David Bowie nasceu como David Robert Jones em Brixton, Londres, em 8 de janeiro de 1947. Sua mãe, Margaret Mary "Peggy", era descendente de irlandeses e trabalhava como arrumadeira de cinema, enquanto seu pai, Haywood Stenton "John" Jones, era oficial de promoções da Barnardo's.
A família vivia no número 40 da Stansfield Road, próximo da fronteira das zonas londrinas do sul de Brixton e Stockwell.
Um vizinho lembrou que "Londres na década de quarenta era o pior lugar
possível, e o pior lugar possível para uma criança nascer." Bowie
freqüentou a Stockwell Infants School até seus seis anos de idade,
adquirindo reputação de garoto com talento para cantar e,
principalmente, gritar.
Aos nove anos de idade, foi introduzido ao método educativo de escutar
sons e dançar, e sua dança agradou os professores, que a achavam
"vividamente artística" e sua postura "surpreendente" para uma criança.
Neste mesmo ano, seu interesse pela música cresceu quando o pai trouxe para casa discos de vinis de uma coleção americana com músicas cantadas por Frankie Lymon and the Teenagers, The Platters, Fats Domino, Elvis Presley e Little Richard.
Ao ouvir Richard cantar "Tutti Frutti", Bowie diria mais tarde:
"Eu tinha escutado a voz de Deus."Da mesma forma, o impacto de Presley em sua vida também foi enfático:
"Eu vi uma prima minha a dançar 'Hound Dog' e eu nunca tinha visto ela se levantar e se mover tanto por nada. Realmente me impressionou, o poder da música. Comecei a procurar discos depois disso."
No final do próximo ano, o garoto começou a aprender ukelele e tea-chest bass e a participar em sessões de skiffle com os amigos, além de ter começado a tocar piano; enquanto isso se apresentava para os amigos escoteiros fingindo ser Elvis e Chuck Berry e sua presença no palco era descrita como "fascinante... como alguém de outro planeta." Porém, entrou para a Ravens Wood School assim que viu que suas notas no Burnt Ash Junior não foram boas.
Era uma escola técnica incomum, como escreve o biógrafo Christopher Sandford:
- "Apesar de seu status, a escola era, na época em que David chegou em 1958, rica em rituais misteriosos, como qualquer outra escola pública inglesa. Havia casas, nomeadas em homenagem a estadistas do século XVIII como Pitt e Wilberforce. E tinha um uniforme, e um elaborado sistema de recompensas e punições. Havia também um foco em idiomas, ciências e particularmente desenho, de onde uma atmosfera colegial floresceu sob a tutela de Owen Frampton. No relato de David, Frampton conduzia por força da personalidade, e não pelo intelecto; no entanto, seus colegas no Bromley Tech não eram famosos por nenhum dos dois, e renderam, aos alunos mais brilhantes em artes da escola, um regime tão liberal que Frampton encorajou o seu próprio filho, Peter, a prosseguir numa carreira musical com David, parceria brevemente intacta trinta anos mais tarde."
Bowie estudou arte, música e desenho, incluindo layout e typsetting. Depois de Terry Burns, seu meio-irmão por parte de mãe, apresentá-lo ao jazz moderno, o seu entusiasmo por instrumentistas como Charles Mingus e John Coltrane levou sua mãe a lhe dar um saxofone alto em 1961; não demorou para que o garoto recebesse aulas de um músico local.
Em 1962, metido numa briga por conta de uma garota, recebeu um
ferimento grave na escola, quando o amigo George Underwood lhe deu um
forte soco no olho esquerdo usando um grande anel no dedo. Os médicos
temiam que ele viesse a perder parcialmente a visão; foi forçado a ficar
fora da escola para uma série de operações durante uma internação de
quatro meses. O dano não pôde ser totalmente reparado — deixando-o com a percepção deficiente e com a pupila permanentemente dilatada
(tempos depois isso tornaria-se a marca pessoal do artista, que embora
tenha os dois olhos azuis, aparenta ter um olho de cada cor, fenômeno
conhecido como heterocromia.
