estão guardados ou afixados à parede para que o coelho não os alcance. Eles vão mastigá-los naturalmente, então isso é muito importante para a segurança do coelho! Muitas vezes, protetore de plásticos feitos para proteger crianças vão funcionar para o coelho também.

Cuidado com os dutos. Muitas casas têm dutos no chão. Existem várias precauções a se tomar com eles. Primeiramente, o seu coelho pode confundir o ralo com o seu litter; têm sons estranhos e buracos. A última coisa que você vai querer é que o seu coelho urine no seu duto aquecedor. Também é perigoso que o seu coelho prenda uma pata no ralo se o seu coelho correr por cima do mesmo. Isso pode assustá-los e é assim que os coelhos quebram as costas. Quando assustados, eles entram em pânico e começam a rodopiar, sem perceber que estão machucando a si próprios. É algo que ninguém quer lidar, então ter uma cobertura ou algo para tampar os dutos e ralos é uma ótima idéia.

Finalmente, é muito importante manusear o seu coelho. É importante acostumá-lo com a maneira que você vai o segurar. Sempre ceritfique-se de carregá-lo com segurança, com as suas patas dobradas. Isso o deixará mais seguro. Acostume-o a ser virado de costas. Isso ajudará para quando você tiver que cortar as unhas das patas no futuro. (As unhas podem ser cortadas com cortadores para gatos, e podem ser feitas uma vez por mês.) É importante começar a fazer isso em uma idade jovem para que eles se acostumem. Também vai formar um forte vínculo entre você e seu animal de estimação.

Quando você trouxer um coelho pra casa, ele vai ficar assustado. Mesmo ele ficando dentro ou fora da casa, isso vai ser verdade. Dê a ele algumas semanas para se acostumar ao seu entorno e à sua família. Isso é especialmente válido com relação aos outros animais de estimação da família. Dê a ele algum tempo, e vá devagar, e você vai criar um ambiente seguro para o seu coelhinho e para você mesmo. Lembre-se que o seu coelho pode viver de 4 a 10 anos, então se prepare para um longo compromisso.

 

História e características físicas

O coelho é um animal peludo de longas orelhas e rabo curto e fofo. Os coelhos não andam ou correm como maioria dos outros animais de quatro pernas. Um coelho move-se através de saltos das pernas traseiras, que são mais longas e fortes que as pernas dianteiras. O animal também utiliza as pernas dianteiras quando se move. O coelho usa as pernas dianteiras como usamos as mãos para saltar de quatro. Quando perseguido por um inimigo, o coelho pode alcançar a velocidade de 100 km/h. Muitas crianças têm coelhos como animais de estimação.

Coelhos e lebres são muito semelhantes e muitas vezes confundidos. Algumas vezes são designados incorretamente. Em sua maioria, os coelhos são menores que as lebres e têm orelhas mais curtas. Os animais podem ser reconhecidos por ocasião do nascimento. Um coelho recém-nascido é cego, não tem pelos e quase não pode mover-se. Uma lebre recém-nascida enxerga, tem uma pelagem bonita e pode saltar algumas horas depois de nascida. Além disso, os ossos do crânio do coelho têm tamanho e forma diferentes dos do crânio da lebre.

Não há dúvidas ou controvérsias de que todos os coelhos domésticos descendem do coelho selvagem europeu (Lepus cuniculus). Basta fazermos uma comparação e veremos que não há diferenças apreciáveis entre eles, tanto nas suas formas, fisiologia ou hereditariedade, exceto quanto ao carater calmo do doméstico e o arisco do selvagem. É fato conhecido que, se soltarmos coelhos domésticos nos campos, eles logo se tornarão selvagens, enquanto que, se prendermos alguns filhotes de coelhos selvagens, eles ficarão mansos e fáceis de domesticar, mas conservando uma grande tendência ao retorno à vida selvagem. Nenhum outro animal, com exceção, talvez, do cachorro, sofreu, durante seu processo de domesticação, tantas transformações como os coelhos.

