Em uma sociedade onde as crianças passam a maior parte do tempo dentro de casa sob a influência da televisão, vídeo-game e computador, o esporte e a prática de atividades físicas se tornam algo secundário. Cabe aos pais incentivar os filhos desde pequenos a criar o hábito de se exercitar.
Para escolher a melhor opção em cada fase da vida, é fundamental conhecer as diferentes opções de esportes, sabendo o melhor para o desenvolvimento biológico, social e físico para cada idade.
Para encontrar a atividade mais adequada para cada período da infância, é importante respeitar o estágio de desenvolvimento neuropsicomotor da criança de acordo com sua faixa etária.
De acordo com especialistas, até a criança completar um ano de vida é indicado que as atividades básicas sejam caminhar e nadar. A mãe pode presenciar e acompanhar o bebê tendo aulas junto com o filho. Isso, além de beneficiar ambos, aproxima ainda mais a mamãe do pequeno melhorando o vínculo maternal. A natação é um dos esportes mais indicados principalmente para os bebês, uma vez que ajuda a trabalhar o sistema respiratório e a melhorar o desenvolvimento motor, o equilíbrio e a postura.
De 1 a 6 anos, além da natação, o médico indica que a criança suba e desça escadas como forma de se exercitar e dominar os diferentes espaços, aumentando assim sua percepção de lugar.
Entre 6 e 12, os pais já podem ingressar a criança em uma escola de esportes para que ela possa aprender técnicas e regras, verificar suas aptidões físicas e estimular a competitividade. Esportes como vôlei, futebol e basquete trabalham o aspecto psicológico, auxiliando a criança a trabalhar em equipe, conviver com diferentes tipos de personalidades, aprender a perder e ganhar.
A musculação, uma das atividades mais procuradas pelos adolescentes exige cuidados redobrados, pois pode causar lesões nas articulações. Com acompanhamento médico, as meninas podem começar somente entre os 12 e 14 anos (após a primeira menstruação) e os meninos entre os 15 e 16 (após o estirão de crescimento).
É muito importante que a criança aprenda desde cedo a importância da prática da atividade física, pois além de estimular o corpo auxilia na mente, se tornando uma ótima terapia para os pequenos. O sono melhora, a criança aprende a se interagir em grupo e cria amizades, ampliando assim o ciclo social.
Hábitos saudáveis adquiridos desde cedo ajudam a criança a ter uma melhor qualidade de vida quando adulta, prevenindo possíveis doenças causadas pelo sedentarismo.
Mães e bebês aprendem juntos dentro d’água
A natação para os bebês é uma atividade muito benéfica tanto para a saúde do bebê como também para contribuir que a criança aprenda a nadar desde cedo. Quando a mãe participa junto com a criança essa atividade pode se tornar ainda melhor.
A participação da mãe nos primeiros meses com a criança é muito importante. Se ela puder participar, dos seis meses aos dois anos, todo o lado afetivo, a parte carinhosa da criança são desenvolvidos. O fato de a criança estar junto com a mãe é muito bom, pois faz com que ela se sinta muito mais segura.
Com a natação, a criança desenvolve a parte psicomotora. A natação utilitária é o momento em que a criança passa a se sentir mais a vontade na água, não ter medo, e os pais também ficam mais tranquilos. Além disso, é possível realizar a hidroterapia, feita também desde os seis meses de idade, assim que o pediatra libera a criança.
A maior parte dos bebês, logo após o nascimento, é retirada de perto das mães, o que cria um afastamento. Com a mãe participando, se faz um resgate do útero materno juntamente com a água aquecida. Por meio da água, dos movimentos e das técnicas utilizadas a criança se solta mais e consegue fazer mais facilmente os movimentos dos braços, pernas e do corpo como um todo. A criança começa a abrir mais as mãozinhas, se soltar e começa a fazer um trabalho mais global.
6 anos: seu filho começa a praticar esportes
Aos 6 anos seu filho já pode ser matriculado em uma escolinha de futebol ou vôlei, por exemplo. Somente a partir dos 6 anos a criança adquire coordenação e entendimento para atividades físicas estruturadas, como os esportes. Antes disso, os pais podem brincar com uma bola, raquete, na piscina, mas sem tentar desenvolver aptidões esportivas.
Nessa fase da vida infantil ele também já terá despertado interesse por videogames ou pelos joguinhos do seu notebook. Jogos eletrônicos e computadores fazem parte, cada vez mais, do dia a dia das famílias e, consequentemente, das crianças. Na medida do possível, esse tipo de diversão deve ser muito bem regulada pelos pais, evitando que se torne a fonte principal de brincar da criança. O mesmo vale para a TV que é basicamente passiva. Se for para ficar em casa, em um dia chuvoso, ofereça livros, papel, lápis, tesoura sem ponta.
Veja outras dicas do pediatra para as mamães:
Brincadeiras e estímulos
- esportes
- videogames, computadores e TV com moderação
Não dê ouvidos a regras fixas, muito menos a modismos. Siga os seus valores pessoais e familiares, ouvindo sua emoção.
Seu filho já é capaz de (desenvolvimento da criança)
- desenha bonecos com cabeça, rosto, tronco, membros e mãos
- começa a distinguir o lado direito do esquerdo, o ontem do amanhã, manhã e tarde.
Dê olho na alimentação
- Se a criança não quiser comer nada, relaxe e não dê nada. Espere que tenha fome e que coma.
- Se informe sobre valores nutricionais dos alimentos. Existe muita mitologia nessa área. Na dúvida, prefira alimentos frescos a industrializados, faça um prato multicolorido, use pouca gordura animal, pouco sal e pouco açúcar refinado na alimentação.