Alguns acreditavam que seu olho fosse de vidro mas na realidade o problema em seu olho é designado anisocoria
que, no seu caso, lhe deixou permanentemente a pupila esquerda
dilatada). Apesar da briga violenta, Underwood e Bowie continuaram
amigos, e Underwood passou a cuidar da parte artística dos primeiros
álbuns de Bowie.
De seu saxofone de plástico a um instrumento real em 1962, Bowie formou
sua primeira banda aos 15 anos de idade. Os Kon-rads tocavam guitarra
baseada no rock and roll em reuniões de jovens e em casamentos, e tinham uma formação que variava entre quatro e oito membros, entre eles Underwood.
Ao deixar a escola técnica no ano seguinte, Bowie informou a seus pais o
seu sonho de tornar-se uma estrela do rock. Não demorou, então, para
sua mãe o arranjar um emprego como companheiro de eletricista. Frustrado
pelas limitadas aspirações que seus colegas de banda tinham, Bowie
deixou a Kon-rads e formou outra banda, os King Bees. Escreveu uma carta
a um empresário inglês bem-sucedido, chamado John Bloom, que trabalhava
com máquinas de lavar, convidando-o a "fazer por nós o que Brian Epstein fez pelos Beatles — e fazer mais um milhão." Bloom não respondeu à oferta, mas encaminhou o convite à Leslie Conn, parceiro de Dick James, que contratou Bowie, fazendo dessa a primeira gestão pessoal do artista.
A partir daí, Bowie passou por algumas bandas e parcerias que não deram certo.
Seu fascínio pelo bizarro reforçou-se com o encontro com o dançarino Lindsay Kemp,
como disse o próprio Bowie:
Kemp, por sua vez, lembrou:
Estudando artes dramáticas com Kemp, do teatro avant-garde e da mímica à commedia dell'arte, Bowie ficou imerso na criação de personagens para apresentar ao mundo.
Por conta da falta de sucesso comercial, Bowie se viu obrigado a tentar a
ganhar a vida de formas diferentes. Uma dessas foi gravar um comercial
para a empresa de sorvetes Lyons Maid, que, no entanto, foi rejeitado por outro do Kit Kat.
Em 1969, foi realizado o filme de 30 minutos Love You till Tuesday,
concebido como veículo para promover o cantor com apresentações de seu
repertório. Apesar de não ter sido lançado até 1984, as sessões de
filmagem em janeiro daquele ano levaram a um sucesso inesperado quando
Bowie disse aos produtores: "Esse filme de vocês — Eu tenho uma nova
canção para ele." Bowie gravou um demo da canção que daria o seu avanço
comercial. "Space Oddity" foi lançada meses depois para coincidir com o primeiro pouso na lua.
Rompendo seu namoro com Farthingale logo após o término do filme, Bowie mudou-se com Mary Finnigan como seu inquilino.
Nesta época continuava sua divergência do rock and roll e do blues
iniciada por seu trabalho com Farthingale e, por isso, juntou forças com
ela, com Christina Ostrom e Barrie Jackson para conduzir um clube de
folk nas noites de domingo no pub Three Tuns na High Street, em Beckenham.
Este logo transformou-se em Beckenham Arts Lab, e ficou extremamente
popular.
Estabelecido como artista solo após "Space Oddity", sentia falta de
algo: "uma banda em tempo livre para apresentações e gravações — pessoas
enfim com as quais ele poderia se relacionar pessoalmente." A lacuna se fortaleceu quando teve uma rivalidade artística com Marc Bolan, na época seu guitarrista de estúdio. Mas uma banda foi devidamente montada: John Cambridge, baterista que Bowie conheceu no Arts Lab, foi convivado por Tony Visconti, que tocaria no baixo, e Mick Ronson na guitarra elétrica.