Do coelho selvagem europeu, foi obtido um grande número de raças de diversas cores e pesos, chegando os coelhos Gigantes de Flandres a atingirem mais de 9 quilos, o que representa 5 vezes mais do que o peso do coelho selvagem. Além disso, sofreu profundas modificações na cor do manto, na cor dos olhos e no comprimento do pelo e das orelhas. Já 2 600 anos antes da era cristã, segundo Charles Darwin, Confúcio, o grande sábio chinês, se referia à existência do coelho na China.

Os coelhos selvagens têm pelagem grossa e macia, acastanhada ou acinzentada. A pelagem do coelho domesticado pode ser preta, castanha, cinza, branca. ou apresentar combinações dessas cores. Um coelho selvagem adulto atinge de 20 a 35 cm de comprimento e pesa de um a 2,5 kg. Os coelhos de criação podem ser bem maiores e pesar mais de 2,5 kg. As fêmeas geralmente são maiores que os machos. a maioria dos coelhos vivem mais de quatro ano em estado selvagem, porque tem uma velocidade imensa contra os inimigos. Muitos coelhos criados como animais de estimação vivem até dez anos.

Os olhos do coelho ficam nos lados da cabeça. Em consequência, o animal pode ver objetos situados atrás dele ou dos lados melhor do que se estiverem à sua frente. Os coelhos podem mover as longas orelhas de uma vez ou separadamente, para captar sons, ainda que fracos, vindos de qualquer direção. Os coelhos também dependem de seu olfato aguçado para alertá-los do perigo. O coelho parece movimentar o nariz ininterruptamente.

Os coelhos eram antigamente classificados como roedores. Como os castores, camundongos e outros roedores, têm os dentes bem adaptados para roer. Mas, ao contrário dos roedores, têm um par de pequenos dentes atrás dos dentes superiores dianteiros.

A cauda do coelho tem cerca de 5 cm de comprimento e é coberta de pêlo macio e fofo que a faz parecer redonda. A pelagem da parte inferior da cauda da maioria das espécies de coelho tem cor mais clara do que a da parte superior. Os coelhos-de-rabo-de-algodão da América do Norte são assim chamados pela cor branca ou cinza-clara da pelagem da parte inferior da cauda.

 

Conheça algumas raças de coelhos:

Ele é um animal muito dócil que se apega aos donos e convive tranquilamente com as crianças. Também é inevitável certa preocupação sobre transmissão de doenças. O risco realmente existe, mas pode muito bem ser afastado. Mantenha o bicho longe do rosto e lave bem as mãos após o contato com as fezes ou o manuseio da gaiola.

A avaliação periódica por um veterinário especializado também preserva a saúde e evita as zoonoses. Entre as doenças mais comuns estão a sarna, a toxoplasmose, a conjuntivite e a diarreia. Infelizmente não existem vacinas para esses animais. Por isso prevenção é a palavra-chave.

Os cuidados com a criação não são nada complicados. O coelho pode viver em uma gaiola, colocada em um local livre de correntes de ar e de sol direto. Forre o chão com feno ou serragem de madeira, próprios para absorver dejetos e evitar alergias. É bom trocar a forragem duas vezes por semana e usar uma mistura de água e vinagre para remover depósitos de cálcio eliminados pela urina.

Quanto à dieta, já existem rações peletizadas e balanceadas para coelhos. Mas o cardápio deve ser complementado com verduras escuras e alfafa seca. Vegetais duros, como a cenoura, também são importantes para o desgaste necessário dos dentes. E claro: um bebedouro com água limpa tem que estar sempre à disposição. Sob supervisão, os coelhos podem (e devem!) ficar soltos para se exercitarem. Mas fique de olho. Eles costumam roer fios elétricos, o que é pra lá de perigoso.

