Da família das hortelãs, Nepeta Cataria é o nome científico para a catnip, popularmente conhecida como a erva do gato. A catnip é nativa da Europa, África e Ásia, e é conhecida pelos seus efeitos estimulantes nos gatinhos que entram em contato com suas folhas.
As folhas da catnip possuem uma substância chamada neptalactone, que age no cérebro do gato e provoca alterações no seu comportamento, podendo fazer com que ele fique mais agitado, mie, e procure mais contato com a planta, rolando sobre ela, ou tentando lamber.
A reação à catnip é tida como hereditária e estima-se que 70% dos gatos de fato sintam os efeitos da erva. Filhotes de gato ou gatos mais velhos dificilmente respondem aos efeitos da catnip, sendo ela mais eficaz nos bichanos que estão em idade reprodutiva. O efeito dura cerca de dez minutos para cada vez que o gato entrar em contato com a erva.
A catnip pode tanto aliviar o stress para gatos muito ativos, que vivem arranhando e danificando objetos da casa, quanto pode servir de estimulante para gatinhos muito apáticos e desanimados.
A erva do gato ainda pode ser colocada em arranhadores para gatos, para que o gato se acostume com o objeto e não arranhe mais o sofá, e no local que o dono deseje que seu bichano se acostume a fazer xixi e coco.
O efeito da catnip nos humanos
Não se preocupe: catnip não tem efeito nos humanos. Como o próprio nome sugere, a catnip surte efeito apenas em gatos. O único efeito em humanos é a alegria que o dono vai sentir de não ter mais seus sofás arranhados, ou seu gato estressado demais ou triste demais.
A erva dos gatos tem efeitos colaterais ou chegar a viciar?
O máximo que pode acontecer é o gato dormir por bastante tempo depois de brincar com a catnip, mas isso se dá apenas ao fato de ele gastar bastante energia quando está em contato com ela. A erva não é prejudicial à saúde e não vicia. Não existem efeitos nocivos à saúde do gato e ele não se tornará dependente da catnip.
Inclusive, muitos brinquedos para gatos já vêm recheados com a erva, além de ela também poder ser encontrada nos petshops.
Texto de: Raquel Madi (Médica Veterinária (CRMV- SP 20.567) formada pela Universidade Estadual de Londrina - PR com Especialização em Radiodiagnóstico pelo Instituto Veterinário de Imagem (IVI)).
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