Após uma breve e desastrosa manifestação sob o nome de Os Hype, o grupo
sofreu nova reconfiguração, agora apresentando Bowie como artista solo. O trabalho inicial do grupo ficou marcado por um desentendimento
acalorado entre Bowie e Cambridge sobre o estilo do segundo de tocar
bateria; a discussão chegou no ápice quando Bowie soltou:
"Você está
fudendo meu álbum". Cambridge deixou o grupo e foi substituído por Mick Woodmansey. Pouco tempo depois, ocorreu um ato que resultaria em anos de litígio: Bowie viu-se forçado a pagar indenização a Pitt, e por isso o demitiu, substituindo-o por Tony Defries.
Bowie conheceu Angela Barnett
em abril de 69. Se casariam dentro de um ano. O impacto da moça sobre
ele foi imediato, e o envolvimento dela em sua carreira teve longo
alcance, deixando o empresário Kein Pitt em influência limitada.
Em outubro de 1990 — dez anos depois de seu divórcio com Angela — Bowie conheceu a modelo somali Iman Abdulmajid,
através de um amigo em comum. Bowie recordou:
"Eu estava a dar o nome de nossos futuros filhos na noite em que nos conhecemos... foi uma coisa absolutamente imediata."
Eles se casaram em 1992
O biógrafo David Buckley escreve: "Se Ziggy confundia tanto seu
criador quando sua audiência, grande parte dessa confusão se centrou
sobre sexualidade." Bowie se declarou bissexual numa entrevista para a Melody Maker em janeiro de 1972, momento em que coincide com suas primeiras tentativas de divulgar a primeira turnê de sua persona. Em 1976, numa entrevista para a Playboy,
Bowie declarou:
"É verdade — sou bissexual. Mas não posso negar que eu sei disso muito bem. Acho que é a melhor coisa que já me aconteceu."
No entanto, numa entrevista em 1983 para a Rolling Stones,
Bowie voltou atrás e disse que sua declaração pública de bissexualidade
tinha sido "o maior erro que já cometi", e, mais tarde, em outras
ocasiões, afirmou que seu interesse pela cultura gay
e bissexual derivava apenas de seus sentimentos e interesses na época;
como escreve Buckley, Bowie nutria mais uma "compulsão pelo desrespeito
aos códigos morais do que um verdadeiro estado biológico e psicológico
de ser".
A visão de Buckley é a de que Bowie foi um músico preocupado em quebrar tabus,
e escreve: "talvez seja verdade que Bowie nunca foi gay, e nem sempre
foi um bissexual ativo... o que ele fez, de vez em quando, foi
experimentar, de tempos em tempos, mesmo que sob o intuito de
curiosidade e ingenuidade e de ser transgressivo, antinormativo.
Na recente biografia David Bowie - A Biografia, escrita por Marc Spitz,
lançada originalmente em 2009 e em 2010 no Brasil, o biógrafo revela
que, em sua adolescência, Bowie teve muitas experiências homossexuais (e
cita uma frase que o cantor disse na entrevista de 76 da Playboy:
"Quando fiz 14 anos, o sexo, de repente, se tornou relevante. Não
importava realmente com quem ou como era, contanto que fosse uma
experiência sexual. Não era difícil levar algum cara bonitinho da classe
para casa e transar com ele"),
mas o biógrafo também reforça que suas declarações públicas não tinham
outro intuito a não ser chamar a atenção para sua música e fazer marketing.
Em sua empreitada musical, Bowie desafiou, nas palavras do
biógrafo David Buckley, "a crença central da música rock de sua época" e
"criou provavelmente o maior culto da cultura popular." Vestido com um traje notável, seus cabelos tingidos de vermelho, e o rosto e os lábios fortemente maquiados.
Sua carreira como ator começa antes de seu avanço comercial como músico. Estudante teatro de avant-garde e mímica com Lindsay Kemp, interpretou o papel de Cloud na produção teatral de 1967 de Kemp chamada Pierrot in Turquoise (posteriormente transformada no filme televisivo de 1970 The Looking Glass Murders).