Quando alimentá-lo sempre certifique-se de manter sua dieta consistente. Coelhos não gostam quando seus alimentos são trocados com frequência. Dar-lhes uma sólida gama de alimentos é a melhor aposta. Se você tem uma raça de coelho menor, evitar tipos de alimentos que contêm uma grande quantidade de milho e de alta proteína. Tente manter o percentual de proteína em torno de 16% a 17%. De fato, menos proteínas é melhor para todos os animais de estimação, a menos que seja uma mãe amamentando. Além da comida, a água é o nutriente mais importante para um coelho. Sempre certifique-se de ter água fria fresca!

A maior parte dos coelhos come e mostra-se ativa do anoitecer ao amanhecer, e passa o dia descansando e dormindo. O coelho come muitas espécies de plantas. Na primavera e no verão, seu alimento são folhas verdes incluindo trevos, capins e outras ervas. No inverno, come galhinhos, cascas e frutos de arbustos e árvores. Os coelhos às vezes causam prejuízo à lavoura porque mordiscam os brotos tenros de feijão, alface, ervilha e outras plantas. Também danificam árvores frutíferas porque roem sua casca. É ressaltar que os coelhos têm a cenoura como a base de sua alimentação. Não devem, em hipótese alguma, comer alface, pois esse vegetal pode causar diarreia.

As doenças dos coelhos

Conheça os principais problemas que o coelho é capaz de transmitir:

  • Dermatofitose: Mais conhecida como micose, é uma infecção de pele causada por fungos.
  • Doença de Lyme: Os coelhos podem carregar carrapatos infestados pela bactéria causadora do mal. A picada desses insetos, então, provoca desde irritações na pele, náuseas, febre e cansaço até problemas cardíacos e artrite.
  • Salmonelose: Causada por bactéria, a doença é transmitida por meio do contato com as fezes do animal. Nos seres humanos os sintomas são dor abdominal, febre e diarréia.

Os coelhos podem contrair tularemia, doença transmissível ao homem que lida com coelhos doentes. Outra doença, a mixomatose, antigamente só ocorria naturalmente em algumas espécies da família do coelho, existentes na América do Sul. Mas o homem a introduziu na Austrália com o propósito de reduzir o número de coelhos selvagens europeus naquele país, onde, pela procriação rápida, causavam prejuízos às plantações.

 

Reprodução

A gestação da coelha dura cerca de 30 dias. Geralmente nascem quatro a cinco láparos (filhotes de coelho) por vez, mas esse número varia de dois a nove. Os filhotes não enxergam nem ouvem, e não têm pêlo. A mãe os mantém no ninho que cava no solo. Ela pode não ficar no ninho, mas permanece sempre perto. Forra o ninho e cobre os filhotes com capim e com pêlos, que arranca do próprio peito com os dentes. A cobertura esconde os coelhos recém-nascidos e ajuda a mantê-los aquecidos. Quando os láparos têm cerca de dez dias, já podem ver e ouvir, e possuem pêlos macios.

Cerca de duas semanas, depois do nascimento, quando já têm uns 10 cm de comprimento, os filhotes crias deixam o ninho e escondem-se entre folhas e ervas altas. Geralmente cavam suas primeiras tocas próximo ao ninho. A coelha raramente cuida dos filhotes por mais de algumas semanas depois do nascimento. Algumas fêmeas do coelho-de-rabo-de-algodão começam a formar suas próprias famílias com menos de seis meses de idade.

 

Criadora dessa espécie Raquel Munayer dando dicas para quem quer ter esses companheiros em casa.

Ter um coelho é a mesma coisa que ter um gato ou um cachorro. Nós esperamos que você tenha gostado de aprender como criar e cuidar do seu coelho. É preciso muita dedicação, mas também vai te trazer muitos anos de felicidade e alegria!

Fonte: entretenimento.r7.com / saude.abril.com.br / www.comofazertudo.com.br / pt.wikipedia.org

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