Natação reduz os riscos de afogamento
Quem tem filhos pequenos precisa ficar atento! Os afogamentos são a segunda causa de morte e a oitava de hospitalização, por acidentes, na faixa etária de 1 a 14 anos. Para crianças que estão começando a andar, três dedos de água já representam um grande risco. Por isso é importante que desde cedo a criança se familiarize com a água.
Sempre é tempo de aprender. A idade mínima para que as crianças iniciem na natação é seis meses. E quanto mais velha a pessoa vai ficando, mais difícil se torna o aprendizado, devido aos medos e fobias desenvolvidos com o tempo. Ele explica que nas aulas para bebês ocorrem diversas formas de estímulos motores, visuais, auditivos e verbais, para que eles aprendam de uma forma diferenciada. É realizado também um pré-estímulo motor nas crianças que ainda não andam, pois dentro d’água o bebê acaba realizando movimentos que não faz fora d’água. E a adaptação ao mergulho também faz parte da aula. Realizamos exercícios para condicionar a criança a estar preparada a bloquear a respiração quando seu rosto estiver em contato com a água.
Até os dois anos, os pais podem acompanhar os filhos durante as aulas. Após essa idade, o ideal é que as crianças façam sozinhas, com a supervisão de um professor, mas os pais podem ficar por perto para observar o desenvolvimento. Eles também são orientados sobre riscos e procedimentos de segurança no caso de presenciarem um afogamento. É necessário, acima de tudo, manter a calma, para tirar imediatamente a criança da água e então buscar uma ajuda especializada para que sejam realizados os procedimentos de emergência.
Além de ensinarem as crianças a reagirem rapidamente no caso de quedas em piscinas, especialmente quando estão longe de adultos, as aulas de natação costumam ser muito divertidas para os pequenos. Existem aulas específicas nas quais as crianças, de uma forma lúdica, são colocadas em situações semelhantes de perigo. Procuramos orienta-las sobre o que fazer nessas situações, assim as treinamos para possíveis situações reais.
Em algumas aulas, por exemplo, as crianças praticam atividades aquáticas usando as roupas do dia a dia, cujo peso dentro d’água interfere consideravelmente nos movimentos, dificultando a saída da piscina sem ajuda no caso de emergências. O uso de roupas em determinadas aulas é uma forma de simular a sensação de queda na piscina. Quando a criança desenvolve o hábito de nadar de roupa, fica muito mais fácil se salvar sozinha em uma situação desse tipo. Nas aulas são realizadas brincadeiras, além de muitas orientações para os pequenos e seus responsáveis sobre riscos e procedimentos de segurança.
Como são as aulas
As aulas para bebês são cuidadosamente formuladas. Normalmente são mais curtas, têm a duração de até 45 minutos, e a presença de um dos pais é indispensável até, mais ou menos, os três anos. É preciso alguém de confiança para entrar na água com o bebê. Um dos pais fica praticamente o tempo todo. Em alguns momentos a criança fica com o professor. As atividades são colocadas aos pais e eles executam com seus filhos.
O professor orienta as atividades – que devem ser prazerosas – de acordo com a idade de cada bebê. É mostrada a melhor maneira de segura-lo e como fazer os mergulhos, além de outras atividades que geram segurança para os bebês e pais. O ritmo é menos intenso para os menores. Os bebês com menos de oito meses possuem um ritmo diferente, mais lento.
De acordo com a especialista, o exercício deve ter um caráter lúdico e recreativo. Já para o profissional, deve ter planejamento e conteúdo. Brincar por brincar qualquer um faz. A diferença é que as aulas auxiliam esses pais a estimular seu filho de uma forma segura e organizada.
É importante que o ambiente seja rico em estímulos. Deve haver número suficiente de objetos com diferentes cores, tamanhos, formatos e as atividades devem buscar facilitar o desenvolvimento dos sentidos da criança. Música também deve fazer parte das aulas, pois estimula a memória, ajuda a aumentar o vocabulário e traz noção de ritmo.
Nem todo profissional pode dar aulas de natação a bebês. Conhecimentos sobre psicologia e fisiologia do desenvolvimento infantil fazem diferença na hora de propor as atividades adequadas à faixa etária. Portanto, os pais devem estar atentos à habilitação dos instrutores. Os professores obrigatoriamente devem ser formados em educação física, registrados no Conselho Regional de Educação Física (CREF), com participação de cursos específicos de natação para bebês.
Outro ponto que precisa ser avaliado é o local das aulas. Os pais devem conhecer a academia, verificar as instalações físicas em relação à higiene, ventilação e limpeza dos vestiários. Assistir a uma aula e conversar antes com o professor para saber sobre a dinâmica ou número de bebês por turma são boas dicas.
A piscina – motivo de preocupação de muitos pais – deve receber tratamento especial. A temperatura de ser em torno de 32 a 33°C, com residual de cloro dentro da faixa ideal e, de preferência, com tratamento auxiliar da água através de ozônio ou ultravioleta.
Para que a criança aproveite as aulas e tenha vontade de cair na piscina, insira a natação no dia a dia sem alterar a rotina. O horário da aula não deve coincidir com o soninho da tarde ou com a hora da alimentação do pequeno. E não se preocupe com a fralda: já existem modelos de várias marcas próprios para piscina e que não apresentam qualquer risco de vazamento.
Como em tudo o que fazemos, estímulos são muito bem-vindos: elogie o seu bebê a cada conquista, a cada mergulho, a cada gesto. Assim, a natação será um momento de extrema felicidade, permeada por muito aprendizado e lições para a vida inteira.
Fonte: bebe.bolsademulher.com
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