Seu amor em atuar o fez imergir em personagens criados para suas
músicas. "Fora dos palcos sou um robô. No palco eu adquiro emoção.
Provavelmente por isso que prefiro vestir-me como Ziggy do que como
David." Porém, com a satisfação vieram graves dificuldades pessoais:
atuando como a mesma pessoa por um longo período, tornou-se impossível
separar Ziggy Stardust — e, mais tarde, o Thin White Duke — de sua própria pessoa nos bastidores.
Em 2006, retratou Nikola Tesla, físico pioneiro na corrente alternada, no filme O Grande Truque/O Terceiro Passo co-estrelado por Christian Bale e Hugh Jackman, dirigido por Christopher Nolan e baseado no romance epistolar de Christopher Priest sobre a rivalidade entre dois mágicos no início do século XX.
Homem de muitas vozes, Bowie têm explorado uma variedade muito grande de
estilos musicais, desde suas primeiras gravações na década de 60.
Seus álbuns passaram pelo hard rock, foi influenciado pelo hip-hop, jazz e soul, fez uso proeminente de instrumentos eletrônicos.
Fez grandes parcerias musicais e cinema.
Bowie também toca diversos instrumentos; entre eles, a guitarra elétrica, o violão, o saxofone alto, contralto e barítono, teclado, incluindo piano, sintetizadores, mellotron, gaita, estilofone, xilofone, vibrafone, koto, bateria e percussão, além de outros instrumentos de cordas como a viola e o violoncelo.
Bowie logrou construir uma vasta carreira e também compôs várias canções de amor, como "Liza Jane" (sua primeira gravação musical), "Stay", "Let's Dance", "Heroes",
que retrata um amor que supera qualquer diferença, mesmo as políticas e
sociais, e que foi baseada em dois amantes que Bowie viu beijando-se em
lados opostos ao do Muro de Berlim.
David Bowie - Heroes
Além de lançar discos de tons e elementos fantásticos, como The Man Who Sold the World (1970), muitas de suas músicas criticam a sociedade, como "Fame" e "Life on Mars?"
(certa vez disse que essa última referia-se à reação sensível de uma
jovem diante da mídia e sobre os rumores que o povo conta de um lugar
melhor para se viver), e também satirizou o machismo e a sexualidade em "Boys Keep Swinging", faixa de Lodger (1979). Para concluir, Reality (2003) faz uma reflexão sobre toda sua carreira e na faixa título
ele canta:
"Acertei, errei/estou de volta ao começo/procurei um sentido e não cheguei a nada/Hey garoto, bem-vindo à realidade"
num som pesado
movido a três guitarras, bateria e baixo sincopado como os rocks
energéticos de suas fases do passado.
Em 8 de janeiro de 2016 lançou o álbum Blackstar,
cujo nome no álbum é apenas uma estrela negra (estilizado como ★), seu
vigésimo sétimo álbum de estúdio, considerado pela crítica como uma
obra-prima.
Dois dias depois do lançamento David Bowie faleceu aos 69 anos, na noite de 10 de janeiro de 2016, depois de lutar contra um câncer no fígado durante dezoito meses.
Blackstar - Faixa a faixa
Segundo a família revelou. O disco é soturno e com
referências à morte. Falando de Bowie, não dá para fazer leitura tão
simples ou buscar inspiração única. O disco experimental vai jazz
eletroacústico ao rap contemporâneo no som, da Bíblia a "Laranja
Mecânica" nas letras.
"O objetivo era evitar o rock and roll", segundo o produtor Tony
Visconti, em entrevista à revista "Rolling Stone" antes do lançamento do álbum. "Blackstar" tem sete músicas
longas - a maior é a faixa-título, com dez minutos, e nenhuma está
abaixo dos 4:30. Ele é menos pop e mais estranho do que "The next day"
(2013). Mesmo mais "difícil", recebeu até mais elogios da crítica do que
o álbum anterior.
1 - "Blackstar": A faixa-título é a mais longa, com 10 minutos, e a mais soturna do
disco. A presença do saxofone dissonante do músico americano de jazz
eletroacústico Donny McCaslin, marcante em todo o álbum, já é forte
aqui. A letra é centrada no cenário de um "dia de execução".
Donny disse à "Rolling Stone" que a música era sobre o Estado Islâmico -
o que não foi confirmado pelos outros músicos nem por Bowie, que se
recusava a dar entrevistas nos últimos anos. A teoria faz sentido, já
que partes da melodia lembram música árabe. O clipe tem imagens surreais
que mostram um astronauta morto - difícil não ligar a um de seus
personagens mais conhecidos, Major Tom.
2 - "''Tis a pity she was a whore": Foi lançada como lado B do single "Sue (or in a season of crime)", no
final de 2014. Ambas são inspiradas pela peça com o mesmo nome desta
música, do dramaturgo inglês John Ford. A tragédia conta a história de
uma mulher que tem um caso incestuoso com o irmão e é assassinada por
ele. A faixa corta o clima mórbido da anterior e o saxofone puxa um tom
um mais lascivo. "Ela segurou meu pau (...) uma pena que era uma
prostituta", ele canta.
3 - "Lazarus": Tem formato um pouco mais "convencional" e chega mais perto (mas não
muito) do rock e de um single comercial. Ele se compara aqui a Lázaro,
personagem bíblico que morre e é ressucitado por Jesus. Com o clipe em
que Bowie canta a música em uma cama de hospital e o verso inicial "olhe
aqui em cima, estou no céu", é difícil não associar a música à sua
doença. Assim, o final "eu serei livre como aquele pássaro azul" fica
ainda mais marcante.
4 - "Sue (or in a season of crime)": É a faixa principal do single de 2014, inspirada pela peça de John
Ford. A melodia repetitiva e circular, sem refrão, foi a primeira a
anunciar que Bowie tinha se afastado do som mais acessível de "The next
day" e se aproximado do jazz. A melodia lembra bastante "Cais", de
Milton Nascimento e Ronaldo Bastos. A possibilidade de plágio chegou a
ser levantada, mas foi afastada pelo próprio Ronaldo, em entrevista ao
jornal "Folha de S. Paulo".
5 - "Girl loves me": Essa faixa mostra bem porque "Blackstar" conseguiu ser classificado
como um dos trabalhos mais estranhos na discografia já pouco
convencional de Bowie.Parte dela é cantada no dialeto
ficcional Nadsat, a mistura de russo e inglês usada pelos personagens do
romance e do filme "Laranja Mecânica".
Aqui se nota bem a influência de rap atual no arranjo. Segundo Tony
Visconti, entre as referências da produção estiveram o grupo de rap
experimental e Kendrick Lamar, rapper que também teve influência de jazz
em aclamado disco "To pimp a butterfly" (2015). A gravação tem a mão de
James Murphy, do LCD Soundsystem. Eles tinham trabalhado juntos no
disco "Reflektor", do Arcade Fire, em 2013.
6 - "Dollar days": A bela melodia com piano, quase jazz balad, é mais curta do disco. É o
melhor que um ouvinte com menos paciência para os experimentalismos de
Bowie pode encontrar em "Blackstar". O narrador se mostra frágil, mas
ainda se esforça para seguir sua missão ("enganá-los de novo e de
novo"). Outro trecho que fica mais marcante após a morte: "Não acredite
nem por um segundo que vou te esquecer".
7 - "I can't give everything away": O início tem trecho de "A new career in a new town", do disco "Low"
(1977). Por ser a última faixa do disco e ter imagens sobre morte, essa é
a maior candidata a ficar conhecida como a "despedida do Bowie". Ele
fala sobre "desenho de caveira nos pés" e "corações enegrecido e
notícias com flores". A ironia é que, apesar destas referências, o que
Bowie canta mesmo é sua própria falta de um sentido óbvio: "Dizer não e
significar sim / Isso é tudo que eu quis dizer".
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